MESTRE PASTINHA – O MAGO DA CAPOEIRA

Figura que quase Mito, isto é, um personagem real que conservou a mente e agilidade de um jovem impressionando a todos que o viam jogar com seus discípulos. É contagiante o seu entusiasmo religioso pela Capoeira, que desde menino praticava com rara devoção, quando a ela se referia notava-se em seus olhos um brilho estranho que traduzia a alegria que lhe vinha na alma, como se falasse da razão de ser sua própria vida.

A prática da Capoeira exerceu na personalidade de Pastinha um fascínio que o transformou num predestinado para o ensino desta modalidade.

Era com impressionante lealdade que Mestre Pastinha vinha mantendo o ensino da Capoeira, em sua própria pureza original, tal como aprenderá por este motivo é considerado na Bahia e em todo o Brasil com o legitimo representante da Capoeira Angola, cujo folclore a seu nome estará sempre ligado.

Mestre da Capoeira e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda a sua picardia, senhor da lealdade da convivência fraternal, em sua academia no Pelourinho construía-se cultura brasileira da real e da melhor.

Uma das maiores figuras da vida da Bahia, um dos poucos a transpor o Atlântico e chegar até o Continente Africano; convidado do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, para integrar a delegação junto ao Premier Festival de Arts Negras de Dakar, realizado na África em 1966.

Dia 13 de novembro de 1981, Sexta-feira, a Capoeira da Bahia parou e os Capoeirista em todo o Brasil enlutaram-se com a perda do maior Mestre que a Capoeira já conheceu.