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Nesta página eu estou disponibilizando as matérias publicadas na imprensa sobre a minha coleção

Jornal ANoticia de 11/09/2002

 
Leia também

 


Acervo
Colecionador começa a reunir miniveículos policiais
Foto: Ricardo Silva

Maior coleção de
brasões do País pertence a PM

 

Capitão Paulo Bornhofen começou hobby através de contatos com outros policiais pela Internet

 

Timbó - Desde que a Internet se tornou comercial no Brasil, em 1995, tem facilitado a vida da pessoas e criado hábitos que até então não existiam, como, por exemplo, o cultivo de amigos virtuais. Foi num desses bate-papos informais com policiais de outros países que o capitão da Polícia Militar Paulo Bornhofen tomou conhecimento do hobby de colecionar brasões e não demorou muito para se apaixonar.
Isso foi em 1997. Hoje, Bornhofen é considerado o maior colecionador de brasões policiais do Brasil. Ele conta com orgulho que possui 1.600 brasões de 96 países diferentes ou possessões, localidades ou ilhas que pertencem a algum desses países. Bornhofen conta que todos os brasões que possui foram adquiridos através de trocas. "Eu envio brasões de companhias brasileiras para eles e recebo de seus países. O meu único gasto é com brasões nacionais para serem usados na troca", conta.
Santa Catarina tem um único brasão, e todas as polícias usam o símbolo das armas nas cores preta, laranja, azul, amarela, vermelha e verde. Mas, em outros locais do País, há diversos brasões, o que rende um bom material de troca. Bornhofen conta que os brasões contam um pouco da história de cada país. "Pego um material com informações sobre o país de origem do brasão, assim acabo conhecendo um pouco mais da cultura", declara.
Colecionadores de brasões não são muito comuns no Brasil. Tanto que o capitão só tem notícia de mais uns 15 colecionadores brasileiros, sendo que ele é o mais conhecido e com o maior acervo. Depois de Bornhofen, o colecionador que tem mais brasões não ultrapassa 700 unidades. Porém, no exterior há colecionadores com até 15 mil brasões diferentes.

 


 

Relíquias
preservadas com zelo

 

No começo, o capitão perdia muito tempo em pesquisas pela Internet para descobrir novos brasões. Hoje, ele se tornou tão conhecido que não precisa mais pesquisar, os outros colecionadores é que vêm atrás dele oferecendo novidades. Bornhofen também participa de grupos de discussão e pertence à Associação de Colecionadores da Bélgica.
Para preservar suas relíquias, o capitão guarda cada brasão em uma embalagem plástica separada e com uma ficha técnica especificando o país de origem e outros dados, entre eles a data em que foi adquirido. O capitão também conserva em sua sala 45 miniveículos, entre carros, motos e helicópteros policiais, e quepes. "Ainda não é uma coleção, mas pode se tornar", brinca.


 

Diário Catarinense de 6/10/2002

COLEÇÃO

A história contada através dos brasões
O maior colecionador no Brasil de escudos policiais

ANA PAULA BANDEIRA
AGÊNCIA RBS/TIMBÓ/BLUMENAU

        Algumas passeadas pelo mundo da Internet e contatos virtuais com policiais de outros países foram a porta de entrada do capitão PM Paulo Roberto Bornhofen, de Timbó, ao rol de colecionadores de brasões policiais do mundo afora. Quantos brasões Bornhofen guarda? Ele já perdeu a conta.

        Mas certo é que o catarinense, natural de São José e radicado há 15 anos em Blumenau, é o maior colecionador brasileiro de brasões, com mais de 1,6 mil peças.

        Bornhofen já colecionou chaveiros, latas de cerveja, mas seu prazer está mesmo em pesquisar. Seu instinto curioso e a relação direta com a profissão foram ponto de partida da paixão que nutre por brasões. A Internet surgiu para este militar como um excelente meio de busca e de opções, aliada à importância que dá ao “valor histórico-cultural que cada linha bordada num brasão traz sobre a localidade que representa”.

        Além de utilizar a Web como principal canal de comunicação para o desenvolvimento do hobby, o capitão da Polícia Militar de Timbó disponibiliza seu acervo para quem quiser ver em uma página na Internet (geocities.yahoo.com.br/brasoespoliciais). Basta acessar e conferir. Esta, na verdade, é a forma mais provável de um curioso conhecer os brasões que Bornhofen guarda.

        Já que, quando questionado sobre a possibilidade de expor sua coleção em um dos espaços culturais do município, ele é incisivo na resposta: “Tenho verdadeiro ciúme, e teria que estar junto na exposição”. Os brasões das Ilhas Vanuatu, Kiribati e Tonga (todas na Oceania), por exemplo, ele levou quatro anos para conseguir.

SC em destaque nas Filipinas

        O brasão da Polícia Militar de Santa Catarina faz parte do acervo do Museu Nacional das Filipinas. Este fato é o mais marcante na trajetória de cinco anos como colecionador do capitão Paulo Roberto Bornhofen.

        “Mandei um brasão do nosso Estado junto de um pedido para que o comando-geral da polícia das Filipinas me enviasse seu brasão”, lembra o colecionador. A surpresa veio na resposta. “Recebi o brasão e o comunicado do honroso destino que eles deram ao nosso símbolo militar”, orgulha-se Bornhofen.

        Motivos para se orgulhar ele tem de sobra. Num país onde não há uma consolidada cultura de valorização a este rol de colecionadores, Bornhofen depara com dificuldades em conseguir contato e intercâmbio com comandos da polícia de outros estados brasileiros. Comprovação desta característica nacional é o fato de que o capitão possui brasões dos 50 estados americanos, enquanto que do Brasil, “não sei ao certo, mas tenho poucos”. O brasão da Polícia Federal do Brasil, por exemplo, ele conseguiu com um colecionador canadense.

        No entanto, o que ele chama de “falta de conhecimento da atividade”, não o desanima. Ao contrário, seu entusiasmo cresce cada vez que recebe em casa ­ e isso ocorre semanalmente ­ um brasão vindo de associações e colegas colecionadores.

        Desde 1997, quando iniciou a coleção, Bornhofen adquiriu símbolos policiais de 96 países. Um mapa mundi em seu escritório leva a esses países através de alfinetes.




Manutenção requer dedicação

        Embora num primeiro momento o capitão Paulo Roberto Bornhofen não considere o hobby uma atividade cara “se a pessoa controlar”, muda um pouco de opinião quando contabiliza os gastos que tem envolvendo a manutenção do acervo. Organização e detalhismo são características que Paulo Bornhofen considera inerentes a um colecionador.

        Em nome disso, o militar investiu em um computador veloz, pois armazena todos os seus brasões e os cataloga em um arquivo digital. Além disso, instalou Internet rápida em casa, pois, via correio eletrônico, ele negocia com 37 países a compra e troca de objetos. Cada brasão que adquire custa entre US$ 5 e US$ 15.

        Agora, o capitão está envolvido na produção de um catálogo de brasões brasileiros, já que no país não há material semelhante disponível.

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