Capítulo 10*leia a música no final, gente.. rss.. momento de descontração.. hihi, vamos voltar!* Ange entrou rápido no quarto de Taylor, subindo na cama para tentar abrir a janela. Fazia força, não conseguia. Taylor estava na porta, olhando para ela com um sorriso macabro. Ela começou a chorar, ficou em pé na cama, com as costas na parede, fez força para cama ser arrastada para frente. Ela ficou no vão que se formou, voltando a tentar abrir a janela, Taylor se aproximava...
'(...) Kill you - Eminem Ange>> TAYLOR! PÁRA! - Olhando para ele, na esperança de que ele voltasse a si. Taylor continuou com a mesma cara, olhando-a, com aquele sorriso, aquele olhar... Ange abriu a janela e se jogou. Era um pouco alto, mas ela nem pensou duas vezes. Caiu de mal jeito, claro, nunca tinha feito algo sequer parecido, ela morria de medo de altura. Segurou seu joelho, que estava latejando e olhou para janela. Lá estava Taylor, como uma sombra. Ela enxugou suas lágrimas, olhou em volta, queria ver para onde poderia correr. Voltou o olhar para a janela, não havia mais sombra alguma. Ela ficou desesperada, olhando em volta, para onde ele tinha ido?!?!?! Ange não quis perder tempo, voltou a correr. Já era tarde da noite, estava tudo escuro, mas os postes de luz ainda iluminavam alguma coisa. Nunca esteve tão assustada em sua vida, tinha dúvida se deveria ir pra casa ou não, pois provavelmente ele estaria indo para lá procurá-la. E sua mãe?? Ange pegou o telefone, querendo ligar e avisar para ela não abrir a porta pra ninguém, mas o mesmo estava fora de área. Ela não podia perder tempo. Saiu correndo na direção contrária a sua casa, ligaria de um orelhão. Ela corria, os músculos estavam exaustos, mal sentia suas pernas. Achou uma cabine telefônica, olhou em volta a procura de Taylor. Não tinha ninguém! Ninguém para ela pedir ajuda! Ange entrou na cabine e ligou para sua casa, de início, ninguém atendera. Ange>> Come on, mãe!!! Não faz isso comigo! - Com a voz chorosa. Ela desligou, tentando novamente. Um tempo depois.. Sra. Millus>> Alô? Ange>> Mãe! Sra. Millus>> Oi, querida!! - Ange começou a rir, estava tão transtornada que seus sentimentos se exacerbavam. Estava feliz, mas em vez de sorrir, caiu na gargalhada. - Onde você está? Ange>> Estou perto de casa, mãe.. naquele parque.. vou dar uma volta por lá. Taylor, na extensão>> Mas, Ange.. lá é tããão perigoso. - Ange fechou os olhos, incrédula. O coração disparou. Ange>> Mãe, você tá bem? Sra. Millus>> Estou ótima, o Taylor tá me fazendo companhia. - Taylor sorriu. Taylor>> Sua mãe pediu para eu ir aí buscar você.. ela só vai continuar bem se você me deixar ir aí te buscar. Se é que você me entende.. mãe fica muito preocupada. Ange>> Ok, Taylor. Eu te encontro no parque. Taylor>> Ok. Você sempre foi uma boa filha.. diferente de mim.. - Desligou o telefone. Ange pensou em ligar para a polícia, mas ao mesmo tempo não queria. Taylor desde o início pedira um tempo, pedira para ela não invadir seu corpo, e ela usou de uma hipnose fajuta para conseguir o que queria. Ela havia colhido isso, e deveria enfrentar isso sozinha. Mesmo depois disso tudo, ela ainda queria ajudá-lo, pois ele não passava de uma pessoa transtornada e doente que sofreu abusos quando pequeno. Quando pequeno!!!! Ela teve uma idéia, que talvez adiantasse. Ligou para a polícia e falou que no parque havia um rapaz alto, loiro de olhos castanhos, que havia acabado de estuprar e assaltar uma garota. Não encontrariam resquícios de esperma nele, e Taylor não tinha olhos castanhos. Então, ele seria solto logo depois. Ange, então foi até o parque. Procurou um banco e se sentou. Ficou esperando, encolhida, chorando, olhando tudo em volta. Taylor apareceu em sua frente. Ela o olhou, os olhos cheios d'água. Ange>> Antes que você faça algo comigo, Taylor.. só te peço para que não faça nada a minha mãe, que não tem nada a ver com esta história. Taylor>> Sua mãe está ótima.. não se preocupe. - Ainda com um sorriso macabro. Ange>> E outra coisa.. eu te perdôo, ok? Eu perdôo tudo o que você fizer. - Uma lágrima rolou de seus olhos. - Porque eu te amo. Muito. Em momento algum quis te deixar dessa maneira.. mas eu sei que fui eu quem te deixei assim, mesmo você tendo me avisado que poderia ficar assim. Então, vai.. faz o que você quiser. - Estava trêmula, mas não demonstrava isso. - Só não esqueça que eu te perdôo. Se eu te perdôo.. você pode se perdoar também. Taylor sentou ao seu lado, no banco, apoiou os cotovelos nas cochas e seu rosto em suas mãos. Começou a se sentir confuso, ao mesmo tempo que se acalmava. Ange>> Você quer falar alguma coisa? Taylor>> Não. - Saiu dali e começou a andar, sem rumo. Ange o olhou, até que ele sumiu no horizonte. Pouco tempo depois, os policiais chegaram. Ela lamentou com a cabeça em relação incompetência deles. Se ela tivesse que morrer, já teria morrido. Mas, foi melhor assim.. se Taylor fosse preso, poderia sofrer abusos na prisão. Era a última coisa que ela queria. Os policiais a encheram de perguntas inúteis, insistiram para que ela confirmasse se foi ela ou não que fez a ligação, se ela havia sido realmente estuprada e tudo mais. Ange não queria muita conversa, disse que não foi ela e que não soube de nada por aquelas redondezas. Estava no parque há um bom tempo e não tinha visto nada. Nem ouvido nada. Eles não compreenderam como uma garota de trajes que comprovavam sua condição financeira estava tão suja, tão maltrapilha. Então, insistiram novamente. Ela negou tudo, já um pouco estressada. Até, que, então, os policiais a deixaram em paz e fizeram uma ronda pelo parque. Ela torceu para que eles não encontrassem Taylor. Ange se levantou, foi andando devagar até em casa, mancando um pouco de uma perna por ter machucado o seu joelho. Morria de medo do caminho, pois além de ser escuro, podia se deparar com Taylor. Ao lembrar-se de alguns momentos anteriormente... algo ficou latejando em sua cabeça. Ele iria falar alguma coisa... ' Eu te a..' Será que falaria que a amava? Riu sozinha.. de que isto importava? Ele era doente... e quase a matou agora. Não restava quase nenhuma dúvida de que ele era o assassino.. o motivo? Será que é porque ele foi abusado durante a infância? Ela não conseguia associar isso como motivo.. muitas pessoas já foram e não reagiam assim... Decidiu procurar um psiquiatra, dividir tudo o que soube com ele. Tinha um conhecido na família que era, e ela adorava conversar com ele. Acabou virando um amigo, que não mantinha muito contato pois cada um tinha suas obrigações.. mas, seria a pessoa ideal para ajudá-la. Diria, obviamente, que era para um trabalho de faculdade.. afinal.. todos sabiam que ela queria ser psiquiatra. Ela chegou na porta de casa, que estava entreaberta. Ela abriu a porta, e foi direto para o banheiro tomar uma ducha. Não queria que sua mãe a visse assim, toda suja, toda imunda. Sabia que sua mãe estava bem, nem se preocupou com isso, pois conseguia ouvir o rádio tocando as músicas preferidas dela. Depois que estava limpa, foi até a caixa de remédios e passou uma pomada em seu joelho. Também passou merthiolate em alguns cortes que estavam por seu corpo. Levantou seu pé, vendo inúmeros calos, bolhas até, que aquelas corridas fizeram com ela. Foi tampando com band-aid, enquanto sussurrava a música que conseguia ouvir do quarto de sua mãe. Ange>> MÃÃÃÃÃE? - Gritou. Nenhuma resposta. Ange andou até o quarto de sua mãe, levando um susto. Ange> MÃE!!!!!!!!!!!! |