Para cardio-respiratória
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PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

Estas são as maiores emergências com as quais podemos nos deparar.
Vamos estudar parada cardíaca em conjunto com a parada respiratória, porque as mesmas causas que levam a uma delas, também levam à outra, e se a vítima apre-
senta apenas uma delas, se não for atendida passará a apresentar a segunda, exigindo
procedimento conjunto para manter os dois principais sinais vitais: respiração e batimentos cardíacos.
A paralisação da respiração ou dos batimentos cardíacos, levam à morte em poucos minutos, por falta de oxigenação.

A primeira precaução que devemos tomar, é verificar as possíveis causas da parada cárdio-respiratória, que podem ser:
· Choque elétrico
· Gases venenosos
· Afogamento ou asfixia
· Traumatismos fisicos
· Reação a medicamentos
· Intoxicação
· Infartos

Sintomas de parada respiratória:

· Ausência de movimentos característicos respiração (tórax e abdomen).
· Inconsciência.
· Lábios, língua e unhas azuladas.

Sintomas de parada cardíaca:

· Inconsciência.
· Palidez excessiva.
· Ausência de pulsação e batimentos cardíacos.
· Pupilas dilatadas.
· Pele e lábios roxos.

RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

Existem três tipos principais de respiração artificial:
· Boca-a-boca
· Boca-máscara
· Por aparelhos

A utilização de máscara na respiração artificial é recente e visa, principalmente, preservar o socorrista ou a profissional de contaminação com doenças infecto-
contagiosas de que a vitima pode ser portadora.

· Deite a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme.
· Retire da boca da vítima: próteses, restos de alimmentos, desobstruindo a passagem de ar.
· Eleve levemente o queixo da vítima.
· Tampe as narinas com o polegar e o indicador e abra a boca da vítima completamente.

· Respire fundo, coloque sua boca sobre a da vítima, sem deixar nenhuma abertura, e assopre com força duas vezes até encher os pulmões da vítima.
· Afaste, respire fundo novamente e repita a operação de 12 a 18 vezes por minuto, uniformemente e sem interrupção.
· Se não houver pulsação efetuar ao mesmo tempo a massagem cardíaca.

Na respiração artificial boca-máscara, os procedimentos são os mesmos.
A única diferença é que a boca de quem está socorrendo, não toca diretamente sobre a
boca da vítima, e sim em uma máscara especial, que cobre a boca e o nariz da vítima.

Ainda existem variações da respiração do tipo boca-a-boca, como por exemplo a boca- nariz, que é utilizada em casos de fratura de mandíbula.

REANIMAÇÃO CARDÍACA

Muitas vezes, como dissemos, ela é aplicada em conjunto com a respiração artificial. Vamos estudar as técnicas básicas:
- Coloque a vítima deitada de costas em uma superfície rígida;
- Ajoelhe-se ao seu lado;
- Com os braços esticados, apoie uma mão sobre a outra, e as duas sobre o peito
do acidentado, com os dedos entrelaçados.


O local exato para fazer o apoio, é dois dedos acima da ponta do osso esterno, que é o osso do centro do peito.


· Utilizando o peso do seu corpo, faça compressões curtas e fortes, comprimindo e aliviando regularmente;
· Estas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco, dentro do tórax, reanimando os batimentos naturais;
· Repita esta operação com uma frequência aproximadamente 60 compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação do batimento cardíaco.

Nas crianças, o processo deve ser feito com apenas uma das mãos, e nos bebês, usa-se o polegar fazendo duas compressões por segundo, aproximadamente. Nesse caso, a respiração é aplicada sobre a boca e o nariz.

Nos casos de haver parada cardíaca e parada respiratória ao mesmo tempo, devemos associar a respiração artificial, com a massagem cardíaca, da seguinte forma:

Quando o atendente estiver sozinho:
Fazer 15 compressões cardíacas;
· Em seguida fazer 2respirações boca a boca;
· Repetir até que chegue auxílio ou a vítima reanime.

Em algumas situações a pessoa que está prestando socorro deverá repetir estes procedimentos por um tempo bastante longo.

Existem casos relatados de pessoas que insistiram durante horas, chegando a bons resultados.

Por ser uma tarefa cansativa, que requer muita energia e resistência, o atendente de emergência deverá estabelecer um ritmo que permita economizar suas próprias energias, sem afobação,cuidando para manter sua própria respiração num ritmo adequado.

Quando houver dois atendentes:

· Um atendente faz 5 compressões cardíacas ,
· Em seguida, o outro atendente faz uma respiração boca-a- boca;
· Repete-se o ciclo, podendo os atendentes trocarem de posição, em caso de cansaço.

Estes procedimentos devem ser mantidos até que a vítima reaja, mesmo enquanto está sendo transportada para um pronto-socorro ou hospital, não interrompendo durante o trajeto.

Leonardo Ferreira Nascimento
www.barracafurada.cjb.net
leonardofn@uol.com.br