Acidentes Acontecem... Será?

Capítulo 1

         Era uma linda manhã em Orlando. Os pássaros cantavam alegremente, as pessoas acordavam tarde, iam à Disney. Resumindo, estavam muito felizes com o feriado de Sexta-feira.

         Mas duas pessoas não estavam. Andavam rapidamente pelas ruas, à procura de algum lugar...

         Kevin parecia que morreria se não encontrasse o prédio. Kevin era um homem muito sensual, e seus cabelos pretos e seus olhos verdes aumentavam sua sensualidade. Era alto, com mais ou menos 1,90m. Era muito forte, mas com uma personalidade calma. (dã! Quem não sabe disso?)

         Brian tentava acompanhar os passos do primo. Com seus cabelos loiros e olhos azuis, era um homem lindo. Com seu senso de humor elevado, conseguia fazer qualquer pessoa rir. Mesmo sendo mais baixo que Kevin, era muito bonito e sensual. (e quem não sabe sobre esse também?)

         Não sabia por que o primo tinha pedido sua companhia, se o mesmo corria como se Brian não estivesse ali. Também não entendia o motivo de ter aceitado ir com ele. Sabia que o primo estava muito estressado e descontaria sua raiva em todos, mas mesmo assim resolveu ajudar.

         Em um lugar não muito longe dali, Carla quase corria, de tanta pressa que tinha. Seus cabelos castanho-escuro balançavam enquanto andava. Seus olhos castanhos mostravam uma expressão de raiva, muita raiva. Com sua estatura de 1,70m, não precisava usar saltos.

         Atrás dela, tinha Carol, que tentava alcançar a irmã, mas sabia que não conseguiria. Carol estava com uma roupa bem confortável, e o cabelo castanho preso em um rabo de cavalo bem alto. (quem será que inventou esse nome? Rabo de cavalo, que ridículo! Hahaha) Ela era um pouco mais baixa que sua irmã, mas conseguia fazer tudo perfeitamente.

         Carla e Kevin não parariam de correr até encontrarem o que procuravam. E por sorte, ou acidente, procuravam um mesmo lugar: um grande prédio que se localizava na área leste de Orlando.

         Kevin, assim que alcançou o prédio, respirou ofegante. Mas logo voltou à postura normal, com um olhar misterioso. Uns minutos depois, chega Brian, que estava muito cansado de alcançar o primo. Ainda cansado, perguntou:

         - É aqui?

         Kevin nem respondeu, apenas abriu a porta. Entraram na recepção. A recepcionista, reconhecendo Kevin, pediu para os dois sentarem, enquanto ligava para alguém. No mesmo momento, Carla pára na porta, seguida por Carol, um pouco mais atrás.

         A caçula, reconhecendo o lugar, falou meio receosa:

         - Ah, não! Não me diga que...
         Carol nem conseguiu terminar, mesmo porque sua irmã nem estava ouvindo. As duas entraram, e a recepcionista também reconheceu as duas. Sentaram. Por sorte (ou azar), sentaram-se assim: Carol, Carla, Kevin e Brian.

A recepção estava vazia, só os quatro estavam lá. Também, em uma bela manhã do feriado, quem iria para um lugar como aquele?

         Já tinham se passado uns 10 minutos e Carol já estava impaciente. Avisou Carla e foi beber água. Quando voltou, se espantou como aquela sala tinha lotado de uma hora pra outra. O único lugar vago era do lado do homem de cabelos loiros e olhos azuis. (adivinha! O Brian!)

         Carol ficou parada, como se perguntasse o que fazer. Carla, sem paciência nenhuma, falou (ou reclamou, entenda como preferir):

         - Se você quer sentar, senta do lado daquele rapaz, ou então fica parada aí que nem uma boba!

         - Tá bom! Não precisa descontar sua raiva nos outros! – reclamou Carol.

         Assim que ela sentou, Brian começou a dar risada. Carol, um pouco irritada por causa de sua irmã, perguntou:

         - Tá rindo do quê?

         - Eu? – disse, entre uma risada e outra. – É que sua amiga está parecendo o meu primo! Tem problemas e vive descontando nos outros! Parece que você sofre que nem eu!

         - É sério? – perguntou, já rindo também. – E eu que pensei que eu era a única que sofria por causa da minha irmã!

         - Sua irmã? – perguntou Brian.

         - É sim! – respondeu Carol. – Ah, deixe-me apresentar: Eu me chamo Carol, e você? – disse, estendendo a mão.

         - Eu me chamo Brian. Muito prazer, Carol! – falou, apertando a mão dela.

         - E o que você está fazendo aqui, Brian? – perguntou Carol.

         - Sabe que eu não sei! – disse, começando a rir de novo. – Eu só estou acompanhando o Kevin, meu primo. Ele pediu para eu vir junto, só que está me ignorando. Nem sei porque aceitei vir! Mas e você? Só não diga que está acompanhando sua irmã e que ela está te ignorando!

         - Mas é a verdade! Só não sei pra quê ela quer um advogado... – respondeu Carol.

         - Advogado? Aqui é um lugar onde se procuram advogados? – perguntou Brian sério.

         - É sim. Um dos mais procurados se quer saber. Só que esse lugar é muito sinistro, me dá arrepios. – disse passando as mãos em seus braços.

         - Mr. Richardson, o senhor já pode subir. Já estão te esperando. – disse a recepcionista.

         - Obrigado. Venha, Brian! – disse Kevin, quase ordenando a Brian.

         - Eu não posso ficar aqui conversando? – perguntou Brian.

         - Não. Venha logo. Não vou te esperar mais. – e foi subindo as escadas.

         - Droga! Carol, vamos nos ver de novo qualquer dia? – Brian perguntou enquanto levantava.

         - Claro que vamos. Aqui está meu telefone e meu celular. Me ligue qualquer dia desses. – e entregou o cartão a Brian.

         - Ligo sim. Bom, nos vemos por aí. – e de um beijo na bochecha dela.

         - Ah, e Brian? – Carol disse quando ele começou a subir as escadas. Ele se virou. – Foi um prazer enorme te conhecer!

         - Igualmente. – disse Brian. Depois subiu as escadas. Por algum motivo achou Carol muito legal, e alguma coisa aconteceu dentro dele quando ela disse a última frase.

         - Já vi que arranjou outro amiguinho, não? – disse Carla sarcasticamente. – Só quero ver se no final os dois se casarem!

         - Não enche! – brigou Carol. – Você só tá toda irritada porque deve Ter brigado com o Rafael! É sempre assim. Sempre que briga com ele desconta nos outros!

         - Cala a boca! – gritou Carla emburrada. Não queria ouvir o nome de Rafael. Dessa vez ele havia passado dos limites.

 

---Na sala do 2º andar---

         Kevin entrou na sala do gerente. Brian veio correndo logo atrás. Os dois entraram e se sentaram nas cadeiras perto da mesa. O gerente, chamado Gustavo, os cumprimentou e disse:

         - Sr. Richardson, fiquei sabendo que estava precisando de um advogado. Era por isso que veio aqui?

         - Sim senhor. – respondeu Kevin sério.

         - Ok. Tem algum tipo específico ou basta estar livre? – perguntou ligando o computador.

         - Não. Eu gostaria que fosse experiente e que se muito eficiente. Tem que ser bom, caso contrário não adianta. – disse Kevin.

         - Certo. – e começou a procurar no computador. Logo depois teve o resultado. – O único advogado que temos livre se chama Carla. – e entregou a folha a Kevin.

         - Tem certeza que só tem ela? É que eu preferia um advogado... – disse Kevin examinando a ficha.

         - Que preconceito contra mulheres! – resmungou Brian.

         - Cala a boca tampinha! – brigou Kevin. - Bom, já que só tem essa, tenho que aceitar. – completou, nada animado.

         - Aqui está o cartão dela. – e entregou o cartão. – Se quiser conversar com ela, espere um pouco na recepção, pois ela também está aqui. Só quer falar rapidinho comigo.

         - Eu não acredito que a garota que eu vi lá em baixo vai ser minha advogada! – disse Kevin pasmo. Brian só abriu um sorriso. Poderia ver Carol de novo mais cedo do que esperava. – Obrigado Gustavo, te vejo por aí. – e o cumprimentou. O mesmo fez Brian.

         - Espero que a Carla faça um bom trabalho com você. Não vai se arrepender.

         Quando Kevin e Brian desceram, a recepcionista falou que Carla e Carol poderiam subir. Carla foi na frente, e quando Carol passou por Brian, ele segurou seu braço e disse:

         - A sua irmã vai ser a advogada de Kevin. Vamos nos ver em breve. Se possível, fique na casa dela quando os dois forem conversar.

         Depois de dizer isso em quase um sussurro, Brian a soltou e ela subiu as escadas. Alguma coisa naquele homem havia balançado seu coração. Era a primeira vez que isso acontecia há muito tempo. Não sabia dizer por que, mas queria vê-lo de novo.

         Quando chegaram na sala, Gustavo os cumprimentou. Eram amigos desde muito tempo, e sempre se viam. Quando as duas sentaram nas cadeiras, ele perguntou:

         - E o que as minhas amiguinhas vieram fazer aqui?

         - Eu queria saber se a Tati já se formou. – disse Carla.

         - Não vai dizer que você quer que ela seja sua advogada? – perguntou espantado. Ele nunca tinha gostado muito de Tati, os dois não se davam bem de jeito nenhum.

         - É, por quê? – disse normalmente. – Ela é uma advogada, e ainda é minha amiga. Eu sei que você não gosta dela, mas por isso não precisa nos impedir de fazer nossas coisas juntas.

         - Eu só me assustei por que ela é recém formada, e eu achei estranho você querer justo ela, já que sempre foi muito séria. – Gustavo tentou se desculpar.

         - Isso não importa agora. Você já tem o novo número de telefone dela? – perguntou Carla.

         - Tenho sim. Deixe só eu imprimir a ficha dela, lá você vai encontrar o telefone dela. – e entregou a ficha.

         - Nossa! Como ela mudou desde a última vez que a vi! Se a encontrasse na rua com certeza não a reconheceria! – disse Carla espantada.

         - Então vai ser ela mesmo? – perguntou Gustavo.

         - Vai sim. Bom acho que é só. Bye Gu! – e já ia se levantando, quando Gustavo pediu para ela se sentar de novo.

         - Tem outra coisa que quero falar com você. Sabe aquele senhor que desceu da minha sala antes de vocês entrarem? – perguntou ele.

         - E daí? – perguntou indiferente.

         - E daí que ele será o seu cliente. Deve estar te esperando para conversarem.

         - COMO PÔDE FAZER ISSO? EU DISSE QUE NÃO QUERIA NENHUM CLIENTE POR ENQUANTO! – explodiu Carla.

         - Calma Carla! – Carol tentou segurá-la, mas em vão.

         - Mas pense bem, Carla. Ele é cheio da grana e vai te pagar muito por resolver o problema dele. – ele tentava convencê-la.

         - MERDA! – gritou dando um soco na mesa. – Ai, porra de mesa dura! – e começou a balança a mão de dor.

         - Por que ela está tão irritada? – perguntou Gustavo cochichando com Carol.

         - Acho que brigou com o marido... – respondeu Carol no mesmo tom. Carla estava xingando tudo e todos, pois sua mão estava doendo muito.

         - Acha que é por isso que ela veio procurar um advogado? – continuaram cochichando. – E você acha que ela vai aceitar o cliente?

         - Eu acho que ela quer terminar com ele... – disse Carol. – E eu acho que ela vai aceitar mesmo contra vontade. O problema é que os dois encrencaram assim que se viram.

         E os dois ficaram assistindo Carla gritar e chutar tudo, como se estivesse ficando louca. Minutos depois ela parou o escândalo. Carol e Gustavo só ficaram esperando ela dar a resposta.

 

Qual será a resposta de Carla? E qual será o motivo de Kevin estar procurando um advogado?

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