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Textos: 3
Temática: 6/10 e 14/10 - Arrependimento/Amor
12/10 - Amor

Dia 14, outubro, 2007.

Talvez ainda haja mesmo tempo para consertar as coisas. Eu não sei, acho que tenho medo e é isso. Não que eu não me importe com você, é claro que me importo. Mais que isso, eu o preservo. Preservo como se fosse único, e sei que você é. Não me importa mais tudo o que passou. É passado, passou e simplesmente. O que importa é que eu abria sorrisos todas as vezes que te via, e desse modo eu me sentia bem. Me sentia bem em estar na sua companhia, mesmo que esta doesse. Valeu a pena, realmente valeu. E agora eu posso dizer que sim, porque todas as vezes que eu me lembro de nós o único sentimento que me recordo é a felicidade. Felicidade de ter alguém que, naquele momento, era a pessoa mais importante para mim, felicidade de estar fazendo tudo o que eu sempre quis ter feito com aquela mesma pessoa. Só nós dois. Sem ninguém para dizer que estávamos errados ou nos censurar. Foi lindo, foi realmente bonito, porque tudo o que eu sentia por você naquele momento era puro, era a minha essência como ser humano, era todo o amor que eu poderia sentir posto dentro de você, sentindo seus movimentos e dizendo que te amava naquele mesmo momento pelos pequenos gestos de paixão. Talvez realmente não tenha deixado de ser paixão. Mas naquele momento, no momento em que nossos corpos se entrelaçaram e eu pude sentir o bater do seu coração, eu poderia dizer com todas as minhas forças que te amava. Eu estava amando. Estava pensando somente em você, nada mais me interessava. As vozes foram apagadas, as luzes, e tudo o que eu pude sentir foi você, me invadindo, me preenchendo, me querendo e por um momento dizendo que eu era importante para você; Dizendo que me amava. Eu entendo que você precisa de tempo pra você mesmo. Você quer amar outras e quer preencher-las, assim como fez comigo. Quer dizer “eu te amo” até que seu coração não agüente mais ser rasgado ao meio. Eu não me importo com mais uma tocando seu corpo e os seus lábios. Tudo bem, talvez eu me importe. Porque ninguém vai te tocar do mesmo jeito que eu toquei, eu sei disso. E eu espero que guarde com você tudo o que fez comigo. Tudo mesmo. Para que um dia eu possa dizer que já amei você e, assim, que você concorde. Concorde que, por um momento mágico, nós pertencíamos um ao outro. Nós éramos um. Duas almas num só corpo. Dois apaixonados com um só coração.

[Texto Original]


Dia 12, outubro, 2007.

Acho que não me lembro da vida sem você, talvez a certeza de saber que você sempre estaria perto me acalmava e fazia com que eu não te dasse a atenção que você sempre mereceu. Talvez aos poucos eu tenha esquecido de amar e tenha encontrado outros meios de enganar a felicidade. Eu preciso tanto de você, eu sonho em estar do seu lado pro resto da minha vida, e me desculpem essas malditas palavras que eu insisto em jogar na sua cara, como se fossem as únicas armas que tenho para mostrar toda a paixão que borbulha no meu corpo e corre minha espinha só de ouvir o seu nome. De repente eu me enganei e maltratei com essas mesmas palavras que fingiam me acalmar, mas na verdade entravam pelo o meu corpo e me cortavam de dentro para fora, indo aos poucos até que minha alma se encontrasse em pedaços. Com certeza não adianta mais dizer ‘eu te amo’ para suas esmeraldas estampadas no rosto, mas prometo fazer tudo o que for possível para ver novamente o seu sorriso e ouvir suas palavras de amor, mesmo que sejam tristes e falsas, para dizer que amei com toda a minha alma, com toda a força que ainda se encontrava dentro do meu corpo dilacerado pela sede de paixão e pelo coração arrebentado por mãos de crápulas a sorrir com seus sorrisos demoníacos e acharem graça nos gritos de dor e prazer misturados numa sinfonia diabólica.

[Texto Original]


Dia 6, outubro, 2007.

Me desculpe não ser forte o suficiente, como você esperava. Eu tentei não me sentir atingida, mas certas coisas são precisas. Com certeza eu fiz isso por medo, medo de não encontrar mais ninguém como você. E certamente eu não encontraria. Eu precisei correr atrás do tempo perdido, tudo o que eu achava que habitava meu corpo, sumiu. Foi levado enquanto as cores mortas da saudade preenchiam meu coração orgulhoso. Acho que agora eu posso finalmente dizer que sofro, mas não dói como um corte profundo na pele, corta a alma, dói estritamente o coração. Descolorado pelo fluído da paixão. Eu entendo que talvez não haja mais tempo, que a amizade esteja esgotada e quebrada. Não haverá nunca desculpa plausível para o que tinha de ser, mas há esperança e sorrisos radiantes prontos para serem reencontrados num caminho sem fim. A verdade é que eu sempre estive vulnerável, pronta para ser violentada pelo próprio corpo que um dia eu já desejei. Fraca e desafortunada por causa de meus próprios medos infantis. Perdoe-me por mostrar a garotinha assustada e não manter a forte com um belo sorriso estampado no rosto, coberto pela maquiagem encantadora feita por um demônio angelicalmente apaixonante.

[Texto Original]