O CANTO DO SILÊNCIO
Tudo que origina-se de Deus é levado ao aprimoramento, a um
propósito elevado. E assim é aos filhos desse Deus-Criador. São
exercitados em seus pontos mais fracos e isso, no primeiro
momento, poderá ser árduo e triste. Qualificam de sofrimento,
que, na verdade, na amplitude, é apenas instrumento
maravilhoso para o crescimento e fortalecimento.
Auto-conhecimento.
Os filhos de Deus, são levados, conforme o entendimento, pelas
forças das marés universais. Experimentam, quase sempre, os
dois lados, um é perfeito e outro é o seu oposto. Deduz-se
que, como marinheiros cósmicos, querem a luz das constelações
para suas viagens em vez das correntes submersas dos horrores do
mundo da morte em vida.
Deus, o Pai, está como farol para ajudar a todos,
principalmente, os amotinados que desviaram-se às trevas da
ignorância.
Eis-me nessa complexidade, palpando a verdade como
“cabra-cega”, expondo a mim mesmo como espelho, que mostra
um ser humano que busca aprumar-se pelo bom caminho, mas
envolvido em muitas paixões...
Espero chegar ao jardim do Éden, lado oriental, para o
“lavrar e o guardar” (Gên. Cap. 2-v. 15).
Sinopse:
Camargo, o personagem central desta narrativa, tem a rara
oportunidade de, em estado de coma e com auxílio de um guia
espiritual, reencontrar-se e a muitos outros que, em várias épocas,
compartilharam a sua existência. E como ensina o Mestre –
“A Verdade vos libertará” – tem ele a oportunidade única
de, conhecendo as peripécias do passado e os reencontros do
presente, aprender e praticar uma das lições máximas da Alta
Espiritualidade: perdoar.
A vida, de raízes fundas no passado e desenvolvimentos no
presente, vista agora sob a dimensão eterna do Espírito,
ensina-lhe que não existe efeito sem causa e que todo ato tem
conseqüência, nesta existência ou em futuras. A Lei do
Retorno é inflexível, mas não é uma lei tirânica; ao contrário,
é a oportunidade de revermos posições, de perdoarmos e de
sermos perdoados, de recomeçar com o fardo mais leve, a longa
caminhada em busca da Perfeição. Para a qual fomos criados.
CONTINUA CAPÍTULO
I/III
|