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Era do Rádio

            A primeira emissão radiofônica brasileira aconteceu em 7 de setembro de 1922, durante as comemorações do centenário da independência. A Westinghouse Eletric International Co. instalou no alto do Corcovado uma estação de 500 watts, inaugurada com discurso do então presidente Epitácio Pessoa. Após o discurso, seguiram- se emissões de música lírica, conferências e concertos, que foram captados pelos cerca de 80 parelhos receptores espalhados pela cidade. No final das festividades, a emissora saiu do ar, aparecendo no ano seguinte com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada pelo antropólogo Roquete Pinto e por Henry Morize, diretor do Observatório Astronômico. A emissora, com programação educativa e cultural incitou o aparecimento de várias outras rádios amadoras, que iniciaram as transmissões ainda na década de 20, à princípio como clubes ou sociedades, e  como a legislação vigente na época proibia a publicidade, eram mantidas por doações dos associados.

            Com a legalização da publicidade, em princípios da década de 30, as rádios comerciais  começam a despontar. Desde então, as emissoras começam a se organizar como empresas capitalistas. Com o crescimento da indústria  e do  comércio, o número de propagandas veiculadas aumenta, o o rádio transforma- se rapidamente num negócio cada vez mais lucrativo. Surgem os comerciais cantados, os jingles, que revolucionam a propaganda radiofônica.

            Ainda na década de 30 são criadas várias emissoras de rádio, entre elas a Rádio Record de São Paulo (1931), a Rádio nacional, do Rio de Janeiro (1936) - a primeira grande emissora do país - e a Rádio Tupi (1937), de São Paulo.

            Nesta época, a rádio vai abandonando seu perfil exclusivamente educativo e elitista para firmar- se como meio popular de comunicação. A linguagem é modificada, tornando- se mais direta e de fácil entendimento. As programações diversificam- se e são melhores organizadas, atraindo o grande público. À partir da segunda metade dos anos 30 e início dos anos 40 aparecem  os grandes programas de música popular e, junto com eles, ídolos da música nacional, como Carmem Miranda, Linda batista e Orlando Silva. Surgem também os programas de humor, de auditório - contando com a participação do públicoo - instituídos pelas Rádios Kosmos e América, além das novelas radiofônicas. A primeira destas novelas chamava- se 'Em busca da felicidade' da Rádio nacional (1941).

            A mesma Rádio Nacional lançou, em plena 2ª Guerra Mundial o programa de notícias Repórter Esso, inaugurando o radiojornalismo brasileiro. As técnicas introduzidas por ele - com frases curtas e objetivas, agilidade, instantaneidade e seleção cuidadosa das notícias - são empregadas até hoje na maioria doss jornais falados.

            Com a popularização da TV, no final da década de 50, o período de apogeu do rádio chega ao fim e as emissoras são obrigadas a redefinir seus objetivos. Nestas reestruturação, passam a dar maior espaço ao jornalismo e ampliam os serviços à comunidade. A primeira rádio a divulgar notícias durante toda a programação é a bandeirantes, de São Paulo, inaugurada em 1954. A partir de 68, surgem as emissoras de Freqüência Modulada (FM). A maioria delas apresenta programas musicais, como a Rádio Cidade (1977), líder de audiência na década de 80. A primeira rádio FM com exclusividade em noticiários é a CBN, criada em 1996.

 

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