CONJUGAÇÃO
DA PURIFICAÇÃO
Ao
sair do jugo da matéria, meu espírito adentrou em uma sala de aulas. Havia
somente mulheres de aspecto jovem. Preparavam uma peça teatral. Escreviam. Após
um vaivém de papéis, opiniões, uma delas aproximou-se e perguntou-me se o
tempo verbal seria na 4ª pessoa?
Por
minha vez, respondi: melhor na 3ª pessoa, é o coloquial, é o mais próximo do
grande público, enquanto nas segundas pessoas ficaria rebuscado.
Ao
acordar, imediatamente veio à mente a expressão “4ª pessoa”. Não me
havia dado conta na primeira vez. Respondi sem perceber corretamente qual era a
pergunta. Mas o que seria na 4ª pessoa, afinal? Uma vibração
mental veio ao meu socorro:
-
Os homens, brutos que são, não alcançaram a etapa da conjugação na 4ª
Pessoa; tempo verbal que extrapola, que se vai ao longe do “Eu”, “Tu”,
“Nós”, “Vós”, e das “terceiras pessoas”. A 4ª pessoa é a
Conjugação das Inteligências, onde o Tempo e o Espaço são macros; o Cosmo
do Verbo. É leitura que os homens não visualizam.
Com
a mesma naturalidade, continuou a explanação:
-
É a expressão do sublime, purificação das conjugações, dos tempos, das idéias.
Fica-se para trás, a perder-se na memória da existência, o modo que são os
homens da humanidade terrestre.
No
Plano Superior não há a convergência das relações menores, do “Eu”,
“Tu”, “Ele”. Essa forma de conjugar apenas representa o modo
circunscrito em que vivem e se relacionam as inteligências terrestres. 4ª
pessoa: conjugação verbal do Macro das Inteligências.
Finalizou:
-
O supra-sumo da perfeição não conjuga o íntimo do “Eu”, nem o íntimo do
“Tu”, nem das “terceiras pessoas”. Declina, flexiona, o íntimo da Criação.
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