AS
TRÊS GRAÇAS
Sempre busquei a beleza perfeita
em poemas, em sonhos, em devaneios
num poema a descrevi como bela morena
reluzente e maravilhosa
como a pérola negra.
Pérola negra, bela multa
vestida de jóias, braceletes e aura
de cabelos crespos e ondulados
de lábios grandes e sedosos
tu brilhas como a noite estrelada
tu és, morena, uma das sublimes graças.
Busquei mais ainda, com ânsia infinita
a pura beleza que expressa o Ser
e noutro sonho, nas brumas da aurora
ela me veio, alva e loira
de olhos azuis como um diamante
Raio de sol, cachos de ouro
com brincos, seduz nos seus contornos
lábios carmim, pés pequeninos
tu também és uma das graças
disso, eu não duvido!
Tal como o sol que com o dia inicia
também no oriente a beleza se eleva
o céu se perfuma com o aroma das rosas
lótus divina, inefável beleza
seus olhos são jóias perfeitas.
Um ying- yang no colar de leveza
um terceiro-olho brilha no rosto
uma pérola no umbigo conclui sua riqueza
sensualidade do espírito, oh como sofro!
são três graças de infinita beleza
para um só poeta que em êxtase as contempla.