Introdução - Meditando com Mestre sobre grupos
Estamos capacitados a falar dos problemas que aniquilam os grupos, em virtude dos longos anos trabalhando com a
arena psicológica dos egos.
Isto foi assim porque deveríamos aprender. Depois do aprendizado, podemos auxiliar os amigos que precisam
transmutar o ego da crítica e da aversão, da mágoa e da raiva, da irritação e do ódio.
No ano 2000, é melhor que as pessoas sejam informadas do que vai acontecer com elas. Assim, quem queira atravessar
esta fase tem de esquecer o ego do julgamento errôneo. Praticamente estamos no meio da ponte atravessando o
caminho; qualquer vacilar, a ponte caí e vamos ao abismo. A frente, ainda se estende um longo caminho.
Para que os aprendizes da Sabedoria Divina não pratiquem os vícios dos antigos, que já se petúficaram nas
concepções errôneas, é que apresentamos esta obra, fruto de um laboratório vivenciado.
A mentalidade para o ano 2000 pede inclusividade, entrega e desapego. Jamais aversão, critica, ódio, rancor e
mágoa poderão justificar o comportamento de uns para com os outros.
Nenhum grupo deve vacilar quanto aos viventes que falam uns dos outros. A saída é ensiná-los com amor e
paciência, e, quando não der mais, ignorá-los para que não fortifiquem ainda mais as suas resistências involutivas. E em
alguns casos extremos, a liderança precisa drenar o membro.
Por que drenar? Porque o dreno serve para verter o pus e purificar o mecanismo do grupo.
A tarefa da drenagem não cabe ao integrante do grupo e, sim, aos dirigentes do grupo.
Se você conhece um grupo, não tente fazer o serviço da direção, porque acha que a direção não está tomando providências nisto, naquilo ou naquilo outro.
Muitos membros, achando que a direção ignora isto ou aquilo, passam a falar muito e a tomar providências que não
cabem jamais a um membro.
A única providência que um ego sabe tomar é criticar e instaurar ainda mais as energias hostis. Uma direção sabe
quando o grupo está passando por um exercício, e o dreno está sendo colocado.
Qual o membro que sabendo disto, não se toma silencioso e coeso para ajudar os amigos que ainda não venceram as
fraquezas da personalidade?
O mesmo se dá com pessoas que não freqüentam o grupo e acham que têm algum direito de emitir opinião. Tais
opiniões devem ser ignoradas.
Os que incentivam os outros a se desviarem devem ser identificados, tratados, e, após, não havendo qualquer
melhora, devem sair do grupo, sem sombra de dúvida. Igualmente os membros que não acatam as ordens e as
orientações da direção do seu grupo.
Para que fazemos parte de um grupo? Sejamos honestos conosco mesmos e escolhamos a nossa vida, porque temos
esse direito.
Um grupo deve possuir autocrítica, e uma direção sadia não ignora os conflitos, jogos e cenas da
personalidade, mas não pode permitir que isto venha destruir a meta do discipulado.
Se a nossa disposição é falar demais, em qualquer grupo onde estivemos provocaremos rupturas. Desse jeito
plantaremos a indiferença não só do grupo, como também perderemos a proteção, o carinho, o respeito e o interesse de todos.
Num grupo, o nosso ego não pode prevalecer. Só pode prevalecer aquilo que atende a todos. O grupo que cede às
pressões e chantagens em nome de interesses, políticos por exemplo, não terá uma direção consciente. Isto além de
involutivo é perigoso para a saúde tridimensional dos envolvidos. A pior experiência que tivemos, a mais dolorosa e
desagradável, ocorreu quando dois membros do mesmo grupo se tomaram adversários políticos; os dois praticamente
conseguiram destruir o grupo, porque se tornaram portas de entrada para energias que não convêm a um grupo espiritual.
Dificilmente algum grupo nos aceitaria tão cheios assim das nossas próprias decisões. Isto nós fazemos em nossa casa
com todo o direito e não num grupo. Somente uma liderança muito altruística e abnegada pode nos aceitar por algum
tempo... para tratar da doença do nosso ego. Mesmo essa liderança tão devotada será obrigada a tomar providências
quando receber o diagnóstico final do Plano Oculto, de que não há cura nesta encarnação para o nosso caso. Se temos o
ego do rebelde sem causa, as coisas não caminharão bem,
principalmente na transição que se aproxima, pois tudo o que virá, nos cobrará a renúncia do ego.
Assim, vamos encontrar na Terra muitos agrupamentos de pessoas, cujos integrantes não fazem parte de um grupo
oculto, porque o seu objetivo é de luta por seus próprios interesses, O nosso propósito diante da Meta Superior pedirá
sempre que sacrifiquemos o menor pelo maior. Vamos encontrar também muitos grupos ocultos, cujos corpos
físicos não estão presentes, ou porque não possuem corpos físicos, ou porque ainda não se dispuseram a vencer o principal
desafio de suas vidas: enfrentar a própria arena psicológica de um grupo externo.
O que é que tem mais valor perante a Lei de Deus? Será o vivente que colabora por muitos anos no grupo físico e não comparece no grupo oculto? Ou será quem não comparece no plano físico e faz parte do grupo oculto?
Mais vale aquele que, podendo, faz parte dos dois grupos ao mesmo tempo. O que ocorre conosco quando estamos num grupo, mas nos devotamos ao nosso ego? Mais cedo ou mais tarde, seremos atraídos para um grupo de disputas, revanches e inimizades para esgotarmos alio nosso débito. E possível que nos interessemos por uma política involutiva. Se for assim, o grupo transcendental não deve ser a nossa meta, e nesse caso devemos optar em ficar exclusivamente na politica, ou em casa, porque ainda não sabemos trabalhar com o Espírito de Síntese que norteia a Era de Aquário, uma energia voltada para a unificação.
Ás vezes, um teste de orientação política num grupo serve para medir os nossos egos; ali podemos mostrar, diante
de todos, a radiografia de cada um e as suas chances de superar as energias do ano 2000.
A liderança de um grupo transcendental não deve ter interesse nenhum numa disputa política, quando tal teste se
apresenta na vida do grupo. A liderança deve ter apenas um interesse: conduzir os seus membros
à purificação e ao preparo para atravessar a fase de transição planetária.
Aprendemos uma preciosa lição vendo integrantes do nosso grupo trocarem suas metas superiores por metas políticas. Uma pessoa quando contata a corrompedora energia do
poder político, vimos, revela no comportamento aquilo que conseguiu ocultar em quinze anos de amizade unilateral.
Por outro lado, se somos completamente coesos e harmônicos, debalde as esfregadelas do laboratório, além de
não encontrarmos dificuldade, ainda nos tornamos excelentes administradores e potentes reforços de uma direção,
que não anda sozinha.
Nesse caso, somos uma bênção, um tesouro, uma obra-prima dos Mestres arejando uni grupo e ajudando pela maneira calma, impessoal, cordial e alegre. Então fazemos parte dos dois grupos simultaneamente E todo grupo deseja a nossa presença, porque a nossa energia é inofensiva.
Toda liderança idônea está presente para resgatar os seus amigos e não para lançá-los à involução; para defendê-los, mostrando em exercícios práticos como o ego toma conta da pessoa, porque ela se esquece do exercício e cai na armadilha da disputa dos egos, tomando-se vulnerável ao mal.
Defenda cada irmão e veja nele a Luz de Deus e permaneça sob a proteção Divina.
Não é da nossa conta se a Luz de Deus do nosso irmão está oculta, ou embaçada pelo ego. Tudo o que vemos em
nosso irmão, possuímos em abundância no próprio coração.
Tudo o que vemos deve ser um convite à reflexão e à transmutação.
Transmute e ajude o seu grupo, o seu município, a sua cidade, o seu pais e o mundo! Esteja onde estiver, colabore
com a Meta do seu discipulado, lembrando que nenhuma crítica por aversão servirá como contribuição. Mas a crítica
sincera, amiga e fiel, sempre será construtiva e bem-vinda.
Não fosse aquilo que vimos de positivo e negativo em nosso laboratório de transmutações, não teríamos esta
experiência.
Assim, graças às pessoas que passaram, e passam por este laboratório, e, tão fartamente contribuiram para as nossas
pesquisas e descobertas, é que chegamos à conclusão de que o buscador da espiritualidade pode conhecer a nossa
experiência.., e, quem sabe, aplique as leis que aqui observamos, com mais aprumo e discernimento do que o
fizemos na época em que estávamos iniciando.
O Editor
Retirado do livro: "Meditando com os mestres sobre grupos" - Padrão
HUMI, por M.N.Lopes