Nas aulas
de “Planejamento Estratégico” normalmente fazemos reflexões
sobre a natureza da “escolha”. A essência da escolha é a
“renúncia”. Quando fazemos uma escolha, por exemplo, em quem
votar numa eleição para deputado, decidimos sobre um candidato
em detrimento de todos os demais. Qualquer escolha pessoal
resulta numa renúncia e isso acontece com o casamento, com nossa
carreira, com as opções de lazer, enfim, com tudo na nossa vida.
A complexidade reside no fato de que a quantidade de
alternativas que deixamos de lado (renúncia) é sempre maior do
que a escolha, possibilitando a geração de insatisfações e
arrependimentos no futuro. No caso das estratégias empresariais,
a renúncia expõe o gestor diante da probabilidade de erro ser
maior do que a possibilidade de acerto. Não bastasse a
complexidade da escolha em si, o cenário indica para um aumento
exponencial de “possibilidades” ampliando a probabilidade da
escolha do caminho incorreto. Com a complexidade da escolha, as
organizações devem desenvolver competências, mecanismos e
metodologias para minimizar os erros. As ferramentas e técnicas
de análise para leitura de ambiente, portfólio, concorrência e
outras, quando bem utilizadas, reduzem de forma significativa a
margem de erro. Na tomada de decisão, o envolvimento de todos os
executivos também permite visão diversificada e análises mais
amplas das alternativas, visando evitar a adoção de
posicionamento inadequado.(25.10.2005) |