Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, e é nesta transformação
constante que se pereniza a vida, mantida por um eterno ciclo.
Num indeterminado recomeço e vice-versa, a vida se delineia num constante nascer,
crescer, reproduzir, envelhecer e morrer, para retornarmos ao Espírito.
Pensamos bem; a semente tão frágil em si, precisa morrer, para que dela surja uma
árvore, que produzirá flores, dessas flores surgirão frutos e desses frutos, novas
sementes, que semearão árvores, garantindo assim a perpetuação da espécie.
E deste Ciclo, não escapa o homem. Só que sendo ele o único ser criado a imagem e
semelhança de Deus todo Poderoso, e por isso mesmo o único dotado de razão e
inteligência, ele teima em mudar o seu ciclo, de maneira inédita ou inovadora. Em
busca de perfeição, o homem tenta ver o seu ciclo como único, próprio e exclusivo,
o que o faz uma espécie superior, pois ele é o único capaz de criar. Para tanto, o
homem trabalha, e com seu trabalho dignifica, realizar-se, perpetua-se.
É com o trabalho que o homem faz da vida uma arte, a arte de bem viver. E entre
tantas artes que o homem faz, uma é a dança, sem dúvida, uma arte que como a vida
tem seu ciclo para se eternizar.