INGLATERRA
Inglaterra,
rainha perpétua.
Estradas
verdes, poeiras de séculos de histórias.
Sangue
das traições ainda úmido nos castelos majestosos.
Os
gemidos soletram a dor; a língua do sofrimento é entendida em qualquer
parte do mundo.
Suas
vertentes não entenderam o mundo.
Subjugaram
o atraso com pesados sentimentos.
Seus
vales são vagos, amplos, sem movimentos, todavia seus filhos são
condenados às minas de pobreza, e os labirintos do poder – sórdidos
- são frenéticos, intrépidos e atuantes.
Seus
filhos, oh! Inglaterra, ou estão no negrume da infelicidade, ou
brilhando nos acessos demoníacos dos certames do mando e obediência.
O
que quer do mundo, oh! Inglaterra?
Seus
reis e rainhas não a honraram devidamente.
Serão
todos vassalos no reino maior.
Há
canções que a salvam; há um povo triste e bêbedo; ajude-o, oh!
Inglaterra, mostrando-lhe que o “fog” não poderá impedi-lo de ver
as chagas e curá-las.
Seus
mitos, suas lendas, seus credos, poderão estimular seus filhos, não
substituir os trabalhadores da grande reforma, quando não mais existirão
reis e rainhas a enlamear seu manto, oh! Inglaterra, somente homens
livres enchendo, suavemente, de amor suas estradas verdes, seus
vales vagos, amplos, outrora sem movimento.
Convide
para andarem, se quiserem, os escoceses, os irlandeses, os indianos, e
outros mais, porém na condição igual de livres e irmãos, pelos seus
campos em banquetes de bons sentimentos.
Os
trilhos que visavam somente levar a conquista, agora serão substituídos
pelo trilho do amor.
Espero
que este dia chegue - não me importo com as críticas dos contrários -
para o bem de seus filhos, para finalmente ajoelhar-me e saudá-la, oh!
verdadeira rainha Inglaterra.
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