TÃO
DIFERENTES, TÃO IGUAIS
Gelo e fogo percorrem direções opostas no marcador de temperatura.
Atuam de formas distintas na natureza. Seus átomos agrupam-se diferentemente.
Frio e calor. Tão antagônicos, mas ambos “queimam” sem cerimônias, tão
iguais.
Quando buscamos o nosso par, a união, ficamos analisando o que
encontramos em comum para nos agrupar.
Parece ser um processo de busca a si
mesmo para se apaixonar, quando o
correto, a meu ver, deve ser o encantamento das “diferenças”. Por mais
antagônicos, contrários, inversos, que se apresentem sempre há algo acolhedor
que se assemelha, que encanta. A sexualidade dos homens e mulheres tão
distintas, tão diferentes, tão anatomicamente diversas, se completam, se
encaixam artística, plástica e divinamente. Outras composições diferentes,
mas “queimam” sem cerimônia, tão iguais.
Da mesma maneira a dor e a alegria, aparentemente contrárias e
dissociadas, contudo instigam da mesma forma as lágrimas que as umedecem em
salgado gosto; um mesmo sabor de tempero.
O acerto e o erro, novamente tão diferentes, tão opostos, mas ambos
enriquecem a experiência.
Refletindo sobre as demais “composições”, podemos concluir que nas
“diferenças” há uma palpável “igualdade” em significativo sentido lógico,
coerente. O “veneno e o antídoto” apaixonadamente ligados; todos nós temos
um pouco, mas tudo se completa nessa boa vida que Deus nos presenteou.
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