Segunda, 19 de Julho de 2004...
Aconteceu antes de Sábado!
Caminhando por sobre plumas silvestres, eu não pensei
que fosse tão rápido, mas foi e agradeço
por isso. Retornando a minha inocência, eu nunca pensei
que isso fosse possível, mas é. Entendendo os
caminhos do mundo, e voltando ao ser que eu era. A felicidade
traz também a saudade da distancia, coisas pra aprender
a lidar. A agressividade cedendo pouco a pouco, e o sentimento
aprisionando os males da alma.
Eu tenho medo.
Meu medo é ridículo, meu medo é uma duvida,
meu medo é meu maior aliado. É com ele que eu
aprendo, e é com as feridas que ele provoca que eu me
fortaleço. A duvida me faz perguntar, isso tudo é
verdade? Será mais uma das minhas ilusões? Vai
passar tão rápido quanto veio? E eu digo pra mim
mesmo, confie em si meu caro, seja forte como tem sido até
agora com as derrotas, pois é preciso muito mais para
gozar das vitórias com sabedoria... E aprenda a não
deixar mais suas orelhas vermelhas nas próximas vezes.
Final de Semana... Acampamento Medieval...
Foi como vários outros, ou seja corrido. Levantei mais
tarde do que sempre faço durante a semana, me troquei
correndo como sempre faço durante a semana, paguei a
auto escola como sempre faço (já que sempre estão
atrasadas), esqueci o horário (como sempre) da aula e
cheguei mais cedo do que o normal (como nunca), voltei pra casa
pra tomar café (como nunca) e fui pra aula (como sempre).
Dirigi bem, mas ainda não atropelei nenhum velhinho ou
poste (Isso me preocupa, dizem que quem nunca bateu é
pq realmente não aprendeu a dirigir!).
Depois de tudo isso fui para a Casa do Mandos, de lá
fui para o Acampamento Medieval, e depois de muito tempo seguindo
um mapa que mais ajudava a se perder do que a encontrar o caminho,
cheguei ao local do acampamento. Um sítio muito bonito,
pena que tava muito mal cuidado. O importante é que me
lembrou muito o meu passado, um passado muito distante, mais
velho até do que meu corpo.
Arrumamos as coisas e nos preparamos para o jantar. Eu e o
André, (que havia sido chamado para participar como Bobo
da Corte), resolvemos treinar uma coreografia de poucos movimentos,
e até que não ficou tão tosco! Se fosse
o “Ang Lee” que estivesse lá teria nos xingado
até a morte, mas como a galera nunca tinha visto o que
fizemos, fomos até aplaudidos.
O Jantar estava muito bom. Eu fui o Arauto que levou os participantes
até o castelo do Rei, e que rei mais chinfrim os caras
arranjaram, a Rainha até que valia a pena (Ops, tem gente
que não pode ler comentários desse tipo!), mas
o Rei era um zé mané de marca maior. O Bobo e
eu tínhamos mais tom de rei do que o cara. Enquanto íamos
levando o povo para o castelo, o André ia cuspindo fogo
e eu estava de segurador oficial de caneca de querosene.
Chegando na porta fomos recebidos pelos “Pikemans”
vestidos de armaduras e com suas tradicionais lanças.
O visual estava muito legal mesmo.
Antes de iniciar o jantar o Bobo quase enforca a Rainha em um
truque de ilusionismo, e depois confessa pra ela que uma vez
ele quase enforcou uma menina de verdade com aquele truque.
Depois do prato de entrada (Sopa no pão, que diga-se
de passagem, aquela sopa estava maravilhosa), o André
desafiou um outro bobo que estava no local, tudo de improviso,
e acredito como muitos que estavam no local, que se eles tivessem
combinado algo, a apresentação dos dois não
seria tão boa. E novamente quase o André bota
fogo na casa, hehehe.
O Segundo prato foi “Dragon Tail”, uma espécie
de Pão recheado com muitas coisas que até hoje
eu não sei o que eram, mas estava muito bom. Durante
essa refeição ouve a encenação de
pequenas peças como esquetes, a Sheila contou uma lenda
Celta (muito boa) sobre a Fada Donzela e um Príncipe
de Tribo, algumas pessoas leram algumas poesias e por final
veio o prato final, “Frango Enchuchado”. Tinha um
monte de coisas no recheio do frango e nem preciso falar que
estava muito bom... Pena que eu estava muito cheio de comida!
Quando todo mundo estava quase dormindo, foi a vez das danças.
O Povo embalado por uma musica Celta começou a dançar
e ao final da primeira dança, eu e o André fizemos
nossa encenação. Ele tirou a Rainha para dançar
e eu o acusei de desrespeito ao rei (que bem que merecia), ele
então pegou a coroa do rei, dizendo, “Que ultraje
que nada! Eu sou o rei, olha só!”, o pessoal ficou
meio que olhando sem saber o que era aquilo, então eu
saquei a espada de borracha e encenamos a coreografia, eu lutando
com as espadas e ele lutando com os malabares. No final eu venci
e nos retiramos da cena, mas ficou muito legal, gostei mesmo,
e o povo voltou a dançar. Como eu tava meio acabado,
resolvi ir dormir, o André ainda ficou andando por lá
um tempo, pq tinha comido demais.
No dia seguinte foi tudo muito simples. Apliquei a base dos
torneios, para os escoteiros sem noção que não
sabem perder, quase fui linchado acusado de ladrão e
acho que nesse dia minha mãe deve ter ficado com as orelhas
fervendo. Juiz sofre, não importa em que área
de atuação!
Amanhã eu conto mais... Agora já tão me
expulsando da firma querendo ir embora...
Inté...
Junior
(Se
vc deseja fazer algum comentário, larga a mão
de ser prequiçoso(a) e me manda um e-mail!)