Entre maravilhosas florestas, ficava a pequena Porto seco. Coberta pelo verde, a
cidade se tornava pura e muito aconchegante. Lá quase tudo era perfeito. Mas
infelizmente, sem muita opção de trabalho, os moradores viviam da exploração das
florestas, destruindo-as impiedosamente.
Enquanto os LENHADORES e CAMPONESES cuidavam da destruição e exportação da madeira,
as crianças optavam por brincadeiras às margens de um belo rio. Este ladeava uma
virgem floresta que guardava muitas lendas e mistérios. Segundo os habitantes, essa
fora amaldiçoada e por isso ninguém tivera interesse de conhecê-la. Mas um certo dia,
ainda pela manhã, DUAS MENINAS que brincavam nas proximidades do rio foram surpreendidas
por encantadoras e diferentes BORBOLETAS. Atraídas pela beleza dessas voadoras, corriam
na tentativa de alcançá-las.
O divertido e distraído percurso, as levava para dentro da casta. Assustadas com a
situação, corriam entre as árvores, na tentativa de achar a saída. Apesar do insucesso,
alguns minutos depois, começaram a dar conta que o ambiente era totalmente diferente.
As árvores exibiam o verde da vida e davam estímulos maravilhosos ao local. E no meio
dessa harmonia, uma bela criatura flutuante se aproximou. Esta era o AMOR, deusa e
guardiã daquele mundo não conhecido.
Depois de se apresentarem, a pequena guardiã incumbiu-as para uma missão: chegar ao
fim da floresta e conhecer mais quatro deusas. Sem mais nenhuma alternativa e maiores
detalhes, foram pensativas a caminho dos seres perfeitos. Observavam minuciosamente as
últimas gotas de ORVALHO que eram evaporadas pelos Raios do SOL. Estes passavam entre
os galhos das árvores para segui-las. Às vezes se escondiam entre as pequeninas nuvens
para dar-lhes uma agradável SOMBRA.
Embaladas pelos contos da guardiã, trocavam risos e aos poucos descarregavam todo o
medo e pessimismo a respeito do lugar. Juntas conseguiam alcançar os pássaros que
exibiam vôos rasantes e precisos sobre a ÁGUA CRISTALINA de uma bela lagoa. Ali estavam
um lindo CASAL DE CISNES que deslizavam pelo espelho da água. Um suave VENTO perfumava
cada vez mais o ambiente e ao mesmo tempo, propiciava o desabrochar de belas ORQUÍDEAS
nos úmidos troncos.
Lá tudo era inusitado, e o único fato que não se compreendia, era as imagens que ficavam
atrás. Mesmo a guardiã tentando disfarçar, as meninas reparavam uma grande penumbra.
Tudo ficara sem vida e muito triste. A devastação tétrica e impiedosa, ameaçara a vida
daquele lugar. Isso causara muita dor e preocupação. Nada mais se podia fazer. A
consciência das visitantes se tornara sensível com as estranhas imagens. Então aquele
era o grande momento para que desvendassem a missão.
Através do Vento e com a ajuda das Borboletas, o Amor evocou os outros deuses. Dentre
uma luz verde, a ESPERANÇA se aproximou, encantando-as com seu jeito doce. Da pequenina
relva, ergueu a CONSCIÊNCIA e a grande soberana SABEDORIA. Estas acenaram para o velho
amigo TEMPO, e juntos flutuavam lentamente. Surpresas, atônitas, observavam com muita
atenção os conselhos dos exuberantes Deuses. Estes também aproveitaram o momento do
despertar para reencontrar os velhos amigos e exibir o Ballet da vida.
A missão chegara ao fim e as meninas estavam prontas para abandonar a floresta.
Atreladas ao tempo e aos conselhos da Sabedoria, essas levariam ao restante da população
a nova maneira de vida, que era de muito Amor, Esperança e Consciência para a
sobrevivência do meio ambiente.