HOMEM, CÁLICE SEM VIDA

É muito mais fácil ladrilhar o canteiro, sumir com as flores?
Flores, seres vivos, dão trabalho?
É muito mais fácil atravessar a rua, sumir dos olhos conhecidos?
    Diálogo pode tomar rumo de dar satisfação, quem quer dar?
É muito mais fácil aumentar os muros, sumir com a vista desagradável?
Comunidade, preocupação social, é sempre com outro "Departamento"?
É muito mais fácil passar a largo do cadáver, fazê-lo imaterial?
Morte é com polícia, médicos e padres?  Pressa é a saída?
É muito mais fácil ver televisão, que ir ao teatro?
Posicionamentos e pensamentos, cansa?
É muito mais fácil guerrear, que perdoar?
Compartilhar soluções, parece fraqueza?
Irmãos, enquanto "for mais fácil"
robotizar;
ser indiferente diante da morte assassina;
possuir jardins ladrilhados de plantas plásticas;
viver de faz de conta;
encastelar-se;
blindar-se;
ter animais virtuais;
amores virtuais;
gozos virtuais;
unicidade dos lucros;
 miséria globalizada...
a humanidade estará em perigosa letargia,
será natimorto.
O homem está se transformando em quê?
Em homem plástico de vida ladrilhada?



Autor: Nilton Bustamante nbustamante@ig.com.br
São Paulo, Brasil
29-05-2003
02:50h


 



 

 

 
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