O
Terrier Brasileiro, mais conhecido como Fox Paulistinha tem sua origem nos
diversos Fox trazidos da Europa no começo do século XX.
Mas, segundo os diversos criadores e pesquisadores brasileiros que foram responsáveis
pela fixação do padrão e reconhecimento da raça, a história do terrier
brasileiro começa um pouco antes, no início do século XIX, com a chegada da
Corte de Portugal ao Brasil.
Os portugueses utilizavam pequenos cães, exímios caçadores de ratos, que eram
cruzas de Jack Russell Terrier e Fox Terrier de Pêlo Liso.
Foi a partir desses exemplares, com o acréscimo já citado de vários Fox, que
se deu o desenvolvimento da raça.
A primeira tentativa de reconhecimento ocorreu em 1964, mas em função no número
muito baixo de registros o processo todo foi cancelado. Apenas em 1994 o Terrier
Brasileiro foi reconhecido junto à Fédération Cynologique Internationale, que
fica na Suíça, e daí em diante por vários Kennels.
O Paulistinha tornou-se um cão muito popular no Brasil por ser extremamente
inteligente, valente, com muita resistência física, ágil e veloz, ótimo cão
de guarda e alarme,sendo também muito leal e dedicado ao dono. Ele é alegre,
disposto, alerta, e apesar de carinhoso com o dono e familiares, é bastante
desconfiado com estranhos
O Terrier Brasileiro não é de ficar muito parado e tem movimentação
saltitante, solta, com passadas curtas e rápidas, que são caracteristicas da
raça.
A pelagem é curta, lisa, de textura fina e colada ao corpo. A cor é
predominante branco, com marcações em preto e ou marrom.
Na aparência geral o Terrier Brasileiro é um cão de porte pequeno, harmônico,
de formas curvilíneas, com ossatura firme, mas não pesada. A cauda é
geralmente amputada. A cabeça é muito expressiva, com focinho afilado e
orelhas inseridas altas e dobradas para frente.
RESUMO
HISTÓRICO: os ancestrais do Terrier Brasileiro não são originários do
Brasil. No século 19 e começo do século 20, muitos jovens brasileiros
estudavam em universidades européias, especialmente, na França e Inglaterra.
Estes jovens freqüentemente retornavam casados e suas esposas traziam com elas
um cão pequeno do tipo Terrier. Os jovens brasileiros e suas famílias voltavam
para as fazendas de onde tinham saído. O cãozinho se adaptou à vida da
fazenda e acasalou-se com cães e cadelas locais. Assim, um novo tipo se formou
e o fenótipo foi fixado em poucas gerações.
Com
o desenvolvimento das grandes cidades, os fazendeiros, com suas famílias e
empregados foram atraídos pelos grandes centros urbanos. Desta forma o pequeno
cão sofreu outra mudança de ambiente.
PADRÃO |
APARÊNCIA
GERAL: cão de médio
porte, esbelto, bem equilibrado com estrutura firme mas não muito pesada, corpo
de aparência quadrada com nítidas linhas curvas que o diferencia do retilíneo
Fox Terrier de pêlo liso.
COMPORTAMENTO
/ TEMPERAMENTO: incansável,
alerta, ativo e esperto; amigável e gentil com amigos, desconfiado com
estranhos.
CABEÇA:
vista de cima, a cabeça tem a forma triangular, mais larga na base, com orelhas
bem afastadas, estreitando-se acentuadamente dos olhos até a ponta da trufa.
Vista de perfil, a linha superior é ligeiramente ascendente da ponta da trufa
ao stop, principalmente entre os olhos, arqueando-se até o osso
occipital.
REGIÃO
CRANIANA
Crânio:
arredondado com a testa ligeiramente plana. Suas linhas laterais, vistas do
alto, convergem para os olhos. A distância, do canto externo do olho à inserção
das orelhas é igual a distância entre os cantos externos de ambos os olhos. O
sulco sagital é bem desenvolvido.
Stop:
pronunciado.
REGIÃO
FACIAL
Trufa:
moderadamente desenvolvida de cor escura e narinas largas.
Focinho:
visto de cima forma um triângulo isósceles dos cantos externos dos olhos à
ponta da trufa; forte e bem cinzelado abaixo dos olhos com declive na base do
focinho, acentuando o stop.
Lábios:
secos e firmes, o lábio superior ajusta-se sobre o inferior, cobrindo os
dentes, permitindo fechar a boca completamente.
Bochechas:
secas e bem desenvolvidas.
Dentes:
42 dentes, regularmente implantados e bem desenvolvidos com mordedura em
tesoura.
Olhos:
implantados eqüidistantes entre a protuberância occipital e a ponta da trufa,
bem separados, a distância entre as duas pontas externas dos olhos é igual a
distância entre a ponta externa do olho até a ponta da trufa. Direcionados
para a frente, moderadamente proeminentes, grandes e com sobrancelhas
ligeiramente acentuadas. Arredondados, bem abertos, vivos, com uma expressão
inteligente; tão escuro quanto possível. A variedade azul tem olhos cinza
azulados; a variedade marrom tem olhos marrons, verdes ou azuis.
Orelhas:
inseridas lateralmente, na linha dos olhos, bem separadas uma da outra deixando
bom espaço para o crânio. De formato triangular com terminação em ponta;
portadas semi-eretas, com a ponta dobrada voltada para o canto externo do olho.
As orelhas não são operadas.
PESCOÇO:
de comprimento moderado, proporcional à cabeça, implantado harmoniosamente à
cabeça e ao tronco. Bem definido e seco; com a linha superior ligeiramente
curva.
TRONCO:
bem balanceado, não muito pesado, de aparência quadrada com linhas curvas bem
definidas.
Cernelha:
bem pronunciada e ligada harmoniosamente aos membros anteriores.
Linha
Superior: firme e reta,
ligeiramente ascendente da cernelha para a garupa.
Dorso:
relativamente curto e bem musculado.
Lombo:
curto e firme, harmoniosamente ligado à garupa.
Garupa:
ligeiramente inclinada, cauda de inserção baixa. Bem desenvolvida e musculosa.
Antepeito:
pouco pronunciado, moderadamente largo, permitindo movimento livre dos
anteriores.
Peito:
longo e profundo, alcançando o nível dos cotovelos. O esterno se conecta à
costelas bem arqueadas; estando na horizontal, o esterno é moderadamente
arqueado.
Linha
Inferior e Barriga:
ligeiramente curva, ascendente para os posteriores, mas não esgalgada como no
Whippet.
CAUDA:
inserção baixa, curta, cortada na junção entre a 2a e 3a
vértebras caudais.
Cauda
natural: curta, não
alcançando os jarretes, de inserção baixa, vigorosa, portada alegremente, sem
curvar-se sobre o dorso.
MEMBROS
ANTERIORES:
vistos de frente, retos, moderadamente afastados, mas alinhados com os
posteriores que também são retos, porém mais afastados.
Ombros:
longos, angulados entre 110° e 120°.
Braços:
aproximadamente do mesmo comprimento que a escápula.
Cotovelos:
colocados junto ao corpo, no mesmo nível da linha inferior do peito.
Antebraços:
retos, finos e secos.
Articulação
dos carpos (pulso, munheca):
angulação aberta.
Metacarpos:
retos e finos.
Patas
dianteiras: compactas,
nem viradas para dentro nem para fora. Os dois dedos do meio são mais longos.
POSTERIORES:
fortemente musculados, coxas bem desenvolvidas, pernas proporcionais às coxas.
Jarretes altos com angulação obtusa.
Coxas:
bem desenvolvidas e musculosas.
Joelhos:
angulação obtusa.
Pernas:
proporcionais às coxas.
Jarretes:
altos de angulação obtusa.
Metatarso
(quartela traseira):
retos.
Patas
traseiras: compactas,
mais longas que as dianteiras.
MOVIMENTAÇÃO:
elegante, livre, movimentação rápida e curta.
PELE:
bem ajustada, não frouxa. Seca.
PELAGEM
Pêlo:
curto, liso, fino sem ser macio, bem assentado à pele, tipo pêlo de rato. Não
se pode ver a pele através do pêlo. Mais fino na cabeça, orelhas, na parte
inferior do pescoço, nas partes internas e inferiores dos membros e face
posterior das coxas.
COR:
cor do fundo predominantemente branca com marcações pretas, azuis ou marrons;
as seguintes marcações típicas e características devem estar sempre
presentes: castanho acima dos olhos, em ambos os lados do focinho e na face
interna e nas bordas das orelhas. Essas marcações podem se estender por outras
regiões do corpo como transição entre o branco e o preto. A cabeça deve
sempre apresentar marcações em preto, azul ou marrom na região frontal e
orelhas; são admitidas faixas ou marcas brancas preferivelmente no sulco
frontal e nas laterais do focinho, distribuídas o mais harmoniosamente possível.
TAMANHO
/ PESO:
altura
da cernelha: machos de
35 a 40 cm / fêmeas de 33 a 38 cm.
Peso:
10 kg no máximo.
FALTAS:
qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e
penalizado na exata proporção de sua gravidade.
-
falhas na estrutura;
-
aprumos incorretos;
-
pelagem longa ou atípica;
-
falhas nas marcas características;
-
orelhas portadas eretas;
-
ombros muito pesados ou muito frágeis;
FALTAS
DESQUALIFICANTES
-
agressividade ou timidez;
-
garupa sem leve inclinação;
-
prognatismo superior ou inferior;
-
falta de harmonia, talhe atípico.
NOTAS:
·
os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem
descidos e acomodados na bolsa escrotal.
· todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.
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