DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

INTRODUÇÃO 

    

A técnica nasce, quando do nascimento da humanidade. Nela reside a característica marcante de que, uma vez inventado o primeiro instrumento, desencadeia - se um processo de melhoria de suas formas e usos para satisfazer as necessidades crescentes da sociedade.

O processo progressista das técnicas requer da sociedade onde se instala, um profundo conhecimento de teorias científicas para a resolução dos seus problemas, dos seus porquês e de como seus objetivos são alcançados. Uma reformulação de sua estrutura e metas, compatíveis com a utilização dos benefícios que trouxer. Segundo M. Dugud (1981), “Uma técnica não se converte em ferramenta, até que a saiba manejar e lhe aplicar o saber”.

É nesse contexto que surge a tecnologia.

Para Sigaut (1966), o termo tecnologia difundiu-se na Europa, depois da Segunda Guerra Mundial, primeiramente com a mesma acepção que nos países anglo - saxões de onde provinha, isto é, para designar o conjunto de técnicas modernas e de cunho científico, em oposição às práticas realizadas pelos artesões.

Nesta dimensão de crescimento e avanços, existe uma estreita ligação entre tecnologia e ciência, entre técnica e tecnologia e, se nos estendermos um pouco mais entre tecnologia e educação. E é através de um sistema de educação completo, de uma Educação Tecnológica, como afirma Bastos (1977), articulado entre teórica e prática, fundamentado no conhecimento, na reflexão e na ação e sustentado por pesquisas tecnológicas, que se adquire saberes e competências necessários para acompanhar os avanços científicos e suas mudanças irreverssíveis, que só tendem a se ampliar.

Outro fator extremamente importante no terreno da tecnologia é a questão da ética, requerida para evitar que o predomínio que atualmente  exerce sobre a sociedade não venha constituir-se como ameaça, até mesmo para a existência humana.       

O Cidadão tecnológico precisa entender que a evolução da ética acompanha a evolução da tecnologia.

 

 

OS AVANÇOS DA TECNOLOGIA   

  

Historicamente, a tecnologia está relacionada à evolução e mudanças dos fatos e situações que ocorreram na nossa sociedade em termos reais e concretos.Observamos como isto ocorreu, ao longo do tempo, que se denominou Revoluções Industriais.

A primeira Revolução Industrial que começou na Inglaterra no fim do século XVIII e depois se expandiu para o resto do mundo, no século XIX, teve como marco significativo a máquina a vapor, a indústria do aço, e o surgimento das ferrovias. Neste momento, a máquina a vapor começa a modificar a vida do trabalhador.

Na segunda Revolução Industrial, que surgiu no século XIX, e é caracterizada pelo aparecimento do aço, energia elétrica, petróleo e indústria química, temos uma nova presença do trabalhador, não só pelas substituições inevitáveis, como pelas relações no mundo do trabalho, marcadas pela administração fordista.

A terceira Revolução Industrial, marca dos últimos trinta anos, caracteriza-se por uma acelerada transformação no campo tecnológico, com conseqüências não só no mercado de bens de serviço e de consumo como também, no modo de produção e na qualificação necessária dos novos trabalhadores e nas relações sociais.Essa fase é marcada ,segundo Schaff, por uma tríade revulucionária: microeletrônica, a microbiologia e a energia nuclear, o que nos levará, segundo o autor, a um desenvolvimento da humanidade.

Baptista (1993) diz que existem três grandes elementos na técnica (o autor designa a tecnologia como ciência da técnica), que são fatores determinantes nas grandes linhas de sua evolução: a energia, o material e a informação. Acrescenta também, o autor que os grandes marcos da evolução técnica são sempre e claramente assinalados pela renovação de cada um desses fatores:

Com o título de As Empresas Intangíveis, a Revista Ícaro, nº166 junho.1998, pág. 51, enfoca que esses processamentos digitais estão promovendo uma revolução silenciosa que movimenta bilhões, induz à mudanças culturais e se tornaram questão de sobrevivência às empresas.

Os grandes agentes dessa transformação são companhias que detêm o que se pode chamar de patrimônio intangível: a tecnologia.

Ricardo Santos, diretor de marketing de alianças da brasileira Datasul, localizada em Joinville, afirma: “O futuro é a transparência nas informações. De qualquer parte do mundo ou situação, o executivo poderá acessar a base de dados de sua empresa e gerenciar a sua produção”. 

Uma vez que a tecnologia é colocada à disposição da sociedade ou do mercado, ela passa a ter valor que é determinado pela forma como vai ser adquirida. O valor de consumo, ou mesmo o valor como bem à sociedade, mais do que imposto pelos tecnólogos, ele é imposto pela própria sociedade.

  

  

AS EXIGÊNCIAS DA TECNOLOGIA

  

1. Dos indivíduos 

  

Os filhos do novo milênio interagem com uma nova paisagem cultural, social e econômica, inovada pelos aparatos tecnológicos. Seja no lar, na escola, na indústria ou na igreja, na cultura ou no lazer, seja qual for nosso campo de atuação, a tecnologia nos trouxe uma nova linguagem, um novo conhecimento, um novo pensamento, uma nova forma de expressão.

Dizem os estudiosos desta área, como Adam Schaff, que estamos em plena segunda revolução industrial, a qual se caracteriza por novas bases do processo produtivo.

Esta nova era exige dos indivíduos novas maneiras de pensar e de agir, alto nível de habilidade cognitiva, raciocínio lógico abstrato, operado pela linguagem simbólica, cooperação, relacionamentos, dentro e fora do seu campo de atuação, qualificação para desempenhar diversas competências, visão sistêmica ou holística e principalmente, que sejam capazes de obter conhecimentos e construí-los, através de uma atitude reflexiva e questionadora sobre eles.

  

2. Da  educação 

  

Esses conhecimentos serão construídos, tendo como suporte uma educação baseada na concepção transformadora, progressista, crítica, que dê lugar tanto aos fundamentos básicos teóricos como à prática social que ela caracteriza.

Uma educação, que por um lado, tem um compromisso com a transmissão do saber sistematizado e, por outro, ela deve conduzir à formação do educando, fazendo-o capaz de viver e conviver na sociedade, participar de sua vida na relação com o outro. Não podemos, então, separar tecnologia do homem, tanto no sentido de possuir os conhecimentos e saberes para produzi-la, como para saber como essa tecnologia pode e vai influir na sua subjetividade. Essa educação tende a ser tecnológica, como afirma Bastos (1997), o que por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias.

Belloni (1998), ao discutir a questão da tecnologia e formação de professores, coloca que:

  

“(...) a escola moderna, formadora do cidadão emancipado e autônomo, nascia sob o signo da palavra imprensa que tinha uma conotação democrática e subversiva. A escola da pós-modernidade terá que formar o cidadão capaz de ler e escrever em todas as novas linguagens do universo informacional em que está imerso” (pp. 146-7).

  

O homem, mais do que nunca, então, está presente com sua competência e sensibilidade neste novo paradigma. Mas que paradigma é esse de uma educação para a modernidade? 

  

3. Dos novos paradigmas 

  

Graz vai nos apresentar uma alternativa de paradigma em educação, baseando-se nos trabalhos Klafki, que fala sobre uma “ciência educacional crítico- construtiva” que ainda não foi elaborada. Essa ciência será crítica, enquanto sua abordagem questiona como Uma educação, que por um lado, tem um compromisso com a transmissão do saber sistematizado e, por outro, ela deve conduzir à formação do educando, fazendo-o capaz de viver e conviver na sociedade, participar de sua vida na relação com o outro. Não podemos, então, separar tecnologia do homem, tanto no sentido de possuir os conhecimentos e saberes para produzi-la, como para saber como essa tecnologia pode e vai influir na sua subjetividade. Essa educação tende a ser tecnológica, como afirma Bastos (1997), o que por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias.

Belloni (1998), ao discutir a questão da tecnologia e formação de professores, coloca que:

  

“(...) a escola moderna, formadora do cidadão emancipado e autônomo, nascia sob o signo da palavra imprensa que tinha uma conotação democrática e subversiva. A escola da pós-modernidade terá que formar o cidadão capaz de ler e escrever em todas as novas linguagens do universo informacional em que está imerso” (pp. 146-7).

  

O homem, mais do que nunca, então, está presente com sua competência e sensibilidade neste novo paradigma. Mas que paradigma é esse de uma educação para a modernidade? 

  

Esses novos paradigmas caracterizam-se pela necessidade de eixos paradigmáticos:  

      objetividade - neste campo queremos privilegiar a questão do saber, da ciência e do conhecimento;  

     subjetividade – esse eixo tem por objetivo repensar a questão das atitudes, valores e sentimentos que envolvem o processo da educação;  

     totalidade – procura buscar os fundamentos de análise do aluno como um todo, baseando-se, principalmente, nos trabalhos de Howard Gardner que se dedicou a explicar como talentos, habilidades e criatividade relacionam-se com a inteligência. 

 

4. Da ética 

  

Vários autores, muito acertadamente, enfatizam em suas conclusões, a questão da ética como “extremamente importante no terreno da tecnologia, uma vez que, alguns aspectos, transcendem a utilização de uma tecnologia mais sofisticada para encontrar-se com a reflexão dos limites e parâmetros desejáveis e aceitáveis de sua ação”.

Hilts (1994) diz que a educação tecnológica deve estar voltada para os desafios das gerações futuras, em termos de modernização e capacidade emancipatória, e, se ela deve ser entendida como algo que visa à felicidade do homem, precisamos desenvolvê-la dentro desta concepção, baseando –nos não só nos conhecimentos científicos mas, principalmente, nos valores que nossa sociedade nos impõe.

 

CONCLUSÃO

  

                                            Há que se refletir sobre os avanços e as implicações que os aparatos tecnológicos causam sobre a sociedade, visando o entendimento de que, quando transformados, transformam e interferem nas mais variadas esferas do contexto social, cultural, econômico e educacional, onde os indivíduos se encontram presentes e atuantes. Estudos, pesquisas e definições no plano das gestões macropolíticas, realizados no presente, respeitando o passado de sua evolução, com os olhos direcionados para o futuro constituem-se em ações imprecindíveis para a construção de bens voltados, principalmente, para o melhor desenvolvimento do homem.

A informática, em especial, como outros avanços tecnológicos, está nos obrigando a uma nova alfabetização. Esse assunto é da educação e, portanto, precisamos dele para ler os dados específicos, mas principalmente para termos uma nova leitura do mundo.

Três valores, voltados para uma educação tecnológica precisam ser desenvolvidos e cultivados: a responsabilidade, a liberdade e a autonomia. A incorporação destes valores, por certo, é tarefa de todos na formação de cidadãos responsáveis, libertos, autônomos e críticos capazes de fazer a história de seu país.

  

 

BIBLIOGRAFIA 

  

  

BAPTISTA, João Manuel Pereira Dias. A Educação Tecnológica e os novos programas, Porto, Edições Asa, 1993.

  

BASTOS, João Augusto de Souza Leão de Almeida. Educação e Tecnologia. Educação & Tecnologia. Revista Técnico Científica dos Programas de Pós-graduação em Tecnologias dos CEFETs  PR/MG/RJ, Curitiba, ano I, nº 1,abr. 1997,pp.4-29.

  

BELLONI, Maria Luiza. Tecnologias e Formação de professores: rumo a uma pedagogia pós-moderna? Educação & Sociedade. Campinas, CEDES, ano XIX, nº 65, dez. 1998, pp. 143-162.

  

Grinspun Mirian P.S., Educação Tecnológica- desafios e perspectivas (org). São Paulo,Cortexz Editora, 1995

  

FROMM, Erich. A Revolução da Esperança, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1975.

 

GARDNER, Howard. Estrutura da Mente – a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987.

 

GRAZ, D. Paradigmas lost. Erosion of paradigms and sense of crisis in contemporary science of education. The case of Federal Republic of Germany, mimeo, s/d.  

  

SCHAFF, Adam. A sociedade informática - as conseqüências sociais da segunda revolução industrial. São Paulo, Brasiliense/Unesp, 1991.

 

ANEXOS

 

Steve Mann é um ciborg.Talvez você não perceba à primeira vista, mas sem dúvida algo fora do comum acontece por trás dos óculos escuros desse professor da Universidade de Toronto. Mann parece distraído, siscando com os dedos um minúsculo teclado na palma da mão, Será que ele está sofrendo uma convulsão? Nada disso. Está checando seu e-mail. Acontece que ele veste uma roupa toda informatizada, que abriga nas costuras um sistema de computadores tão ou mais sofisticado quanto o que a maioria de nós tem no escritório. Escondido debaixo da roupa de uso diário, o sistema WearCam/WearComp combina num só conjunto vários aparelhos de telecomunicação: telefone celular, radioamador, um laptop ligado à internet e até uma câmera de vídeo. Atrás das lentes escuras brilha um monitor. Até a cueca de man é inteligente: sensores fixados ao elástico da cintura medem a transpiração e automaticamente mandam sinais para ajustar o termostato do seu apartamento.

Mas como será calçar os sapatos de Steve Mann – que aliás também abrigam computadores programados para medir a passada? Para acompanhar suas andanças, é só navegar no site dele na World Wide Web.Qualquer coisa que Mann flagar com a câmera de vídeo ligada aos óculos escuros vai, instantaneamente, aparecer on-line. “Fala-se de infoestradas ou de escritórios, andares de prédios e televisores inteligentes”. diz Mann. “Logo, poderemos falar também de gente inteligente”. Suas invenções nascem da visão de que, mais dia menos dia, os chips estarão instalados em toda parte, automatizando nossas vidas.

Steve é um pioneiro do vestuário informatizado ou, como ele prefere dizer, a tecnologia do “segundo cérebro”. Ao longo dos últimos vinte anos, e mais recentemente no laboratório de mídia do Massachusetts Institute of Tecnology, nos EUA, o professor Mann tem trabalhado para criar cinergia entre homens e máquinas a partier de “verdadeiras extensões da mente e do corpo”. Quando ele está com o pé na estrada e precisa acessar a Internet, o ciberespaço vira uma extensão da sua cabeça e a Web, seu banco de memória externa.

Para a vasta maioria de nós, o volumoso traje Wear Cam/wear Comp tem um caimento um tanto esquisito. Contudo, os laptops, telefones celulares, e micro “assistentes digitais” já são obrigatórios para qualquer guerreiro da estrada, aquele que precisa levar seu escritório aonde o trabalho surgir. Com os avanços da tecnologia sem fio, todos seremos cidadãos itinerantes da aldeia global.

Em São Francisco, Washington e outras cidades, já funciona o sistema Ricochet Wireless Modem e Internet Service, cujos usuários consultam a Internet de onde quer que estejam. O sistema inclui antenas, do tamanho de uma caixa de sapatos, que podem ser fixadas nos postes de iluminação. Cada uma dessas “microcélulas” tem um raio  de sensibilidade de até 2,3 quilômetros e permite transmitir e receber sinais de computadores portáteis, por sua vez ligados a modens sem fio, todos conectados diretamente à Internet. Onde o Ricochet ainda não funciona, usam-se telefones celulares para a conecção sem fio à Internet.  Mas o custo da ligação via celular pode ser proibitivo e a largura da banda de telefonia – que determina o volume de dados que podem ser transmitidos – normalmente é pequena e instável demais para o envio eficiente de informações gráficas, dirá o vídeo.

Aí entra a Teledesic LLC. Criada em 1990 pelo guru de telecomunicações Craig McGaw, com o apoio do Chairman da Microsoft, Bill Gates, e da Boeing, a Teledesic tem planos para construir o sistema “Internet-nos céus”, com banda larga e alcance global. Em 2001, a Teledesic lançará o primeiro de centenas de satélites que voarão em órbita baixa e oferecerão conecções velozes à Internet de qualquer canto do planeta. O custo: US$ 9 bilhões.

“Até os mais sofisticados aparelhos de computação pessoal terão eficiência limitada enquanto tiverem presos à mesa do escritório”, garante Russ Daggtt, presidente da Teledesic, de Waqshington. “Para aproveitar plenamente a potencialidade dessas caixinhas é preciso conecta-las. Mas, ao lugar dos computadores uns aos outros, cria-se uma demanda excessiva nas redes públicas”. Ë como se você andasse numa Ferrari na hora do rush em Nova York ou São Paulo, jamais sairia da primeira marcha.

 Para os usuários da Net, esses satélites proporcionarão uma velocidade que permitirá a transmissão com alta qualidade de som (de telefone, inclusive) e de vídeo, desde programas do tipo televisão-interativo até chamadas por vídeo fone em tempo real. A teledesic pretende oferecer a potência e a confiabilidade de uma rede de fibra óptica, só que sem um fio de fibra.

Em vez de assistir às imagens WrarCam no site de Mann, por que não bisbilhotamos o mundo, com as lentes dele, como se estivéssemos num canal de televisão? A mensagem implícita é: “viaje e leve o escritório junto”. “Até a mais simples máquina fotográfica dificilmente capta os primeiros passos de um bebê”, Mann explica. “Quando finalmente conseguimos sacar a máquina, o momento precioso já se foi. Propomos que andemos sempre com uma minimáquina, computador e monitor, todos acoplados a um simples par de óculos escuros”. Ficção científica? Talvez. Mas, se um dia esse sistema vier a existir, ele mudará completamente nosso conceito de “estar ali”. Conectados à Internetpelo WearCam/WearComps e uns aos outros via satélite conseguiremos “estar” ao mesmo tempo em mais de um lugar. No laboratório de robótica da Universidade da Califórnia, em Berkeley, paira um balão inflado  com hélio, com 75 centímetros de comprimento e o dobro da altura, equipado com hélices silenciosas. Aparelhado com uma filmadora de vídeo sem fio e sem microfone, e comandado por controle remoto via Internet, o dirigível poderá levar-nos a explorar ambientes bem distantes – até onde cheguem as linhas telefônicas ou, quem sabe, os sinais de satélite.

“Chama-se telembodiment (teleincorporação), diz Eric Paulos, um aluno de pó-graduação que está desenvolvendo o projeto PRoP – Personal Roving Presence, ou seja, Presença Pessoal Ambulante. O dirigível é mais ou menos do tamanho de uma pessoa e transmite a sensação de estar presente ”. O guru de robótica Jhon Canny, orientador e colaborador de Eric no projeto, imagina dirigíveis passando silenciosamente pelos corredores de museus, transmitindo a exposição em close. Com trajes informatizados, seria possível tomar café num restaurante ou estar no ponto de ônibus, e ao mesmo tempo flutuar na casa de parentes ou num laboratório. Outro ProP – também projetado par trazer “a montanha a Maomé” – é o carrinho telerrobótico que, ao contrário do dirigível, não fica à mercê dos ventos. Um “braço mecânico permite ao usuário gesticular durante uma conversa, enquanto uma tela de cristal líquido garante a presença visual. Na medida em que a roupagem informatizada for ficando mais enxuta a os satélites aumentarem nossa interconectabilidade, estar on line será a norma e não mais a exceção. Isso nem sempre será conveniente: escalar uma montanha no Tibete ou retirar –se para uma ilha do mediterrâneo não bastará mais como pretextos para ignorar o e-mail ou evitar aquela teleconferência. “Não sabemos se a tecnologia nos controlará, como o telefone já faz, ou se conseguiremos controlar a tecnologia”, Mann pondera. Sr bem que você sempre pode tirar a roupa.

 

Fonte: Revista Ícaro, nº163 março/1998,      págs.21-28.

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Para maiores informações na Word Wide Web, clique:

www.wearcomp.org/ www.teledesic.com

David Pescovitz é editor colaborador da revista Wired, onde escreve uma coluna sobre telecomunicações, e co-autor do livro Reality Check (HardWired, 1996) sobre a alta tecnologia.


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