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Quero sofrer de amorQuerido teclado macio. Devagar você me acompanha como se coadjuvante nessa confisão. Parece que quando me vejo digitar estou assitindo um daques filmes que o foco são as palavras sendo criadas no processador de texto. Me sinto mais famosa e importante por isso. Personagem principal. Coloquei pra tocar Zero7, um dos mais recentes Cd's baixados no meu novo vício. Fazia tempo que não encontrava um novo grupo que me animasse, melhor: movimentasse. Afinal é uma trilha sonora mais pra chillout do que "se joga". Os fones eficientemente selam o ruido amiente, e tudo se eleva. Reviso rapidamente meu presente amoroso. Contra-mão. Rua sem-saída? Minha vida em pictogramas. A eterna mania de resumir. Resumir pra decifrar. Decifrar pra entender. Maldito signo. "Seu verbo para hoje: Eu Entendo." Pois eu não to entendendo bosta nenhuma. Achei que estivesse chegando lá. Mas "lá" estava perto demais. Só pode ser... Então vem a peça que me prega o destino: Perda-se completamente, como você nunca tinha experimentado. Pois não sei o que sinto. E pela primeira vez em minha maturidade perdi completo controle dos meus sentimentos. Estou uma babaca. Alternando investidas perfeitas com rejeição caótica. Quero/não quero. Sei/sei lá. Mais pelo sei lá. Acho que já estava perdida antes. Vivendo uma vida que não era o que eu queria. Será? Mas parecia que era exatamente, ... que exatamente era... Mas era o que eu queria! Estava chegando lá. Fora a parte de grana... Óbvio que grana sempre falta. Casada. Casa armada. De férias. Shiatsu pra equilibrar. Nova alimentação. Feliz? Pois é. Reviso. Ceder que parecia tão fácil quanto óbvio, está complicado e parece me violar. "Não é o retorno simbiótico que eu esperava da nossa relação. Queria mais. Queria olhar nos seus olhos e enxergar paixão. Eu me lembro ainda como era. Isso já.... foi.... assim." - Ouço-me. É... achei ( e isso eu teclo devagar, quase que não acreditando ). Falta isso... falta. Falta você. Como era antes. Como acho que não pode ser novamente. Como eu. Como foi destruído. Como o tempo e as babaquices levaram. Como a terra comeu. Como no inconsciente ficou trancado, uma peça estaladadinha, favorita, em um relicário impossível. Minha outra parte, minha contrapartida. Meu espelho de amor. Tenho que te compreender mudada. E tenho que te entender como não mais ideal. Tenho que te ver como impossível e parar de chorar o leite derramado. Parar de investir no perfeito da TV. Comecar a fazer por mim. E pela amizade que deve se salvar disso. Ainda te amo. Ainda te espero. Entretanto tenho que entender que você não vai mais voltar. Pois não é você que chega todo dia às 7:00h que espero... Era você. ![]() Sábado, Março 06, 2004
Cinema DeliciaSaí da sala e não pude evitar de escutar: "Mas não tem história..." Em tempos de Senhor dos Anéis qualquer filme com apenas uma cidade, 2 personagens principais e mais silêncios importantes do que frases de efeito, tende a provocar tais comentários. Ele não é um filme de mensagem, mas uma sensação. Tão (co)movida quanto quando vi As Horas e Cidade dos Sonhos, saí da sala encantada. Delicado, suave, delicioso. Olhar, tédio, solidão, pequenos prazeres, ciumes, erros, acertos, vida. Urbano. Procurei na web uma imagem delicada como ele: Lindo ArtWork de um bloggueiro. ![]() |
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![]() 11:59 ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() um blog em letras minusculas ![]() |