O Despertar da Consciência (1999)

                               

Entre maravilhosas florestas, ficava a pequena Porto seco. Coberta pelo verde, a cidade se tornava pura e muito aconchegante. Lá quase tudo era perfeito. Mas infelizmente, sem muita opção de trabalho, os moradores viviam da exploração das florestas, destruindo-as impiedosamente. Enquanto os LENHADORES e CAMPONESES cuidavam da destruição e exportação da madeira, as crianças optavam por brincadeiras às margens de um belo rio. Este ladeava uma virgem floresta que guardava muitas lendas e mistérios. Segundo os habitantes, essa fora amaldiçoada e por isso ninguém tivera interesse de conhecê-la. Mas um certo dia, ainda pela manhã, DUAS MENINAS que brincavam nas proximidades do rio foram surpreendidas por encantadoras e diferentes BORBOLETAS. Atraídas pela beleza dessas voadoras, corriam na tentativa de alcançá-las. O divertido e distraído percurso, as levava para dentro da casta. Assustadas com a situação, corriam entre as árvores, na tentativa de achar a saída. Apesar do insucesso, alguns minutos depois, começaram a dar conta que o ambiente era totalmente diferente. As árvores exibiam o verde da vida e davam estímulos maravilhosos ao local. E no meio dessa harmonia, uma bela criatura flutuante se aproximou. Esta era o AMOR, deusa e guardiã daquele mundo não conhecido. Depois de se apresentarem, a pequena guardiã incumbiu-as para uma missão: chegar ao fim da floresta e conhecer mais quatro deusas. Sem mais nenhuma alternativa e maiores detalhes, foram pensativas a caminho dos seres perfeitos. Observavam minuciosamente as últimas gotas de ORVALHO que eram evaporadas pelos Raios do SOL. Estes passavam entre os galhos das árvores para segui-las. Às vezes se escondiam entre as pequeninas nuvens para dar-lhes uma agradável SOMBRA. Embaladas pelos contos da guardiã, trocavam risos e aos poucos descarregavam todo o medo e pessimismo a respeito do lugar. Juntas conseguiam alcançar os pássaros que exibiam vôos rasantes e precisos sobre a ÁGUA CRISTALINA de uma bela lagoa. Ali estavam um lindo CASAL DE CISNES que deslizavam pelo espelho da água. Um suave VENTO perfumava cada vez mais o ambiente e ao mesmo tempo, propiciava o desabrochar de belas ORQUÍDEAS nos úmidos troncos. Lá tudo era inusitado, e o único fato que não se compreendia, era as imagens que ficavam atrás. Mesmo a guardiã tentando disfarçar, as meninas reparavam uma grande penumbra. Tudo ficara sem vida e muito triste. A devastação tétrica e impiedosa, ameaçara a vida daquele lugar. Isso causara muita dor e preocupação. Nada mais se podia fazer. A consciência das visitantes se tornara sensível com as estranhas imagens. Então aquele era o grande momento para que desvendassem a missão. Através do Vento e com a ajuda das Borboletas, o Amor evocou os outros deuses. Dentre uma luz verde, a ESPERANÇA se aproximou, encantando-as com seu jeito doce. Da pequenina relva, ergueu a CONSCIÊNCIA e a grande soberana SABEDORIA. Estas acenaram para o velho amigo TEMPO, e juntos flutuavam lentamente. Surpresas, atônitas, observavam com muita atenção os conselhos dos exuberantes Deuses. Estes também aproveitaram o momento do despertar para reencontrar os velhos amigos e exibir o Ballet da vida. A missão chegara ao fim e as meninas estavam prontas para abandonar a floresta. Atreladas ao tempo e aos conselhos da Sabedoria, essas levariam ao restante da população a nova maneira de vida, que era de muito Amor, Esperança e Consciência para a sobrevivência do meio ambiente.