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MESTRE BIMBA

Manoel dos Reis Machado, nascido em Salvador, Bahia, a 23 de novembro de 1900, na Rua do Engenho Velho, aprendeu Capoeira com Bentinho segundo dizem, "chefe da navegação baiana". Aprendeu e militou durante muitos anos a Capoeira Angola, não o bastante faltar-lhe instruções primárias foi um homem dotado de grande inteligência e um raciocínio aguçado de liderança.

Usando seus discípulos que variavam desde o homem rude do povo até políticos, ex-chefes de Estado, doutores, artistas e intelectuais de modo geral, Mestre Bimba transmitiu-lhes seus ensinamentos e o seu plano de curso, os quais deram uma excelente estrutura.

Segundo historiadores, Mestre Bimba achava a Capoeira Angola, fraca por isso baseada nela criou a Regional, Que considerou forte para preencher o vazio por ele encontrado na Angola.

Na época a Capoeira Angola caiu, usava-se apenas para demonstrações coreográficas de efeito prático. Mestre Bimba foi um grande pioneiro, e é com ele que a Capoeira é oficializada pelo governo como instrumento de Educação Física, conseguindo em 1937 certificado da Secretaria da Educação. Foi o primeiro capoeiristas em todo o Brasil na turbulenta história da Capoeira a exibir seus discípulos num palácio governamental. Foi também o primeiro a abrir uma Academia (oficial) no ano de 1932, no Engenho Velho de Brotas – Bahia.

Academia, Centro de Cultura Física Regional, (CCFR) esta foi a matriz que originou as demais existente em todo o Brasil.

Mestre Bimba retornou em São Paulo em 1971 a convite de seu discípulo, Aírton Neves Moura (Mestre Onça), e também reuniram para recebe-lo e homenageá-lo, Djamir Pinatti, Paulo Limão, Suassuna, Joel, Gilvan, Brasília, Zé de Freitas, Silvestres e Silvio Acarajé; existiam outros nomes importantes da Capoeira em São Paulo, na época, mas por vários motivos não estavam presentes.

Estes, em junção com outros, estenderam seus ensinamentos e temos no Brasil atualmente mais de 10 mil academias.

Em 05 de Fevereiro de 1974 choram os berimbaus, morre Mestre Bimba atualmente em Goiânia, acometido de derrame.

A Capoeira perdeu o seu patrono, mas sua memória jamais será esquecida.