Timbre: Um Leão de azul, com machado de armas de prata, encabado de ouro.
Fidalgo da Casa Real, dos tempos de D. Afonso III, foi segundo Senhor da Lajeosa e de Gestosa, teve fazenda em Touro, Vila Boa, Alfaiates, Muacha, Nespereira, Ribacoa, Servilhe, Gelo, Telada e Casal Outeiro. Se casou com Dona Teresa Anes Redondo (Filha de D. João Redondo e Dona Gotinha Soares de Melo), na Conquista de Sevilha, em 1248. Faleceu decerto próximo a 18/06/1269, quando seus filhos se reuniram em Alfaiates para procederem à partilha de seus bens e senhorios. Teve filhos diversos, naturais, bastardos e legítimos, pelos quais o sobrenome “Homem” se fixou por descendência, sendo convertido em apelido.
*Compilado do texto original do Armorial Lusitano, conhecido com A Bíblia dos Genealogistas.
Homem dos Açores
Na Ilha Terceira, em 1472, com o desaparecimento misterioso do Flamengo “Jácome de Bruges”, seu capitão donatário, iniciou-se um segundo período da política de administração e povoamento dessa ilha. Tinha morrido o infante D. Fernando, sobrinho e herdeiro do infante D. Henrique, e a sua viúva, a infanta D. Beatriz, atuava como tutora e curadora do seu filho D. Diogo, duque de Viseu. Esta senhora, invocando o vazio de poder criado pelo desaparecimento de Jácome de Bruges, mandou perguntar a Sancha de Tovar, sua mulher, qual era, afinal, o paradeiro do marido. Sancha de Tovar, não conseguindo dar uma resposta satisfatória, forneceu ocasião a que D. Beatriz, ultrapassando os eventuais direitos sucessórios de Duarte Paim, genro de Jácome de Bruges, dividisse a Terceira em duas capitanias, à testa das quais colocou portugueses da confiança do seu falecido marido. Um desses dois novos Capitães Donatários a chegar à Terceira foi Álvaro Martins Homem, Fidalgo da Casa do Duque de Viseu, como fora do pai deste, o Infante D. Fernando.
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Segundo os Genealogistas Açorianos, Álvaro Martins Homem pertencia ao tronco dos “Homem” da Beira – Portugal. Teria se fixado inicialmente em Angra do Heroísmo – Terceira, contribuindo para urbanização do então povoado. Após 17 de Fevereiro de 1474, lhe é atribuída a Capitania da Praia (para onde, então se muda), por carta de Évora. Mudança que foi precedida de sérios conflitos com João Vaz Corte-Real, que foi pela corte nomeado Capitão de Angra.
Álvaro Martins Homem governou como Primeiro Capitão Donatário da Capitania da Praia, casado com Dona Inês Martins Cardoso, até 1482, ano de sua morte. Tendo sido seu Primogênito, D. Antão Martina Homem, fidalgo da Casa Real, seu sucessor, como Capitão, por herança regularizada em Carta Régia dada em Moura, a 26 de Março de 1483. Desposou, na Ilha da Madeira, Dona Isabel Dornelas, filha dos Povoadores das Lajes da Terceira, Pedro Álvares da Câmara e Dona Catarina Dornelas Saavedra.
Sucedeu-lhe Álvaro Martins Homem II, terceiro Capitão Donatário da Capitania da Praia, por Carta Régia de 10 de Outubro de 1533, como o predecessor, também fidalgo da Casa Real.