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"Amor pelos desfechos"
(Elisa Lucinda)


"Eu passei essa turne inteira lendo um texto da Elisa Lucinda.. duke.. a história de um cachorro e tal.. ai o que aconteceu.. um dia liguei para a elisa.. elisa vai la em casa, pelo amor de Deus, eu queria um texto. que falassem assim assim.. ai ela ah tudo bem vo la. ai foi la em casa e tal. E me deu o texto ta, e eu comecei a ler.."ai fui quando me animei".. foi um texto que ela fez quando ela foi na minha casa, contem uma historia do taxi que ela pegou e de tudo q ela passou p/ chegra na minha casa.. e esse texto eu a dias ja.. acho importante dizer isso hj, esse texto chama-se amor pelos desfechos da Elisa Lucinda.. Diz mais ou menos assim.."

Chuvia fino porém decidido, eu entro num taxi mandando a me buscar, e que me aguardava na porta de casa ja a uns 15 minutos
- Boa Noite. Aonde vamos? perguntou o motorista.
Eu falei:
- Não sei, o senhor não sabe?
- Ahh essa é boa, é a primeira vez que eu pego uma passageira que não sabe pra onde vai! Vou te contar, hein!
- Pera la o senhor foi contratado p/ me levar numa corrida para qual já foi até pago e não sabe?
- Não senhora, não a empresa apenas me bipa, eu venho no endereço certo!
- Bem, o que eu sei meu querido, é que vamos pro Recreio na casa da Ana Carolina a cantora
- Ahh a cantora, po essa mulher é fera hein! Como é que a gente chega lá?
E eu ja de celular em punhos.. falando com a propria, - como é que eu faço p/ chegar ai, etc e tal... patatipatata...
- Mas essa menina canta muito bem hein, alias essa musica que ta tocando ai dela na novela eh uma versao boa hein, mas a primeira foi do José Augusto. Aquela que.. "Agora aguenta coração"
- Sei mas eu não conheço a versão dele. Pra essa música que ela gravou com a versão dela..
- Ahh é muito bonita a senhora quer ouvir?
Pois não é que o Marcus, era o nome dele, Marcus.. sacou do cd o melhor de José Augusto, colocou no excelente som do seu carro imediatamente, seguimos na estrada ouvindo aquela breguice toda, cada um de nós fazendo suas comparações, e suas escolhas, ele preferia a versão dele, e eu disparadamente a dela, e a conversa vai até quando eramos pequenos, estavamos somando, gosto pela música parecido na infancia, coisa e tal.. a conversa seguia boa, até que ele perguntou:
- Será que a Ana Carolina sabe que existe outra versão dessa música hein?
- Não sei meu querido, mas eu vou perguntar para ela?
- Jura!!!
- Juro!!
- Vai dizer que eu coloquei o disco e tudo?
- Claro.. eu vou contar a história desda a hora que ainda não sabiamos para onde iamos!
A chuva caia la fora, e a noite no Recreio de Bandeirantes me parecia mais longe.. mas desconhecida! E fomos seguindo entrando ali, entrando num edificio a cola.. adivinhando uma esquina, procurando a cor vermelha do edificio conforme a propria dona da casa havia me dito, pelo telefone.. parecia ser num bloco adiante.
- Quer dizer que a senhora vc vai contar a ela o assunto sobre essa nossa corrida que eu sou fã dela e tudo?
- Claro que vou!
- É e a gente pensando será que ela vai gostar de saber?
- Talvez ela ja saiba Marcus, mais uma coisa é uma coisa e outra é outra coisa.
- Me da uma vontade de ser uma mosquinha e assistir tudo que vai acontecer la quando você contar, não é que eu seja curioso nao sabe!
- Ah não, vc é uma espécie de enxerido cientifico..
- é minha senhora, é essa que a tristeza do motorista de taxi!
- Qual a tristeza Marcus?
- A gente não sabe o final, é sempre essa agonia, "Moço pelo amor de Deus, toca pro Santos Dumont, eu tenho que pegar esse avião que sai em 20 minutos, la em Sp um cara vai ta me esperando no aeroporto, de la a gente vai numa reunião, que dependendo do resultado, eu vou poder me separar com a Odete e casar com a Patricia, eu nem acredito! Deus me ajude! Corre moço!" Ai vc pisa firme, vc toma multa, mas deixa o cara no destino. E a parte deles com a gente só vai até o "Obrigado, hein valeu!" e a nossa no "Boa sorte, boa sorte". Vc fica pensando nos possiveis finais, eu fico assim, "sera que ele pegou o aviào?", "será que ele perdeu? "Chegou la ja não tinha ninguem esperando em Sp", "Será que ficou tarde, e ele não conseguiu resolver o negócio de divorciar da Odete e casar com Patricia?"
- É o Marcus, vc tem razão, pq vc com seu serviço passa a ser um personagem na trama, um personagem cuja a ação é decisiva pro desfecho!
- Pois é, e quando a gente leva pra parir! Nossa Senhora! Quando chega la deixa passageiros do parente, da vontade de entrar no hospital, saber noticias, esperar um pouco, perguntar se é menino ou menina, .. não que eu seja intrometido!
- Não, não é o Marcus, vc é solidario, é diferente, vc se importa com a historia do outro, vc ta ajudando a construir, vc considera o outro, sua curiosidade é uma certa compaixão pelo outro, vc quer acompanhar o desenrolar dos fatos depois que vc o deixa!
- A senhora é piscicologa hein?
- Não, Eu sou escritora e atriz
- Então vc tb aprecia o roteiro da vida, né?
- Sim é, eu vivo como vc, pensando nos enredos, no meu e nos dos outros, tem uma parte dele, que se chama, de um livro que eu to fazendo novo, que se chama "Um escuta passageira", que são algumas das inumeras histórias, que os motoristas de taxi me contam, são maravilhosas! Isso da a maior parceria pro o meu pensamento
- É lindo. Fica aonde? No computador?
- Não não, ta aqui na pasta, eu to revisando alguns, e vou levar para mostrar pra Ana Carolina pq ela vai dizer um conto meu no Canecão.
- Deixa eu ver, é issu que eles chamam de originais é?
- É issu ai
- Poxa que honra hein? que dia é o meu? Aqui acontece de tudo, se a gente contar parece até mentira.
- é Marcus, parece ficçao issu sim
- Bem chegamos, acho que é aqui sim, ela disse que é o unico predio vermelho!
- Tchau, brigada, bom trabalho
- Tchau. Boa sorte!!
Nos despedimos no de sempre, quando me voltei ainda sobre a chuvinha fina, eu ja quase entrando
no edificio, gritei:
- Marcus
Ele disse: - Sim
- Você quer saber o final?
Os olhos dele brilhavam, como de uma criança que finalmente toca naquela bola
- Claro que eu quero, é tudo que eu quero!
- Então vem me buscar que eu te conto!


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