Você age ou reage?
Adaptado
"Camarada
mal educado, não é?", comentei.
"Ah,
ele é sempre assim!", respondeu meu amigo.
"Nesse
caso, por que continua sendo delicado com ele?", indaguei.
"Por
que não?", perguntou meu amigo por sua vez, concluindo: "Por que iria
eu deixar que ele decidisse como eu devo agir?”
Pensando
mais tarde nesse incidente, ocorreu-me que a palavra importante era
"agir". Meu amigo age com relação aos outros;
Ele
tem senso de equilíbrio interior que falta à maioria das pessoas; ele sabe
como é, o que é, como deve proceder, têm
convicções
próprias. Recusa-se a retribuir incivilidade com incivilidade, porque assim já
não seria senhor de sua própria conduta.
Quando a Bíblia
nos recomenda que paguemos o mal com o bem, consideramos isso uma injunção
moral, o que é verdade. Mas é também uma receita psicológica para nossa saúde
emocional.
Ninguém
é mais infeliz que aquele que apenas reage. Seu centro de gravidade emocional não
tem raízes em si mesmo, como deve ser,
mas no mundo fora dele. Sua temperatura espiritual está sempre sendo elevada ou
abaixada pelo clima social que o cerca, e ele é uma simples criatura à mercê
desses elementos. O elogio lhe dá uma sensação de euforia, que é falsa
porque não provém de auto-aprovação. As críticas o deprimem mais do que
devem, porque confirmam sua própria opinião insegura de si mesmo. As caras
feias que lhe fazem ferem-no e a mais leve suspeita de antipatia o faz
amargurar-se.
A
serenidade de espírito não poderá ser atingida enquanto não nos tornamos
senhores de nossas próprias ações e atitudes.
Parece
difícil? Peça a ajuda de Deus:
"Se
alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, ele dará porque é generoso e dá
com bondade a todos" (Tiago, capítulo 1 verso 5)