Quem é aquele botão cuja espécie
desconheço?
Formoso, que jamais desabrochará em meu jardim!
Uma espécie rara, beneficiada pela natureza
Gentil, até demostra certa sutileza
Quem pode ver-te, sem querer amar-te?
Esconde gozos divinos, em lábios masculinos
Sem amor, nunca sente dor
Muito jovem, só sente desejo
Mergulhados em um doce beijo
De onde vem esse fogo que me consome
Presa em um olhar esquivo!
Derramo medo em toda parte
Nada posso fazer, pois percebo
Que o botão tem uma textura fina
Mas não é real
Chora meu coração
O botão é de papelão
Tão bem feito que parece real
Roubou meu tempo com suas lembranças,
Esperanças.
Choro por ti;
Choro a morte que senti.