TEXTO 10

Título dado ao email: Re_ ELE RESSUSCITOU!!!

Tomei a iniciativa de mandar um email  ao Sr. porque pesquisando outro assunto sobre Cristo, pelo fato de ter assistido ao filme do Mel Gibson, sem querer encontrei num forum de discussões uma mensagem em seu nome atacando o espiritismo. Entrando num outro: encontro novamente o seu nome, agora com email (o primeiro era não divulgado) e ontem, em São Paulo encontrei outra atacando o Espiritismo, glorificando o Padre Quevedo por todos os seus estudos. Não generalizei os católicos no ataque, por isso fiquei surpreso! Fui específico em seu caso (desculpe -somente pelo que achei na NET).                       Quanto a tal linha de defesa, em nenhuma casa espirita em que eu já tenha entrado ouvi falar mal de tal ou qual religião.NUNCA! Minha família por parte de mãe é católica e por parte de pai é espirita. Nada demais.Não sou espirita por que meu pai é. Desde criança achava mais pontos entre o que eu pensava da vida (e da morte) coincidentes no espiritismo. O que deve acontecer é que uma série de adolescentes em algum fórum sobre religião possa ter falado mal do catolicismo. Por isso perguntei a sua idade. Agora eu tomo na minha defesa a "linha de defesa" (desculpe a repetição).               Somente respondendo sua pergunta, embora o Sr. não acredite (e nem perca o seu tempo para polemizar, por favor - cada qual com a sua fé): segundo a doutrina, o espirito passa inúmeras vezes por este plano, não necessariamente nascendo e vivendo no mesmo lugar. Eu não sei falar Japonês mas se já fui japonês (eu sei, o Sr. não acredita! Desculpe, estou só explicando!) ao "morrer" ou passar a um outro plano, como o Sr. queira, conhecimentos voltariam a tona, afinal para isso se prestam as reencarnações (aquisição de experiências, moral, paciência, amor a Deus e muito mais baseado no exemplo do espirito maior, Jesus Cristo). Ora se eu quisesse me comunicar com alguém da Argentina, porque mandaria a mensagem em japonês? (a não ser que esse fosse o objetivo......provar alguma coisa).               Quanto ao email para o Padre Quevedo foi pelo mesmo motivo (ELE, EU ACHO, VERDADEIRAMENTE TEM RAIVA DOS ESPIRITAS!!!).                E eu verdadeiramente não encontro respostas satisfatórias para muitas questões, baseando-me em sua religião (vide perguntas ao Padre).                Eu achava que Cristo dizia que "Bateu, dá a outra face"e não "Bateu levou". CERTO, EU INCORRI NESTE MESMO ERRO E PEÇO DESCULPAS.                 Bem na morte eu procuro a continuação e o conhecimento, no orgulho eu não procuro nada, nas trevas, bem, aí eu nem entendi......ou o Sr. está me chamando de demônio ou adorador de tal (se bem que eu acho que demônio não existe).                 Um dia só por curiosidade, leia algo sobre o espiritismo, tipo o Evangelho segundo o Espiritismo ou o livro dos espiritos. Não precisa ler tudo (eu também não tenho paciência para ler panfletos de testemunhas de Jeová!!).                Novamente: Os espiritas acreditam em Deus. E em Jesus Cristo

como exemplo maior! Ao contrário do que muitas religiões acham, não somos contra eles (que idéia!!!). Para poupar esse trabalho desagradável ao Sr. envio um texto que encontrei na NET (na Federação Espirita Brasileira).

          

A Terceira Revelação

A resposta de Divaldo Pereira Franco concedida ao Padre Ângelo Costa está inserida no livro Viagens e Entrevistas (LEAL, 1978). Esclarecedora, sob todos os aspectos, faz parte das entrevistas realizadas pela TV Gaúcha, de Porto Alegre, nos meses de novembro de 1975 e maio de 1976, oportunidades em que obteve grandes índices de audiência.

Padre Ângelo Costa pergunta:

Allan Kardec, nas “Obras Póstumas”, 13ª edição, página 121 e seguinte, tem um estudo sobre a natureza de Cristo. Aí, Allan Kardec nega a divindade de Cristo, porque nem os milagres, nem as palavras de Jesus, nem os testemunhos dos Apóstolos, diz Kardec, provam a divindade de Cristo. No mesmo livro, página 283, Allan Kardec afirma que ele recebeu a comunicação do “Espírito Verdade” em pessoa. Isto não é simples afirmação esporádica, ante a literatura espírita. Juntamente, Allan Kardec afirma que com o Espiritismo começou a 3ª Revelação. A primeira teria sido com Moisés, no Antigo Testamento, a segunda Revelação teria sido com Jesus, no Novo Testamento, e a terceira com o Espiritismo. No livro “O que é o espiritismo”, 16ª edição, página 145, Allan Kardec afirma que Cristo propositadamente não quis tocar em certas verdades. Os Espíritos Mensageiros, diz Allan Kardec, têm nova revelação, mais completa. Senhor Divaldo, na sua opinião, gostaríamos de saber: Allan Kardec é mais que Jesus Cristo? Senhor Divaldo, na sua opinião, os Espíritos são mais beneméritos e esclarecedores do que Cristo? O senhor, que é fiel à Doutrina Espírita, nos diga então: além do “amai-vos uns aos outros” o que o Espiritismo respeita nos ensinamentos e na figura de Cristo?

Divaldo responde:

Sentimo-nos lisonjeado com a confiança que vossa reverendíssima em nós deposita e, com todo o respeito que lhe devotamos, desejamos responder às três questões que nos foram formuladas.

Em “O Livro dos Espíritos”, página 298, na pergunta 625, Allan Kardec inquiriu aos Mensageiros Superiores: “Qual o Espírito mais perfeito concedido por Deus para nos servir de modelo e guia? E a resposta foi: “Jesus”. Allan Kardec, imediatamente entretece comentários nos quais diz: “Para a criatura humana, o ser mais evoluído foi Jesus, porque Ele sintetizava todas perfeições...”.

Depreende-se, pela linguagem óbvia, que Allan Kardec considerava Jesus, como todos nós fazemos, como o Excelso Filho de Deus, o Supremo Governador da Terra, o “Espírito mais perfeito” que jamais esteve no mundo, colocando-se pois, e portanto, em plano mui secundário. Posteriormente, conforme se lê em “Obras Póstumas”, citada por vossa reverendíssima, quando da revelação da missão que lhe estava destinada, Allan Kardec perguntou ao Espírito Verdade: “E se eu fracassar?” A resposta foi incisiva e concisa: “Outro te substituirá”, deixando transparecer que Allan Kardec era um espírito normal, dotado de uma tarefa na Terra. Depois, conforme se lê em João, capítulo XIV v. 15 a 17 e 26, Jesus disse, conforme a tradução da Bíblia segundo o Padre João Ferreira de Almeida: “Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei ao Meu Pai e Meu Pai vos mandará o Consolador, o Espírito de Verdade que o mundo ainda não conhece, porque não o vê, mas vós o conhecereis. O Espírito Santo vos dirá todas as coisas que ainda não podeis suportar; ficará eternamente convosco; relembrará tudo o que eu vos disse e muito mais”. Como vossa reverendíssima pode observar, foi Jesus que prometeu o Consolador. A veneranda religião católica, como a religião luterana e as suas ramificações, asseveram que o Consolador veio no Pentecostes, no qüinquagésimo dia, quando o Espírito Santo, incorporando nos Apóstolos, fê-los profetizar e falar outros idiomas. O conceito é respeitável, porém, destituído de autenticidade. Isto porque, se o Cristo se escusou a dizer muita coisa mais, em razão da mentalidade da época não ser compatível com o conteúdo dos ensinos, nem os homens se encontravam preparados, não poderia, cinqüenta dias depois, mandar alguém no seu lugar. “Eu rogarei a meu Pai e Ele vos mandará o Espírito Santo, que ainda não conheceis porque não podeis ver. Ele vos dirá todas as coisas que eu disse (porque seriam esquecidas, bem se vê), e outras coisas mais que ainda não podeis suportar”. Este Espírito Santo, para nós, são os Espíritos que vieram em todos os períodos da Terra, particularmente no século XIX, quando já havia uma mentalidade própria para se compreender o fenômeno do batismo ou da reencarnação. Antes não se entendia das leis da Biologia, da Embriogenia, que estudam os fenômenos organo-genéticos. Nada se sabia de genes nem de cromossomos.

Graças ao século XIX, à doutrina de Charles Darwin, ao Mendelismo, sabe-se hoje que, através do fenômeno da fecundação, começa o processo da reencarnação. Como se lê em João, na entrevista com Nicodemos: “Necessário vos é nascer da água”, quando a concepção resulte de uma gotícula de água noutra gotícula de água, realizando, a partir daí, o fenômeno vital da organização genética. Isto somente poderia ser interpretado quando a ciência tivesse avançado de tal forma que fosse possível provar que a vida organizada começa na água.

Além disso, Allan Kardec não pretendeu dizer mais do que Jesus: procurou, sim, atualizar, em linguagem compatível com a da ciência, o que Jesus havia dito de forma parabólica, segundo a mentalidade da época. Sabemos que o dialeto falado por Ele era o arameu, um dialeto restrito de vocábulos. Os vocábulos, segundo os historiadores, não chegavam a número expressivo. Verificamos, na língua portuguesa, por exemplo, que somente os verbos da primeira conjugação chegam a vinte mil; os da segunda a aproximadamente dez mil; os da terceira conjugação a cinco mil e os da quarta a sessenta e oito, derivados do verbo pôr... Ora, a língua falada por Jesus era sintética, fazendo-se necessário que algo, que alguém, viesse desdobrar suas lições mais tarde. Porém, Allan Kardec, a seu turno, não disse a última palavra. Ele teve a nobreza de reconhecer a sua condição humana e foi taxativo, quando asseverou: “O Espiritismo acompanha o que a ciência informa. Se a ciência provar que o espiritismo está errado num ponto, nós abandonaremos este ponto e seguiremos a ciência”. É de uma clareza meridiana, ensejando-nos que a revelação é contínua.

Quando Kardec dividiu as revelações humanas em três ciclos, ele o fez considerando o grande empenho dos reveladores para com a Humanidade. A primeira, de Moisés, porque o Decálogo foi a maior até então apresentada; a de Jesus, porque foi a maior Revelação: a lei do amor; e a do Espiritismo, porque situou o Decálogo, a Lei, com o amor, numa síntese: a caridade! Então, a Doutrina Espírita, além do amor pregado por Jesus, aceita todos os ditos, todos os feitos e todo o Evangelho do Senhor. Não nos referimos aqui, exclusivamente aos quatro Evangelhos, mas aos vinte e sete livros do Novo Testamento: aos Atos dos Apóstolos, às quatorze Epístolas de Paulo, às Epístolas de Pedro, de Tiago, etc., como também à visão da ilha de Patmos, pelo Apóstolo João. Aceitamos o Evangelho integralmente, sem nenhuma presunção de completar, de superar o ensino de Jesus, senão de desdobrá-lo e atualizá-lo sob a inspiração do Consolador. (grifos no original)

                   Fique com Deus Sr. Turatti.