Figura
1 - Capa
da revista Órion
ÓRION, Caçador da Luz
A
Astrologia egípcia, preservada para nós especialmente mediante a mitologia
grega, comporta conhecimentos que complementam as questões trazidas através da
herança caldaica. Em relação a esta, diríamos mesmo que a Astrologia egípcia
apresenta verdadeiras páginas cosmológicas a iluminarem as origens primeiras e
as raízes de nosso Universo vivo. A análise que segue expressa, sobretudo uma
adaptação do antigo mito de Órion ao contexto cultural moderno.
Um nome é uma chama ou chamado, o elo vital
que permite invocar à essência de alguma coisa, designar o seu conteúdo e
apontar sua função. O nome é, portanto, a verdadeira síntese de uma
coisa qualquer, aquilo que revela e traz à luz o ser. E isto somente poderia
ser mais verdadeiro naqueles elevados casos em que um nome se constitua com a própria
palavra “luz”, e que além disto tal coisa corresponda, efetivamente à
realidade assim invocada. Este é, pois, o caso de uma das mais importantes
constelações, Órion.
Trata-se de uma palavra de
origem grega, a qual divide-se em dois vocábulos etimologicamente expressivos.
De um lado temos or, radical que significa luz tanto nos idiomas
semitas (por exemplo, o aur hebraico), como nos do tronco ariano (no sânscrito
— por exemplo, gurú, "iluminador das trevas" —, assim como
no grego). Em português,
resulta
em palavras como ouro e aura, expressões sempre associadas à luz.
De outro lado, temos o verbete ion, que significa ciclo (éon). A
tradução completa resulta então em “ciclo da luz” ou “ciclo de ouro”,
denotando com isto um sentido de totalidade associado seja à constelação a
como seu mito.
Analisemos, pois alguns dos
aspectos simbólicos que contribuem para que tal constelação venha a ser desta
forma definida, iniciando com as seguintes considerações: a luz é sabidamente
um fenômeno de síntese resultante da combinação entre os opostos cósmicos.
Para que se possa obter a eletricidade, torna-se necessário o concurso de duas
correntes
opostas e paralelas —uma positiva e outra negativa—, quer dizer:
complementares entre si. Tal realidade polar é também aplicável à esfera
humana, seja em um contexto horizontal (homem e mulher), como vertical (superior
e inferior). E mediante tal quadro, obtemos quatro elementos polarmente
dispostos, de modo semelhante àquele que apresenta a Tradição Universal,
através das doutrinas cosmológicas. Mas além destes quatro “elementos”
designados como Fogo, Terra, Ar e Água, existe um quinto denominado Éter,
disposto no próprio coração da cruz elemental ou no cruzamento das linhas
opostas, e que responde pelo papel de quintessência superior do conjunto
integrado. Este éter é naturalmente a própria luz.
Observando então a posição
da constelação Órion no planisfério celeste, vemos que situa-se na
encruzilhada entre duas faixas estelares de importância maior para a evolução
cósmica em geral e planetária em particular, ou seja: no cruzamento entre o
Equador Celeste e a Via Láctea, esta última simbolizada pelos egípcios através
do Nilo e pelos gregos mediante a Rio dos Argonautas. (No passado, este contexto
se achava alterado pela presença da eclíptica na região, uma vez que se
tratava do início da Era de Taurus. Tal faixa estava então simbolizada com o
Nilo inferior, em contraste com o Nilo superior que representaria a própria Via
Láctea - e, portanto em analogia com a geografia egípcia.) Mais ainda, outras
referências apontam que os mesmos egípcios também enxergavam a Via Láctea
como o corpo da deusa Nut inclinando-se sobre o céu, enquanto outras culturas
a
consideravam um caminho celestial, uma corrente de almas desencarnadas. Diz Dane
Rudhyar: “Os antigos astrofilósofos acreditavam que a Via Láctea era o
ventre das almas" (Da Astrologia Humanística à astrologia Transpessoal).
Neste sentido, Sírius, sua embaixatriz-magna, se acha vinculada à Hierarquia
espiritual do planeta, ou seja, à esfera associada à alma precisamente.
Todos os povos
antigos viam o universo simbolicamente, encontrando-se cada força e forma
personificada numa entidade diferente. Neste caso, caberia a Órion uma das mais
importantes referências mitológicas, devido a sua posição privilegiada no céu.
Exemplo disto é -
como já mencionamos - o fato de achar-se hoje perfeitamente dividida pelo
Equador Celeste, fazendo a imagem de uma ponte entre ambos os hemisférios, com
os pés ao Norte e a cabeça ao Sul —tal como sugeriria, aliás, a natureza
das polaridades magnéticas de nosso globo, onde o pólo positivo corresponde àquele
que denominamos atualmente o Sul, como é do conhecimento dos cientistas em
geral.
De modo que não deixa de
existir nisto tudo, uma alusão à transferência de forças desde um pólo a
outro do Globo, ou mesmo desde um hemisfério para outro, mediante um processo
que se encontra na totalidade definido através do próprio contexto sideral que
envolve Órion, e que se revela através da mitologia a ela associada. Neste
caso, a focalização no mito indica a necessidade de se efetuar esta mudança
planetária uma vez mais na Civilização do homem, tal como ocorrera em outras
épocas históricas, quando o Norte ocupou o lugar onde hoje é o Sul, e
vice-versa, segundo se observaria em culturas como a egípcia e a chinesa (fato
esse ainda muito presente nas cartas náuticas de origem árabe usadas pelos
navegantes da Europa medieval).1
A constelação de Órion é
uma das mais belas e facilmente identificáveis no céu. Os egípcios a
denominavam Pai dos Deuses e, de forma algo semelhante, os modernos
cientistas vêem, no conjunto de nebulosas que se acham por detrás dela, um
verdadeiro "berçário de estrelas". Localiza-se entre as constelações
eclípticas de Taurus e Geminis,
e
por vezes se diz situar-se no Hemisfério Sul, quando na verdade tal coisa já não
corresponde aos fatos. Sua forma geral é quadrangular, comportando algumas das
estrelas mais brilhantes do céu. Em seu coração -que agora situa-se,
repetimos, exatamente sobre o Equador Celeste- encontramos as estrelas-irmãs
conhecidas entre nós como As Três Marias, configurando o chamado “cinturão
de Órion”, hoje tão enfatizado por sua posição sideral divisora.
De modo que Órion
compõe-se de uma estrutura principal setenária, fundamentando sua clássica
relação com a esfera da alma e do discipulado através da imagem do
heroísmo e da cultura em geral, como veremos a seguir.
Numa das muitas
versões da lenda do gigante Órion que podemos encontrar na mitologia
greco-romana, ele é descrito como um gigante apaixonado pela caça e amante da
Astronomia. Admirado por sua beleza e por seu tamanho, era tão grande que, ao
penetrar no Oceano, sua cabeça ainda permanecia sobre a superfície das águas.
A associação entre a
astronomia e esta constelação e o mito, parece evidente, entre
outras
coisas, pela própria grandeza de sua forma no céu. Quanto ao mistério das águas
que não alcançam afundá-lo, tratar-se-ia da Eclíptica, comumente assim
representada, a qual mesmo nas ocasiões em que sobrepõe-se —por assim
dizer— a Órion, nunca chega
—dada
à dimensão desta última—, a atravessá-la de todo e a atingir sua “cabeça”
—isto é, a extremidade “Sul”.
Na mitologia egípcia, Órion
associava-se a Hórus (Hórus), o herói solar, assim como à vaca
celeste Hátor, sua consorte. Também os gregos viam nesta constelação
o herói Hércules, do qual os mitos fazem importantes referências
cosmológicas (ele teria, em dada ocasião, auxiliado o gigante Atlas a
suportar o peso do mundo, papel este que representa o pivô cósmico...). A isto
referem-se os nomes de suas principais estrelas, uma vez que Rigel significa
“pé” (do gigante) e a exaltada Betelgueuse "mão" (ver a
respeito das características destas estrelas no quadro anexo).
Gomo o caçador, sua lança é
representada pelas três estrelas-irmãs perfiladas —que são também o cinturão
do Gigante - dirigindo-se para Sírius. Esta relação significa, pois, um processo
(Órion) e um objetivo (Sírius), mesmo porque tal estrela se encontra na
linha entre as Três Gêmeas e o Pólo Celeste (Sul), o qual simboliza o eixo
de mundo.
Sírius é o quinto sol depois
do nosso, denominado Sothis em egípcio, sendo a estrela por excelência.
Associada a Ísis, mãe de Hórus e Senhora da Luz e da Iniciação,
expressão do éter luminoso ou da quintessência, trata-se do emblema do
Adeptado (5º grau) servindo como estrela-guia aos Reis Magos -então associados
às três estrelas-gêmeas no coração de Órion, segundo uma tradição
popular.
Ao lado das Três Marias,
retiradas dos Evangelhos da vida de Jesus (que é também Hórus), outros
símbolos representam tradicionalmente esta triplicidade: por exemplo, as três
barqueiras que conduzem o corpo do rei Arthur (Arth-ur, Ar-Thor),
as três fiandeiras do Destino da mitologia grega, os três véus de maya
(Maria, mãe, mater-ia, magia, mar) descritos no Hinduísmo e, na Cabala, os três
véus da Árvore Sefirótica associados aos três
graus
da luz —o tríplice AIN que encima a Árvore da Vida, assim como os três
pomos de ouro de unia das Tarefas de Hércules. Estas triplicidades são obtidas
mediante a síntese progressiva das cruzes zodiacais e resultam nos três alinhamentos
da consciência: Personalidade, Alma e Espírito.
A palavra luz é amiúde
representada com três letras, como em aur ou Aum (sânscrito),
esta última significando o Verbo, que é na verdade a luz entendida em
termos humanos. Lê-se, pois, neste sentido, na abertura do Evangelho de João,
o arauto da luz do Espírito:
“No
princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus.
Todas as coisas foram por ele criadas...
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”
O tríplice Verbo é, portanto a expressão do Logos Trino: luz, vida
e criação. Esta última é ainda o Amén, "o princípio da
criação de Deus" segundo o Livro da Revelação do mesmo São João
(3,14). Mas o princípio é também o fim, o alfa é também o ômega, e por
isto recita-se o Amén no final de cada oração (expressão esotérica da
Palavra Sagrada) ou, no caso dos hindús, o Aum no começo e término de
cada sessão de culto e estudo.
Sendo “o princípio e fim”,
o Verbo é também seténario em suas derivações, conforme a natureza
de todo o ciclo de criação. Por isto denominamos anteriormente a Órion como
um processo simbólico em sua natureza de “caçador” e “herói”
criador, pois toda a evolução alquímica comporta sete degraus que devem ser
percorridos e que configuram a escada de Osíris (também associado à constelação
em questão) ou de Jacó, sendo este, pois, o significado de “ciclo de ouro”
da palavra Órion.
Sua meta é então Sírius, o
Pentagrama Solar, a luz do Sol Branco Sothis,
que
é também Rá. A mitologia egípcia exibe em algumas de suas representações
antigas a imagem do herói divino ostentando numa mão esta estrela e na outra o
bastão de Seth, conforme reproduzido na capa desta edição. Segundo Max
Müller em “Mitologia Egípcia”, existem vínculos etimológicos entre as
palavras Sothis, Seth e sepdet (que significa lançar ou projetar). Da
mesma forma, Moisés manobrou o seu caduceu mercurial alternando-o entre vara
(eixo polar) e serpente (zodíaco), ou seja, o uraeus (uraeus) por um lado, e o
Nilo (o Mar Vermelho para os hebreus) por outro. (Desnecessário é frisar
acerca do vínculo
existente
entre o mosaísmo, fundado pelo sacerdote judaico-egípcio Moses e a
religião egípcia, uma das várias com que os hebreus mesclaram-se no decurso
de sua história.)
Seth é o Saturno egípcio
ou Tiphon grego. Seu bastão alude à própria Via Láctea, enquanto eixo do
cosmos mutável na medida em que cetro simboliza o centro.
Existe uma variante onde Órion
é representada por Osíris, surgindo Hórus na forma do falcão
enquanto Ísis aparece como a vaca Sothis: trata-se, pois da reunião
da Sagrada Família egípcia2, a qual intercambia seus atributos e
constitui-se numa Trindade semelhante à cristã e à Trimurti hindú (em certo
sentido, o quarto elemento seria Seth,Maria e Brahman, em cada um destes
casos).
O vínculo entre o Divino
Rebento e a Senhora da Luz é de fato clássico em todas as mitologias, no caso,
através de Órion e Sothis/Sirius. É possível que a mitologia cristã
inverta a disposição destes símbolos, quando representa a Cristo como a
"estrela da manhã" (Ap. 2,28) portando em sua destra as “sete
estrelas” (1,16). Como Órion é uma constelação basicamente setenária,
pode ser também simbolizada pela Estrela de Davi. Eis então o que
diz
Jesus no encerramento da obra joanina, afirmando sua posição onipresente sobre
todas as coisas:
“...sou
a raiz e a geração de Davi,
a resplandecente estrela da manhã.”
Ap. 22,16
Esta “estrela da manhã” é habitualmente associada a Vênus, mas
também pode ser esotericamente compreendida como uma imagem de Sirius (estrela
associada pela Tradição à Hierarquia de Luz), que surgia junto ao Sol no
antigo Ano Novo egípcio, realizando assim uma conjunção adotada por aquele
povo como emblema-maior de sua civilização. Neste sentido, o possível vínculo
entre Vênus e Sirius vem sendo também levantado pelos estudiosos da cultura
maia, de modo que retomaremos em outras oportunidades a explanar acerca deste
mistério capital para toda a civilização antiga que é Sirius ou,
exotericamente, Vênus.
Em resumo, o Caçador da Luz
(Órion) é o aspirante espiritual que culmina uma via básica de evolução
(Zodíaco) e, ao emergir na encruzilhada de dois mundos, volta-se para o Mestre
(Sirius) como fonte de orientação, uma vez que este acha-se na chamada trilha
iluminada (Via Láctea) que conduz à glória mais alta (Estrela Polar). E,
nestas três etapas que configuram o “ciclo da luz” (or-íon) e a
Totalidade, temos uma referência aos três nascimentos simbólicos do homem
divino, na forma dos três alinhamentos de consciência já mencionados, a
saber: primeiramente no Zodíaco, como aspirante; mais tarde na Via Láctea,
qual Adepto e alma realizada; e finalmente no Pólo, já feito Senhor absoluto
da vida, e, portanto Avatar. Três estágios potencialmente simbolizados pelas
Três Marias ou mesmo pelos três Reis Magos, representados nas estrelas-gêmeas
do cinturão do Caçador e, é claro, associados a Mercúrio enquanto Hermes
Trismegisto ou Três – Vezes - Grande.3
São, portanto os três grandes
momentos na evolução arquetípica do homem que se encontram representados pelo
contexto Órion - Sirius - Polaris; três rotações da Cruz universal
trazendo a ascensão paulatina ao cume do Universo, e reunindo todas as esferas
numa grande síntese de luz simbolizada melhor que por qualquer outra coisa,
pelo grande Sol branco que é Sothis, então presente neste contexto como
o portal do Caminho do Meio, a qual serve não apenas como instrumento de elevação,
mas também como fim quando consumadas todas as coisas.
E a transferência das energias
divinas para o hemisfério Sul representa, por sua vez, verdadeiramente a mais
nova tarefa do gigante Hércules .4
O Gigante e sua nobre vizinhança
A Constelação de Órion é uma das mais notáveis do céu, e todo aquele que observar as estrelas logo perceberá, face à sua dimensão, o motivo pelo qual era chamada pelos Antigos como O Gigante.
Em sua formação quadrangular ou trapezóide participam algumas das mais brilhantes estrelas do planisfério celeste, além de se encontrar -como veremos- cercada de outras tantas com características semelhantes.
Mais ainda, se acha
centralizada pelas conhecidas Três Marias (ou Três Reis segundo outras
tradições). Abaixo, temos una representação desta constelação juntamente
com as principais estrelas e constelações que a cercam, numa área muito
especial que ocupa, todavia menos de 10% de toda a abóboda celeste. Das 26
estrelas mais brilhantes do céu, 12 delas -citadas ou não- se encontram nesta
região. Por ordem de brilho aparente seriam, com seus significados e grandeza
real, as seguintes: *
Figura
2 -
Vizinhança de Órion
1. Sirius,
Alpha Canis Majoris, rainha dos céus, é a mais esplendorosa. Seu nome,
em árabe significa Ardente. Encontra-se a 8,7 anos-luz da Terra, e seu
brilho próprio é 26 vezes maior que o de nosso Sol.
2. Capella,
Alpha Aurigae, significa, em latim, A Cabra. Se acha a 46
anos-luz, com um brilho real de 150 vezes o do nosso Sol, e é a sexta estrela
em brilho aparente no céu.
3. Rigel,
Beta Orionis, é a sétima mais brilhante, e também uma das mais
distantes dentre as grandes, pois se encontra a 900 anos-luz. Seu brilho é,
todavia de nada menos que 60 mil vezes o de nosso Sol. Em árabe, significa Pé
(do Gigante Hércules).
4. Procyon,
Alpha Canis Minoris, é a oitava maior, encontrando-se a 11 anos-luz e
tendo um esplendor real de 7 vezes o de nosso Sol. Significa, em latim, Aquela
que precede Sirius, já que seu surgimento anuncia a chegada da Rainha dos Céus.
5. Betelgueuse,
Alpha Orionis, é a décima mais luminosa a nossos olhos. Se acha muito
distante, a 530 anos-luz, e tem o brilho fenomenal de 15 mil vezes o de nosso
Sol. Seu nome alude, em árabe, à mão do Gigante Hércules ou senão de
Geminis, a constelação zodiacal vizinha. É destacada por Alice A. Bailey.
6. Aldebaran,
Alpha Tauri, o "Olho de Taurus". Significa Aquela que
vem antes da estrela d´Água, numa alusão às Plêyades. Dista 68
anos-luz, e é a 13a em brilho aparente. Sua luz excede a do nosso
Sol cerca de 165 vezes. É uma das quatro “Estrelas Reais” dos persas, sendo
igualmente destacada por Alice A. Bailey
7. Pollux,
Beta Geminorun, é a 17a mais brilhante a nossos olhos,
situando-se a 35 anos-luz de distância e detendo um brilho próprio 34 vezes
maior que o do nosso Sol. Seu nome alude, em latim, a um dos filhos gêmeos de
Leda, sendo que o outro dá nome à estrela Castor (Alpha Geminorum).
8. Regulus,
Alpha Leonis, significa Pequeno Rei. Está a 84 anos-luz de distância,
e possui um brilho 170 vezes maior que o do nosso Sol. É a outra das quatro
“Estrelas Reais” dos persas presentes na área.
Do quadro das 26 estrelas mais brilhantes desta vizinhança, participam ainda:
Adhára, Epsilon Canis Majoris. A companheira de Sirius,
situada a 490 anos-luz e 22a em brilho aparente. Seu nome significa As
Virgens.
Bellatrix, Gamma
Orionis. A 360 anos-luz, 23a em brilho aparente. Em latim, A
Guerreira.
El
Nath, Beta Tauri. A
150 anos-luz. Significa, em árabe, A Viagem, numa alusão ao percurso
empreendido pela constelação do Cocheiro.
*Segundo
Ronaldo R. F. Mourão, em Atlas Celeste, Ed. Vozes, 5º edição
Figura
3 -
Constelação de Órion, segundo Atlas Celeste de Hevelius (Séc. XVII)
Notas:
Texto
extraído da revista de ciência astrológica Órion Ano 1 nº1 inverno94
Digitalizado por Lilian Neves Mise (oholon@aol.com)