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O quarto recendia a vinho. A pele de Luís, rude, curtida de sol, seus modos viris - que contrastavam com sua cultura - davam um amálgama que atraía Amanda. Todavia ela dissimulava, evitava-o. Só que este afastamento em lugar de o fazer desistir, apenas o estimulava a aprendê-la, a procurar a fresta, a janela para a alma. Aquela mulher era uma casa fechada, mas, por uma fresta o sol quente das manhãs acariciava lentamente seu interior.
Ele buscava, tocava levemente aquela fresta e sabia que, quando achasse a abertura, as paredes tremeriam, as veias quentes da casa, nutridas pelo vulcão oculto e misterioso derreteriam todo gelo. Ela tomou um rum, sentiu o cheiro dele e, como a naja encantada pela flauta, ficou a mirá-lo. E dissimulou, saiu de perto, sem sair da sala.
Ele sentou, mas não buscou os olhos dela, buscou o corpo e o devorou com os olhos com uma tal intensidade, que ela sentiu-se invadida, vexada, até corar; embora por um pudor herege que também a molhou e esquentou.
Ela temia, a fresta parecia querer romper. Ele caminhou, rodeou o corpo dela como um lobo na matilha. Ela perguntou, indagou, puxou assunto, tentando sair do cerco, mas ele permanecia calado. Num descuido dela, ele beijou o pescoço. Amanda se encolheu arrepiada e o empurrou, mas ele segurou a mão dela que se deixou ficar, e o fluxo do sangue à flor da pele mostrou dois corações acelerados, meio perdidos em quatro paredes.
Ele estava começando a romper a barreira, a saltar o obstáculo, ladrão gatuno se esgueirando por entre as proibições e medos dela.
As mãos dele firmemente pegaram a cintura dela e quase que a machucou. Amanda resistiu, mas veio, e aí o toque de peles, a mão dele, a boca sofregamente no pescoço e a língua queimando a pele dela abriu uma janela.
Ela fugiu, mas sentou no sofá. Estava assustada, agora era caça e não sabia se queria ser abatida. Ela pensou que ele se sentaria a seu lado mas estava enganada. Luís se ajoelhou entre as coxas torneadas de Amanda e começou a beijar as pernas roliças dela.
Ela empurrava o rosto dele, mas as mãos dela já suavam e iam sentindo o contato da barba por fazer, do corpo quente e desejado. A janela ia se escancarando, o sol aquecia, a geleira ia se derretendo, formando um rio caudaloso que silenciosamente começava a escorrer todo para o meio das suas pernas.dela, sem que ela notasse.
Ele mordiscou sua barriga e ela suspirou. Aí já não era mais dona de seu corpo, era só o desejo dela e começou a beijá-lo desesperadamente, nos olhos, no rosto, no pescoço, até alcançar a boca. Tão intensos tão intensos que ela nem notou que os braços deles (quais braços eram de quem?), nós atados, se desvencilhavam apressadamente da roupa.
Pele querendo pele, suor querendo suor, calor querendo calor. Os corpos dançavam um sobre outro, serpenteando, ondulando, com gula, sem pressa, roçando, arfando, pedindo, mordendo.
Ela já não mais resistia. O ventre estava em brasa, tinha pressa, urgência e gula, queria aquele homem dentro dela. Ele também queria devorá-la, queria seu regato, sua gruta. Mais queria mais que isto, a queria com alma, inteira. Sabia que o caminho mais intenso é o mais longo e começou a percorrê-lo.
Língua áspera e grande pelo pescoço até o vão dos seios, ajoelhado por cima dela, ela o puxando para dentro de si e ele agora era quem resistia. Com a ponta da língua experimentou um e outro bico do seio, beijou, lambeu levemente cada botãozinho e começou a sugar cada maçã macia dela.
Luís apreciava o gosto, o cheiro dela e o prazer que ela sentia parecia estar no corpo dele. Ela pedia, exigia, queria ele todinho,dentro, mas ele a castigava agora. Desceu diretamente dos seios até o umbigo, beijando, lambendo, chupando e mordiscando.
As mãos que também a acariciavam sentiam os pelos dela eriçados e um leve toque de um dos dedos no botão do clitóris mostrava a seiva da grutinha já inundada.
Ele brincou como um cão vadio no umbigo dela, mordiscou. Ela agora não mais exigia, suplicava, estava vencida, submissa, queria ser dele, queria ser invadida, penetrada, comida, fodida por inteiro.
Os sentidos de Amanda estavam embriagados, ele era seu rum, o corpo quente, a gruta inundada, os pelos eriçados, suspirava, arfava, ardia por dentro, sentia vontade, sentia até dor de tanto tesão. De olhos fechados sentiu quando a boca dele tocou de leve o botão de sua rosinha mais recôndita.Levemente a língua áspera foi passeando pelos lábios da xoxotinha e subitamente entrou na grutinha dela, caverna em alvoroço de amor.
Ela começou a se revirar e a movimentar sua xotinha para cima e para baixo para sentir aquela boca, que a lambia, sugava, beijava. Um arrepio forte, inudava-se aos borbotões e sentia que seu macho bebia o suco dela. Perdida, envolvida, começou a gemer e gritar; despudorada, perdeu a noção do espaço, todo seu corpo emanava luz e calor até que um gozo forte, longo duradouro a deixou mole no leito.
Quando deu por si, seu caçador e dono na hora ja a beijava na boca e com força penetrava de uma só vez aquela bocetinha inundada. Ela recobrou a vontade, se mexia junto com ele, sentia as estocadas de seu homem com as mãos no quadril e na bunda dele e comprimia os músculos vaginais para sentir mais estreitamente o contato do pau empedrado, duro, pulsante.
Seus movimentos deixaram de ser mecânicos, eram uma dança descontolada e rítmica, em uníssono. O prazer de um era o prazer do outro, as sensações passavam de um corpo a outro, comunicavam-se de uma alma para a outra. Ela sentia cada estocada daquele pau comendo sua xotinha e queria todo o pau dentro dela, tocando bem fundo e a devorando por completo.
A boca gulosa dele na dela, a pele colada, grudada, tudo ao mesmo tempo de forma louca. Ela se liberou ainda mais, começou a gritar, os dois arfavam e diziam segredos em palavrões indecentes um ao outro, pois estavam gozando juntos, este gozo para ela ainda era muito mais forte e intenso e ela se sentia completamente tomada, comida e amada.
Recebeu o leite quente dele num estertor do prazer, sua rosinha vermelha do amor estava hipersensível e seu frenesi foi tão intenso que lágrimas chegaram a sair dos seus olhos.
Mole, satisfeita, amada, dolorida, ela o apertou, abraçou e beijou, estava entregue, agora queria mais, se complementarem como cada fosse uma parte do um, toda a noite.