Depoimento de Rose

Minha primeira crise ocorreu em 1992. Durante a noite tive um sonho estranho: observava o céu quando de repente vi a imagem de um demônio dentro da Lua. Acordei com um sentimento horrível, olhei-me no espelho e tive a sensação de que eu não era eu e tudo era triste, escuro.

Fui para o trabalho e comecei a sentir dores na nuca.Comentei com meus colegas e os mesmos diziam que poderia ser problema de pressão arteial..Um mal estar tomou conta de mim, sentia minha cabeça crescendo, as pessoas distantes e um medo dominou-me. Fui levada a um médico.Cheguei a invadir a sala de consultas tamanho era o meu desespero, sentia que estava morrendo.O médico examinou-me e tudo estava dentro das normalidades. Receitou-me Lexotan. Adentrei a farmácia para comprar mencionado remédio e ao sair não conseguia mover as pernas, agarrei-me a um amigo que estava junto e este me levou até minha casa.

O sentimento de medo persistia, chorava descontroladamente, sentia tontura, falta de ar, todos os sintomas desse transtorno.

Fui a um neurologista, realizei vários exames e nada foi constatado.

Continuava mal, até que minha irmã levou-me a um dos melhores psicólogos de minha cidade. Este, explicou-me o que estava ocorrendo comigo e a partir daí passei a entender um pouco sobre o assunto. Continuei a fazer terapia, tomar ansiolítico com antidepressivo e as crises foram melhorando. Desde então, nunca mais me senti a mesma pessoa e hoje, passados dez anos, estou novamente com crises, creio que pelo fato de ter perdido meus pais recentemente e ter entrado numa depressão profunda. Estou tomando remédios, fazendo relaxamentos, meditação, recebendo Okiyome (arte Mahikari) e pedindo a Deus que me cure.

Somente quem tem sabe a intensidade da dor. Não relatei aqui quase nada sobre meu sofrimento, mas vocês que têm o mesmo problema podem imaginar.

Não perco a esperança. Confio em Deus e na boa vontade de pessoas como vocês que trabalham em prol do nosso bem estar. Pelo fato de não estar sozinha já me sinto grandemente aliviada e com mais segurança para não desistir da luta.

Grata, Rose.