DISSERTAÇÃO

 
  • ALBERTINO, Orlando Lopes. Navegar (é) impreciso: reconhecendo a arte do século XX a partir de Nome, de Arnaldo Antunes. Dissertação de Mestrado em Estudos Literários, apresentada à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Letras da UFES. Vitória, 1999.
 
 

NAVEGAR (É) IMPRECISO:
RECONHECENDO A ARTE DO SÉCULO XX A PARTIR DE NOME, DE ARNALDO ANTUNES

 
BANCA EXAMINADORA:
Professor Doutor Wilberth Claython Ferreira Salgueiro, UFES(Orientador)
Professor Doutor André Luiz de Lima Bueno, UFRJ
Professor Doutor Alexandre Jairo Marinho de Moraes, UFES
Professor Doutor Lino Machado, UFES
 
 
 

Tenho a impressão de que fui pro mestrado muito novo. Queria começar tudo de novo.

Esta foi minha primeira grande dor de cabeça na vida. O prazer de pensar & o sofrimento de não estar acostumado a organizar o que é dado aos neurônios. No final das contas, deu certo.

Resolvi disponibilizar apenas uma parte do texto. Quem por acaso venha a se interessar pelo restante, entre em contato. Aventure-se por sua própria conta e risco, enquanto o doutorado não vem.

 
 
 

Sinopse

Discussão sobre a produção artística do final do século XX, em conexão com os discursos da literatura, especificamente o da poesia, e tentativa de localização do trabalho poético na contemporaneidade. Comentário de questões suscitadas pela produção Nome, de Arnaldo Antunes.

 

"A arte da linguagem era uma maneira de 'fazer signo' - ao mesmo tempo de significar alguma coisa e de dispor, em torno dessa coisa, signos: uma arte, pois, de nomear e, depois, por uma reduplicação ao mesmo tempo demonstrativa e decorativa, de captar esse nome, de encerrá-lo e encobri-lo por sua vez com outros nomes, que eram sua presença adiada, seu signo segundo, sua figura, seu aparato retórico. Ora, ao longo de todo o século XIX e até nossos dias ainda - de Hölderlin a Mallarmé, a Antonin Artaud - a literatura só existiu em sua autonomia, só se desprendeu de qualquer outra linguagem, por um corte profundo, na medida em que constituiu uma espécie de 'contradiscurso' e remontou assim da função representativa ou significante da linguagem àquele ser bruto esquecido desde o século XVI."

Michel Foucault, As palavras e as coisas.

 
 

"... O pesquisador dessas verdades procura, no fundo, apenas a metamorfose do mundo em homem, luta por um entendimento do mundo como uma coisa à semelhança do homem e conquista, no melhor dos casos, o sentimento de uma assimilação."

F. Nietzsche, Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral.

 
 
 

Sumário

 
  NO CAIS
PONTOS DE PARTIDA (PARA PENSAR A ARTE CONTEMPORÂNEA)
  O híbrido tornado paradigma
  Literatura, teoria, estética: tensões
  A força da visualidade (tela à vista)
NAVEGANDO EM NOME: ALGUNS VIDEOCLIPOEMAS
  Bússola
  Em "Nome", o remoinho dos sentidos
  "Dentro": homem ex machina
  "Agora", ou o tempo menos o tempo
QUID PRO QUO, RES NULIUS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  Bibliografia Geral