Eis aqui um conjunto de obras -de unidade fechada- que se abre, simultaneamente, em mil direções da realidade multifária, buscando codificar o aparente e o imaginário em signos e formas, essencialidade e matéria.
... Aqui se vê uma "paisagem" buscada no intervalo dos signos e recriada nos quadros de medida fixa que simulam lajotas de um pátio pessoal, tátil e visual, proposto por Aprigio e Frederico.
... É em principio, um nunca acabar do olhar voltado para o interior das coisas através do máximo "exterior" possível, macro e micro-omegamente proposto como síntese. Quem tem olhos para "ver" (e para quê mais seriam?) sabe que toda sabedoria não se inscreve senão entre tais limites.

Fernando Monteiro "Pátio tátil". 1991

 

Nas recentes pinturas de Aprigio e Frederico -arduamente elaboradas- as cores mergulharam fundo e sobrevivem no coração da matéria.
A sua ação é interior, de dentro para fora, como num vulcão. "Se o mundo fosse a cinza do fogo de ontem", disse Borges, "lembrar que em hebraico a palavra
Adão significa terra vermelha".

Francisco Brennand "À exposição Pátio". 1991