O Brasil é, certamente, um País carente de atendimento na área da saúde pública. A política de saúde não deixa de ser um modelo cujo escopo está mais para uma elite do que para a maioria do povo propriamente dito. Na Índia milenar, que tem na pobreza uma caracterização sacralizada, encontramos a atividade de atendimento populacional sendo feito pelos sacerdotes dos templos, e pelos núcleos de apoio às pessoas desfavorecidas, onde a fundamental ação do Agente de Saúde Comunitária, exerce uma ação vital e indispensável em apoio aos necessitados. Naquele país, pelo menos, há o apoio do governo à entidades e pessoas que se dedicam a minimizar o sofrimento das pessoas, ainda que a ajuda financeira seja mínima ou inexistente. Exemplos como o da saudosa Madre Teresa de Calcutá que, com sua simplicidade ímpar, atendia os carentes, nos centros de atendimento a população pobre, milhares de pessoas, utilizando-se de técnicas milenares para a cura de doenças; isto deve ser imitado. De fato, estas entidades contam com uma participação muito pequena do uso de produtos químicos e laboratoriais da indústria farmacêutica de massa.
No nosso País, carcomido por um pensamento pós-renascentista, pequeno ideário burguês, o exercício do Agente de Saúde tem sido oprimido e perseguido pela elite, e o pior de tudo, tem sido alvo de descaso do Governo além da discriminação e perseguição por médicos que querem o monopólio da doença... Com certeza, os Agentes de Saúde (o que os diferencia de "agente de doenças"), principalmente pelo exercício daqueles ligados a Pastoral da Saúde‚ são como faróis de esperança para a maioria brasileira, pobre e miserável, pela segregação (o que é bem diferente da situação da Índia). Contudo, além da falta de recursos, têm-se o problema do pouco conhecimento da área alternativa. Remédios caseiros, feitos de plantas, ervas, raízes e derivados do leite, etc., podem ser feitos com um custo muito baixo. O incentivo à horta comunitária, o cultivo de uma "Farmácia Viva", onde são cultivadas as plantas para ação medicamentosa, voltadas para os problemas da região, constitui-se numa saída inteligente e emergente, onde será possível manter uma botica de produtos básicos de prevenção de saúde, e de baixo custo. O Ayurveda é, sem dúvida, uma dádiva divina, pois a confecção dos seus "remédios" é simples e barata, uma vez que os produtos são feitos com a matéria prima existente nas redondezas onde moram as pessoas, sendo muito raro o uso de produtos que estejam além de 200 km da área de residência do carente de saúde. É por estas, entre outras razões, que se diz que saúde é uma questão de cultura; conhecendo o que nos cerca viveremos melhor.
Devido a necessidade cada vez mais emergente de remédios caseiros eficientes, daremos algumas receitas que podem ser feitas por qualquer um, sendo uma alternativa de saúde pública cujos gastos são mínimos. Salientamos, contudo, que o Ayurveda parte de um princípio holístico de saúde, onde a alimentação desempenha papel fundamental para o sucesso do desenvolvimento de saúde. As receitas que damos a seguir, são complementares. No devido tempo, iremos falar sobre dieta terapêutica ayurvédica e como devolver a saúde sem grande custos, fazendo do dia-a-dia o principal tratamento da vida.

"Parte do texto integrante do discurso do Prof. Dr. Olavo Desimon, na ocasião do Congresso da CNBB sobre Medicina Natural".

"A saúde é uma questão de cultura".

"O exercício do Agente de Saúde no Brasil, tem sido oprimido por uma elite dominante e pela perseguição ideológica".

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