O
Dogue Brasileiro é um cão de guarda compacto, confiável e corajoso.
(Pedro Dantas, inventor da raça - Caxias do Sul - RS
)
"Comecei
meu trabalho quase que acidentalmente. Isto porque um vizinho meu pediu que eu
permitisse a cobertura de um cão Bull Terrier de minha propriedade, com uma
cadela Boxer que ele possuía. Como esse senhor não tinha espaço em sua casa
para que sua cadela desse cria, pediu para que isso acontecesse em meu canil.
Acabei me afeiçoando por uma filhotinha, que tinha por direito de ninhada, e
dei a ela o nome de Tigresa.
Com
o passar do tempo, percebi na jovem Tigresa qualidades excepcionais, físicas e
psíquicas. Impressionou-me como se desvencilhava com facilidade do ataque das
poderosas Bull Terriers, bem mais velhas que ela, sem, no entanto, possuir
qualquer instinto de rinha, ou de agressão. Ao mesmo tempo era muito obediente
e inteligentíssima, pois aprendia tudo com muita facilidade, em função,
inclusive, de estar sempre procurando como me agradar.
Os
irmãos de Tigresa fizeram fama como excelentes guardiões, pelo seu equilíbrio
e coragem. Portanto, logo vieram outras pessoas com cadelas Boxers procurando
meus Bull Terriers para cobertura.
Alguns
anos depois, percebi que estávamos formando uma nova raça, pois as características
psico- físicas se mantinham. A esta altura, já era árbitro da CBKC, e tinha
condições para tal tipo de análise. Resolvemos, eu e mais outros
colaboradores, cruzar entre si, os cruzamentos iniciais de Boxer e Bull Terrier,
enquanto procurávamos maior variedade genética, com um maior número de cães.
Assim
se formou o Bull Boxer, hoje Dogue Brasileiro. Decidimos mudar o nome da raça
quando verificamos que ela já estava totalmente formada, e o nome antigo
sugeriria sempre se tratar de uma mistura, além de não trazer a todos a
lembrança de nosso país, que já criou o Fila Brasileiro e o Terrier
Brasileiro os quais podem ser comparados com vantagem, dentro de suas especificações,
com os melhores cães do mundo.
O
Dogue Brasileiro é um cão de guarda compacto, confiável e corajoso. Perfeito,
dado seu temperamento amigável, para ser um cão de guarda que acompanhe seu
dono, sem o perigo de ataques indesejáveis, uma vez que estes cães não tendem
a ser desconfiados, sem, no entanto, jamais se furtar de defender seu dono
quando nota uma ameaça real. Sua função principal é proteger as pessoas em
zona urbana, inclusive por seu porte não muito grande, dentro de veículos como
cão anti-assalto e anti- seqüestro, com grande eficiência prática e
preventiva, pois os malfeitores logo perceberão que este cão, além de ágil e
forte, não irá recuar."
A mistura perfeita entre a docilidade do Boxer e a coragem do Bull Terrier. Assim é o Dogue Brasileiro, raça que nasceu em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul em 1978, e que começa a ganhar admiradores em todo o Brasil.
Ótima companhia para as crianças, o Dogue Brasileiro é também conhecido como um excelente cão de guarda, bastante obediente. O temperamento equilibrado é outra característica notável nesta raça. De pêlo curto, o Dogue Brasileiro não requer cuidados especiais quanto à pelagem. Mas diariamente deve praticar exercícios, já que é bastante ativo.
PADRÃO |
ASPECTO
GERAL: Cão de aspecto sólido maciço e não esgalgado, sem parecer, no
entanto, atarracado ou desproporcionalmente pesado. Deve dar impressão de
agilidade e força, com músculos muito fortes longos e marcados, dando a
impressão de grande potência e impulsão.
Ossos fortes.
TEMPERAMENTO E COMPORTAMENTO: Cão ativo, atento e observador, de expressão
séria para estranhos e meiga para com o dono. Equilibrado, apto à disciplina,
porém destemido quando provocado ou sob comando. Não deve dar demonstrações
gratuitas de agressividade, principalmente quanto a outros cães.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: O comprimento do tronco deve ultrapassar à
altura na cernelha em aproximadamente sete por cento. A profundidade do peito
deve ser aproximadamente 50% da altura na cernelha. O comprimento da cabeça
deve ser proporcional ao tamanho do cão.
CABEÇA: De comprimento médio. Relativamente profunda na região
craniana. Arco zigomático de largo para médio. A largura do arco zigomático
deve se sobressair em relação a do focinho, não devendo, no entanto, tal
proporção ser exagerada. Linha superior do crânio, vista de frente ou de
perfil, ligeiramente convexa. O sulco mediano deve ser visível e a pele da
testa ligeiramente franzida, dando ao cão uma expressão séria quando atento.
A distância do occipital ao stop em relação a do occipital á ponta do
focinho deve ser de 50%. Masséteres relativamente bem pronunciados.
REGIÃO
CRANIANA:
Crânio: crânio relativamente largo;
Stop: leve, visto de perfil ou de frente.
REGIÃO
FACIAL:
Focinho: de comprimento médio, reto, mandíbulas bem definidas e muito fortes,
com poderosa potência de mordida;
Trufa: preta, Bem desenvolvida, com narinas abertas;
Dentes: fortes, bem alinhados, com fechamento frontal em tesoura ou torquês;
Lábios: ajustados e curtos, com comissura labial relativamente ampla;
olhos: amendoados, do mel ao castanho escuro. Separados. Moderadamente pequenos.
Pálpebras ajustadas não devendo mostrar a conjuntiva;
orelhas: de inserção ligeiramente acima da linha dos olhos. Cortadas,
opcionalmente, semi-curtas, em triângulos isóceles. Caso integras, deverão
ser semi-caídas com caimento fronto lateral.
PESCOÇO:
De comprimento médio. Forte, ligeiramente arqueado, engrossando do crânio aos
ombros. Levantado, de porte relativamente alto. Desprovido de barbelas.
TRONCO:
Linha Superior: alta na cernelha e descendente para a garupa;
Cernelha: Alta. Região da cernelha: muito musculosa;
Tórax: alto e forte; .
Dorso: relativamente curto;
Peito: profundo, mas não em excesso (aproximadamente 50% da altura na cernelha;
Costelas: profundas e razoavelmente bem arqueadas;
Antepeito: largo, visto de frente, sem dar a impressão, no entanto, de
atarracamento;
Lombo: levemente arqueado;
Ventre: linha inferior levemente esgalgada;
Garupa: levemente arredondada.
CAUDA:
grossa. De inserção média, devendo ser portada acima da linha do dorso,
quando o cão se movimenta, com postura muito levemente côncava, nesta mesma
condição, se vista de frente. Opcionalmente operada, permanecendo o tamanho,
neste caso, em, aproximadamente, vinte
por cento da cabeça do cão. Se íntegra, vinte por cento mais longa.
MEMBROS
ANTERIORES:
Retos, com ossos retos e arredondados.
Ombros: fortes e musculosos;
Braços: fortes e musculosos;
Carpos: fortes com dedos fortes e arqueados.
MEMBROS
POSTERIORES:
muito musculosos, fortes, com boa angulação. Coxas: muito
musculosas; Jarretes: cunos e corretamente direcionados para frente.
PÉS:
de gato.
MOVIMENTAÇÃO:
deve ser fluente, com força e agilidade. As patas devem se mover paralelamente
com boa flexão nas patas e joelhos.
PELE:
grossa, relativamente solta, mas sem qualquer resquício de barbelas.
PELAGEM:
curta, densa, luzidia e áspera.
COR:
Qualquer cor, variação ou combinação de cores são aceitas sem qualquer
restrição.
TALHE:
Altura: machos, de 54 a 59 cm (preferencialmente 57cm); fêmeas, de 50 a 57
cm (preferencialmente 55 cm).
PESO:
machos, de 29 a 42 kg, preferencialmente, 38 kg); fêmeas: de 23 a 37 kg,
preferencialmente, 31 kg).
OBS:
as
alturas e peso devem ser respectivamente proporcionais.
FALTAS:
qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado falta e penalizado
na exata proporção de sua gravidade, dentro dos critérios gerais dos cães de
guarda de efetiva proteção.
DESQUALIFICAÇÕES:
As gerais.
NOTA
1:
Os machos devem apresentar testículos de aparência normal, bem
desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
NOTA
2:
Os critérios de avaliação devem ponderar os defeitos e as qualidades.
TÍTULO DE CAMPEÃO: Somente poderá obter o titulo de campeão os machos e fêmeas aprovados na apreciação do caráter, em anexo, onde deverão obrigatoriamente demonstrar coragem e, principalmente, controle. Os cães considerados atípicos, por falta de iniciativa ou considerados perigosos não poderão obter tal distinção.
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