O diretor de videos, comerciais e artista gráfico Mike Mills faz uma marcante estréia com Thumbsucker, uma curta e doce adaptação do romance de Walter Kirn.

Entre todos os filmes sobre adolescents desse ano em Sundance, esse é, de longe, o melhor, tratando o jovem protagonista como um ser inteligente e não uma caricatura ou estereótipo. É também o mais suave e focado em uma audiência adulta, não aos jovens aos quais se refere.

Já selecionado para a competição no Festival de Berlin imediatamente após Sundance, Thumbsucker será um favorito dos críticos e Mills, que vem da mesma escola de cinema de Spike Jonze e Sofia Coppola, tem potencial para seguir seus passos como um importante porta-voz da juventude Americana.

Distribuidores vão ter que se amparar nas críticas e nas estrelas coadjuvantes para divulgar o filme; mesmo com a presença de Vince Vaughn, Keanu Reeves e Vincent D’Onofrio no elenco, não é tão popular como é profundo e melancólico. Mills, que também escreveu o roteiro, escolheu não insistir na obviedade do estilo MTV, ao contrário escolhendo momentos e diálogo esparso para penetrar nas suas vidas privadas. Adolescentes acostumados a filmes como Mean Girls e The OC não vão entender isso.

O filme se concentra no adolescente de 17 anos Justin Cobb (uma notável, inteligente revelação em Lou Pucci) que vive em uma feia cidade do Oregon com seus pais Audrey (Swinton) e Mike (D’Onofrio), ela uma enfermeira na casa dos quarenta anos lutando com suas próprias dúvidas e oportunidades perdidas, ele um homem vivendo o desapontamento de uma fracassada carreira no futebol.

Lutando para encontrar sua própria identidade enquanto seus pais estão tão ocupados, Justin recebe orientação espiritual de seu ortodentista new age (Reeves), mas se decepciona quando se dá conta que ele não tem todas as respostas e também está ocupado procurando novas filosofias para si mesmo.

Ele deseja sua colega do grupo de debates da escola, Rebecca (Kelli Garner), mas assim como ele ela está cheia de inseguranças e os dois não conseguem compreender isso juntos.

(…) para irritação de seu pai ele continua chupando o dedo, por exemplo. Logo seu coordenador do grupo de debate (Vaughn) sugere que ele comece a tomar Ritalin, uma conhecida droga que as escolas nos EUA recomendam para déficit de atenção ou hiperatividade. Não demora muito e ele está fumando maconha com Rebecca. Mas nada disso dá a ele a satisfação ou a direção que ele acredita que deve alcançar.

Thumbsucker se passa durante o último ano de Justin no colegial. Fala da preocupação infantil que sua mãe tem com um ator de novela (Bratt), o sucesso repentino de Justin no grupo de debates, a experiência sexual com Rebecca e a primeira decepção amorosa e, por fim, a realização de que todo mundo compartilha as mesmas ansiedades e falhas e que isso é o que faz deles pessoas interessantes.

Mills apresenta grande maturidade para um estreante e enquanto seu controle nem sempre produz resultados lúcidos, isso indica positivamente para seu futuro. Ele consegue performances ótimas de todo o elenco, mais notavelmente de Reeves, que brilha como o sempre em evolução Perry.

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Fonte: filmthreat.com

THUMBSUCKER
by Bob Westal
(2005-01-26)

Mesmo sendo um hábito ruim, chupar o dedo não é “tão” ruim assim. Não dá câncer, ou acaba com seu casamento, ou permanentes cicatrizes nos membros da família, ou deixa marcas profundas. Ainda, se você é um adolescente, é difícil pensar em algo pior para sua vida social ou auto-estima, sem mencionar a conta de seus pais com o ortodentista.

Seu envergonhado pai (Vincent D”Onofrio) ainda não se deu conta de que é um adulto completo, e continua insistindo para que Justin o chame pelo primeiro nome. Sua carinhosa mãe, uma enfermeira, vive um conflito da mesma maneira, e brinca participando de uma gincana para ganhar um encontro com o astro de TV Matt Schram (Benjamin Bratt). De fato, cada adulto que Justin conhece, do seu orientador educacional (Vince Vaughn) ao seu dentista guru (Keanu Reeves), é incapaz de realmente crescer. Mesmo a linda e aparentemente madura garota (Kelly Garner) que manifesta interesse em Justin deixa seu papel como ativista ecológica para virar uma viciada.

Thumbsucker, escrito e dirigido pelo diretor de videos e comerciais Mike Mills, se beneficia de um simplório ainda que incisivo senso de humor e algumas perfomances extremamente intensas. O jovem Lou Pucci cria algo engenhoso, transitando do típico perdedor, ao eficiente debatedor movido a drogas, ao quase viciado, ainda mantendo a sua característica pessoal. Vince Vaughn e Tilda Swinton são plenamente convincentes como os pais do jovem. Já no círculo dos amalucados ainda que notáveis, Vince Vaughn, Benjamin Bratt, e especialmente Keanu Reeves trazem um benvindo bom humor com variações em suas excentricidades.

Com uma trilha Sonora intrigante feita pelo Polyphonic Spree e pelo saudoso Eliot Smith, “Thumbsucker” é uma valiosa adição ao crescente sub-gênero de filmes sobre a geração anos setenta e sua auto-descoberta. Linus van Pelt aprovaria.

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Fonte: Newsweek

Eu vi somente seis dos dezesseis filmes competindo, então eu não posso ainda prever o vencedor. Mas há algumas boas novidades por lá. Thumbsucker, a bem sucedida estréia do diretor Mike Mills, encontra uma original e vencedora forma de falar novamente sobre as dificuldades da adolescência. Esse, sobre o alienado e chupador de dedo Justin (Lou Pucci, um achado) que passa por uma magnífica transformação quando começa a tomar remédios. Mas ele está curado ou apenas imerso nas drogas? O roteiro é inovador, os adolescentes não são estereotipados e o elenco, que inclui um realmente muito engraçado Keanu Reeves como um filosófico ortodentista new age, Tilda Swinton e Vincent D'Onofrio como os pais de Justin e Vince Vaughn como um orientador educacional, ajudam a fazer do filme um dos mais carismáticos do festival.

Thumbsucker," adaptado da novela de Walter Kirn, é sobre um adolescente tão problemático que ele continua a chupar o dedo. Isso embarassa seus pais, que finalmente tentam um tratamento à base de medicamentos para esse tipo de desordem. Como ele não tem uma deficiência específica, o medicamento age como um estimulante, o que leva a uma série de eventos que vão mudar a vida desse jovem.

"Thumbsucker" é engraçado, profundo e emocionante. As atuações são uniformemente magníficas. Se filmes como "Garden State" e "Thirteen" encontraram devotadas audiências, então "Thumbsucker" está destinado ao status de "cult".

Renomados atores como Tilda Swinton, Vincent D'Onofrio, Vince Vaughn, Benjamin Bratt e Keanu Reeves (esse último em uma amalucada atuação que nos lembra seus filmes mais antigos, antes de sua era-filmes de ação) fazem de "Thumbsucker" um deleite para o espectador.

Mas o jovem de 19 anos Lou Taylor Pucci brilha. Ele faz do filme essencial como "Rushmore," "Igby Goes Down," "Roger Dodger" ou qualquer filme do gênero. Pucci deve ser lembrado nas próximas premiações como revelação de 2005.

Mas esse filme busca um distribuidor. Miramax? Fox Searchlight? Vamos torcer para que um desses grandes estúdios tome a iniciativa. E rápido.

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Fonte: nynewsday.com

"Mais comum nessa absoluta maneira diferente de ser é "Thumbsucker," irregular adaptação de Mike Mills para a novela de Walter Kirn, sobre um adolescente com déficit de atenção que acaba encontrando consolo nas drogas. Um gracioso Lou Taylor Pucci interpreta Justin Cobb, originalmente reservado para Elijah Wood, que ficou adulto demais no longo curso que o filme levou para se financiar.

(...) No elenco (que inclui Vincent D'Onofrio, Benjamin Bratt e Vince Vaughn), os maiores destaques vão para a carinhosa Tilda Swinton como a mãe zelosa de Justin e Keanu Reeves, como seu tagarela ortodentista. Acertando em cheio em cada tirada cômica com uma espirituosa segurança, Reeves nos lembra o quão engraçado ele pode ser como era nos velhos tempos de Bill e Ted, antes que ele isolasse a si mesmo em uma espécie de "Matrix estupor".

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Fonte: Dark Horizons
Author: Paul Fischer

Entre a competição dramática, até agora, Thumbsucker está no topo da lista. Uma história sobre a chegada da maioridade com um diferencial, esse especial e basicamente único drama cômico fala sobre pais e filhos, primeiro amor, auto-descoberta e, finalmente, libertação. O protagonista do filme é Justin Cobb, viciado em chupar o dedo. Um inteligente mas tímido estudante, ele quer parar, mas nada funciona. Ele tenta de tudo, desde colocar tinta no dedo até hipnose feita pelo seu ortodentista. Ele fica tão desesperado que quando o psicólogo da escola sugere o uso de remédio para ajudá-lo a se concentrar Justin agarra a chance a despeito da preocupação de sua amorosa mãe. Tratado com maravilhosa destreza, humor suave e apresentando extraordinárias perfomances de Tilda Swinton e um encantador Keanu Reeves, Thumbsucker é uma estonteante estréia para um diretor que conseguiu fazer um filme rico e gratificante, destinado ao sucesso comercial se trabalhado pelo distribuidor certo.

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Fonte: Oregon Live

Alguns filmes têm apoio. "Thumbsucker", a doce, delicada, libertadora história filmada em Beaverton em 2003 estreou no Domingo a noite em frente a uma platéia entusiasmada que particularmente ficou admirada com a performance do jovem Lou Taylor Pucci como o nervoso estudante que tenta de tudo para superar seu sentimento de desesperança e confusão.


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Fonte: JOBLO.com


THUMBSUCKER é um drama sólido, meio como TADPOLE ou IGBY GOES DOWN. É estrelado pelo jovem Lou Pucci como um desconfortável estudante que encontra satisfação no simples ato de chupar o dedo. Vários adultos bem intencionados tentam ajudar Justin a parar com esse hábito "infantil", resultando em uma fileira de excêntricas consequências. Justin é hipnotizado pelo seu dentista new-age (Keanu Reeves), ganha um lugar no grupo de debate da escola de seu compreensivo instrutor (Vince Vaughn), e até aprende algumas bizarras lições sobre drogas de um ator de TV (Benjamin Bratt). Os pais de Justin (Tilda Swinton e Vincent D'Onofrio) persistem em seu próprio conselho. Mas é claro que o casal tem seus próprios problemas. Baseado na novela de Walter Kirn, este é um intermitentemente divertido e surpreendentemente profundo drama independente, e deve encontrar uma pequena, ainda que apreciativa, audiência no decorrer desse ano.

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Fonte: iofilme.co.uk


(...) Thumbsucker. É ótimo. Alguns críticos até aplaudiram no final. Divertido e profundo, a presença de Keanu Reeves como um ortodentista meio guru me convenceu que o filme será um sucesso de público.

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Mais menções ao filme (positivas)

Fontes:
SFGate.com
Salt Lake Tribune

"Estou vivendo um sonho", disse em Los Angeles o diretor de "Valentin", descansando do ensaio que estava tendo com a estrela de The Matrix. "Nós estamos em pré-produção já há duas semanas para "Il Mare" e nós vamos filmar em Chicago", razão pela qual ele tem viajado de uma cidade para outra, ensaiando em Hollywood com Reeves e Bullock e supervisionando a produção em Chicago. "O filme é baseado em uma produção coreana chamada Siworae e lida de forma profunda com o tema tempo e espaço. Eu mudei algumas coisas e agora nós estamos trabalhando junto com David Auburn, ganhador do prêmio Pulitzer, que co-assina o roteiro."

Reeves será um arquiteto e Bullock uma médica, quando " no original ela era dubladora de vozes para o cinema e ele fazia outra coisa, então agora é diferente", diz Agresti. A ambientação é diferente, muito mais trabalhada, sendo que ele (Reeves) agora é um super famoso arquiteto, meio como Frank Lloyd Wright. "Visualmente tem muito a ver com Chicago, que é uma cidade maravilhosa."

O roteiro indica que os personagens viveram na mesma casa com dois anos de diferença e por uma estranha razão "eles compartilham a mesma caixa postal". No começo ela deixa a casa, "uma residência muito peculiar que nós construímos em um lago. De repente ele encontra uma carta, datada de 2005, quando ele sabe que o ano é 2003. Primeiro eles pensam que é uma brincadeira, todo dia deixando uma carta um para o outro, e eles vão se aproximando cada vez mais, e um dia o que parece ilógico cria sua própria lógica: descobrimos que eles já se encontraram. "

A idéia de reunir as estrelas de Velocidade Máxima depois de onze anos não foi deliberada. "Não. Eu estava encontrando diferentes atores. Bullock quis me conhecer há dois meses em Nova York, e aceitou. Como eu já tinha Sandy, eu entrevistei vários atores até que me encontrei com Keanu. Ele é fã de meu filme "Valentin", e viu "Un mundo menos peor", ambos gostam do meu modo de dirigir e então eu disse ao estúdio: "Eu tenho os dois". "Que ambos fizeram Velocidade Máxima foi uma coincidência. No começo o estúdio ficou apreensivo se seria uma boa idéia ou não". "Não é uma comédia - ele esclarece - é um drama romântico. Há toques de vida e humor, mas não em um tom cômico."

O restante do elenco está definido?
"Os únicos confirmados são Sandra e Keanu. Um outro personagem irá para Jeremy Irons, o pai de Keanu, e há outros três atores que estamos decidindo. "

"A equipe técnica é incrível. Nós temos o diretor de fotografia David Tattersal (que trabalhou nos últimos três episódios de Star Wars), o designer de produção é Nathan Crowley (de Batman Begins), o produtor do filme é Doug Davison (o mesmo de Dark Water, novo filme de Walter Salles)." Não haverá argentinos no filme. "Será filmado em doze semanas, começando em 14 de março, em Maple Lake, a 25 km do centro de Chicago. A data prevista para estréia do filme é para o primeiro trimestre de 2006. Eu estarei terminando em 10 ou 11 de junho, a edição eu farei com Kevin Tent, o mesmo editor que trabalha com Alexander Payne (Sideways), nos escritórios de edição de Chicago enquanto eu filmo, e quando terminar nós nos transferiremos para um rancho perto de São Francisco, propriedade de George Lucas", ele revela.

"O ritmo de trabalho", ele diz, "é elouquecedor, com todo o equipamento que temos. É um filme muito original, você pode dizer para todo mundo. É muito raro um estúdio tornar um filme desse em uma super produção. Eu tenho um enorme privilégio, o poder de trabalhar com toda essa liberdade que o estúdio está dando para mim. É cinema industrial, mas um cinema muito bom o que está sendo feito aqui.", ele afirma. Agresti comenta que ele tem um ótimo contrato com "a Warner Bros para produzir e dirigir seus próprios filmes, como o que Alfonso Cuaron (último Harry Potter) assinou com o estúdio". Agresti já havia comentado com o Clarin que era amigo de Alexander payne. "Eu realmente gosto dele, mas ele não trabalha par a Warner. Um que tem seu contrato para produzir seus filmes com a Warner, e eu tive a oportunidade de conviver com ele, é Clint Eastwood. E há um mês atrás eu tive a sorte de me sentar com ele para ver a primeira cópia de Million Dollar Baby ", diz sobre o possível candidato ao Oscar.

Ele continua a sonhar acordado. "Depois de tantos filmes, eu acredito que nos últimos anos Hollywood me ofereceu coisas e eu as aproveitei como pude. Aqui muitos diretores são imigrantes, de William Wyler a Billy Wilder. Não é fácil chegar e fazer alguma coisa, o sonho é esse, ser capaz de ter as ferramentas e fazer bom cinema, boas histórias. Eu espero poder fazer isso. "

Agresti diz que ele não está tendo tempo para sentir-se "estranho". "Sim, as vezes eu penso em quão bonito seria poder dividir tudo isso com meus amigos, mas eu sempre os tenho na minha mente e os imagino vendo o filme. Seu trabalho não é feito apenas para você, você o faz para aqueles que ama."

Entrevista para O Clarin (Argentina)
Pablo O. Scholz.
23/01/2005

O pessoal do site parecia muito despreparado, fazendo perguntas como “este filme é sobre uma história em quadrinhos?”, e indagando se John Constantine “era um ex-padre”. Já Keanu demonstrou saber pelo menos um pouco sobre o que estava falando. Confira abaixo alguns de seus comentários.

Sobre a abordagem do personagem no filme:
“Sua relação com Deus. Eu acho que no final é a sua relação com o mundo. Ele é um cara que tem raiva e ambivalência. Há uma fala [no filme]: ‘Deus tem um plano para todos nós, e algumas pessoas gostam dele, e outras não gostam.’ Esta é uma visão constantinesca.”

Sobre os temas abordados no filme:
“Eu faço um personagem que está condenado e está tentando escapar do inferno. Ele vai até Gabriel [o anjo] e diz: ‘Vamos lá, eu estou tirando demônios de dentro de garotinhas. Quem é o maior interessado nisso?’ E Gabriel responde: ‘Bem, você não acredita’. E eu digo: ‘Eu acredito, pelo amor de Deus’. E ele diz: ‘Não, você sabe. Você não tem fé.’”

Fonte: www.sobrecarga.com.br

” A história começa com uma jovem mudando da casa, chamada “Il Mare”, uma remota construção que se projeta sobre palafitas praticamente dentro do mar. Antes de sair ela deixa uma carta na caixa de correio para o futuro morador, pedindo a ele que envie a ela em seu novo endereço uma importante carta que está para chegar. O novo morador encontra a carta enquanto preparando a mudança. Ele fica surpreso ao ver que a carta data de 2000, sendo que o ano corrente é 1998.

Pensando que a carta é uma brincadeira ele escreve de volta para ela, que sempre verifica a caixa de correio para ver se a outra importante correspondência chegou. Ambos pensam que é brincadeira em um primeiro momento, mas vagarosamente vão percebendo a verdade. De alguma forma a “caixa de correio de Il Mare” está enviando cartas de um para outro através do tempo. Curiosos sobre isso ambos começam a se corresponder. Primeiro, com bom humor, perguntando um ao outro o que anda acontecendo em seus respectivos anos e se ajudando (ela faz uma valiosa previsão do tempo para ele, e ele encontra um gravador que ela havia perdido).

Felizmente o filme nunca tenta explicar a “caixa de correio”. De fato, não explicando nada o filme torna tudo mais fácil de aceitar. Mas, mais importante, os personagens não se preocupam com esse detalhe. Eles estão felizes por terem alguém com quem conversar, ambos sendo dois solitários.

Ela vive em uma grande cidade e claramente sente-se desconfortável. Quando não está trabalhando, vaga pelo seu apartamento esperando contato do ex-namorado. Por outro lado, ele (Keanu) vive em total isolamento, um pouco por causa de um sentimento de rejeição devido ao abandono pelo pai. Depois de terminar a faculdade ele corta a maioria de seus relacionamentos dedicando-se a trabalhar com construções e passar o tempo sozinho em “Il Mare”. Isso até que ela (Sandra) apareça.

”Il Mare” leva tempo para se desenvolver, vagarosamente revelando pistas e segredos sobre ambos os personagens de acordo com o que eles vão revelando em suas cartas. Com o tempo ambos começam a se abrir um com o outro e nós então mergulhamos na tristeza que permeia suas vidas.

A questão óbvia não é se os dois vão se encontrar, mas como e quando. Será que ela vai encontrar um meio de voltar no tempo? Ou ele vai esperar pacientemente até que a encontre no futuro? Como o diretor vai mostrar o que quer que aconteça e convencer o expectador dessa possibilidade? Logo que o expectador começa a se fazer essas perguntas o filme sofre uma trágica reviravolta mudando violentamente as possibilidades.

Opus Review