Férias Malucas - Onde Tudo Pode Acontecer
Capítulo 47
O cara, que parecia um segurança pegou suas malas e disse, num tom sarcástico:
- Se quiser suas malas de volta, me siga. – e começou a andar pelo
aeroporto.
- Seu... seu... idiota! –
gritou em português e correu atrás dele.
Ele parou numa van prata, onde um motorista os esperava. Colocou as malas
no porta-malas e puxou Carol pelo braço, a colocando dentro da van. Assim que
ele entrou junto, a van partiu. Ela ficou olhando para ele brava, o encarando.
- Diz quem é você e por que fez isso! – disse com os braços
cruzados.
- Nossa Carol! Pensei que lembrava da minha voz! – disse o segurança
rindo.
- Ei, você tem uma voz conhecida... – e se aproximou dele e tirou o
chapéu e os óculos e puxou o cabelo dele.
- Surpresa! – disse Brian, se matando de rir.
- Brian, seu bobo! – disse Carol fingindo-se brava. – Eu devia ter
esperado essas coisas de você! – e foi abraçá-lo.
- Eu tava com saudades de você. – sussurrou no ouvido dela, a fazendo
corar.
- Eu também... – e ficaram abraçados mais um pouco.
- Como foi a viagem? – perguntou Brian, que jogava um playstation que
estava acoplado na van. Carol também jogava. Eram os dois contra o computador.
- Foi boa. Sem nenhuma grande novidade. E a Carla, como tá?
- Ela já acordou. Parece que está melhorando bem rápido. – respondeu
Brian.
- Espero que ela fique boa logo! E Brian, posso perguntar uma coisa? –
parou de jogar e olhos dentro dos olhos azuis dele.
- Pode sim. Mas o que é? – ele também se virou para vê-la.
- A Carla me disse que você passou mal no show da semana passada por que
eu tinha ido pro Brasil. Eu não acreditei no começo, mas não sei se ela tava
falando de verdade ou tava só tirando sarro de mim. Isso é verdade?
- Bom, é sim. – disse vermelhinho de vergonha (que fofinho).
E continuaram conversando mais um pouco. Até que Carol resolveu tocar em
um assunto que os dois não gostavam de falar muito.
- Bri, diz por que nós não podemos voltar. Eu ainda não entendo o
motivo.
- Carol, você sabe que me magoou naquele dia... – disse Brian,
tentando não olhar nos olhos dela.
- Brian, olha pra mim quando conversamos. – e virou o rosto dele para
olhá-la. – O que mais eu tenho que fazer para te provar que ainda te amo
muito? – perguntou, segurando para não chorar.
- Eu sei disso. Mas tem uma coisa que se você souber você não vai mais
ter essas idéias.
- Como você sabe? Nós ficamos juntos por pouco tempo, como pode ter
tanta certeza assim? – já tinham lágrimas que começavam a descer.
- Eu tenho certeza pois não sei se eu mesmo conseguiria perdoar uma
pessoa e... – Carol pôs os dedos na boca dele, o impedindo de falar.
- Fica quieto. Só ouve o que tenho para te dizer. – e entre lágrimas
constantes, começou a cantar:
I don’t care who you are,
Where you from
What you did
As long as you love me,
baby.
- O... que quer dizer com essa música? –
perguntou soluçando, tentando não chorar.
- Quero dizer que não me importo se você é ou deixa de ser um
Backstreet Boy, que não ligo se você é americano, japonês, alemão ou russo,
não me importo se você fez algo de não devia. O que importa é que você me
ame.
Brian não agüentou. A abraçou bem forte, como se fossem os últimos
momentos juntos. Os dois choravam Like a Child (ô música linda! Hehe). Brian
limpou as lágrimas do rosto de Carol e deu um beijo completamente apaixonado.
Ela retribuiu na mesma intensidade. E disse, assim que se soltaram:
- E... o que... esse beijo... significou?
- Quer namorar comigo de novo? Eu prometo que não vou mais ferir seu
coração. – disse segurando as mãos dela.
- B... Bri... Brian... Claro que eu quero! – e
partiram para mais um beijo. – Obrigado por me aceitar de novo!
- Era o que eu mais queria fazer! – e ficaram num clima romântico até
chegarem no hospital.
Todos estavam esperando os dois. Foram caminhando de mãos dadas até
perto da sala de espera, quando Carol parou e disse:
- Bri, podemos esperar para dizer que voltamos só depois? Eu queria que
a Carla estivesse junto quando falarmos. Pode?
- Claro, minha querida! Sei como a Carla ajudou bastante. Ela e o Kevin
deram vários empurrõezinhos para nós.
Entraram na sala sem mãos dadas. Todos foram recebê-los. Assim que
acabou a recepção, Carol foi ver a irmã. Entrou na sala devagar, e assim que
Carla a viu, quase teve um ataque.
- Ca... Carol? O que faz aqui menina? – perguntou assustada.
- Eu vim te ver. Fiquei super preocupada quando me disseram. Você tá
bem? – perguntou e foi sentar-se perto dela.
- Tô sim. Mas ficaria melhor se soubesse que você e o Bri finalmente
voltaram.
- Eu vou tentar voltar com ele. Você vai ver! – e deu um sorriso.
Ficaram conversando um pouco. Às duas, o boys tinham um ensaio para o
show daquela noite e as garotas foram junto, depois de muita insistência de
Carla. Ela tinha que fazer uma série de exames, e o médico disse que eles
poderiam atrapalhar.
Tudo corria bem, até que o médico queria fazer um raio-X geral, e Carla
não gostou da idéia.
- Mas doutor, não precisa fazer do corpo todo! Eu estou muito bem! –
disse Carla.
- Eu não sei se é verdade, e preciso fazer para saber se não tem
nenhuma outra parte do corpo com problemas. Não discuta. – disse o médico sério.
- Eu tenho certeza que esse exame vai ser inútil! – disse para ela
mesma.
Mas ela estava redondamente enganada. Duas horas depois, o médico entrou
no quarto e disse:
- Você vai ter que engessar o braço (depois eu conto a história sobre
isso). Alguns ossos saíram do lugar, e você precisa ficar com o local imóvel.
Nós só vamos esperar você receber todo o soro necessário para fazermos isso.
(Então, é o seguinte: eu sempre quis saber como é que é ficar com o
braço ou a perna engessada – não pensem que eu só penso em catástrofes,
pois não é verdade – e nem sou louca de fazer isso na vida real. Então a
minha única escolha é fazer isso na fanfic. Explicado?)
- Eu não precisava engessar o braço, estou muito bem assim! –
resmungou quando o médico saiu. E foi mexer as mãos. – Aaaiii! – e tapou a
boca, para não ouvirem. – Pensando bem, acho que não estou tão bem assim...
O pessoal foi fazer uma última visitinha antes do show da noite. Eles
insistiram para alguém ficar com ela depois do show, mas Carla negou:
- Nem em sonho! Vocês vão voltar exaustos do show. Não quero de jeito
nenhum que vocês percam a noite.
E ninguém conseguiu mudar sua opinião. Mas não poderiam ficar com ela
no dia seguinte, pois teriam ensaio, sessão de fotos e entrevista. Ficariam
quase o dia todo trabalhando. Foram para o hotel. Como Carol já havia voltado
com Brian, dormiriam no mesmo quarto. Antes de qualquer coisa, Carol preveniu
Brian:
- Brian, eu posso estar sendo
chata, mas eu ainda não estou pronta para ter relações sexuais com você.
Ainda preciso pôr as coisas em ordem, aconteceu tudo muito rápido. Não me
leve a mal, por favor!
- Tudo bem, baby. Eu nunca te obrigaria a nada. Não se preocupe. –
disse Brian, um pouco triste. Mas não deixou Carol perceber isso. – Ah, e eu
posso tirar minha roupa?
- Quer tirar toda a sua roupa na minha frente? – perguntou com
vergonha.
- É, por quê? – disse ele, enquanto tirava a blusa.
- Ai, Brian! Eu ainda não tô pronta pra você tirar toda a sua roupa na
minha frente! – disse virando o rosto.
- Tá bom, vou tirar o resto no banheiro. – e entrou no banheiro.
Assim que ele voltou, Carol o olhou de cima a baixo.
Ele estava com uma boxer azul. (lindo na minha opinião! Haha) Ela deu
uma pequena risadinha e disse:
- B-rok, é feio apontar!
- Quê? – Brian perguntou confuso. – Eu não estou apontando!
- Eu não falei com você, Brian! Falei com o B-rok! – disse dando
risada.
- Mas querida, eu tenho apelido de B-rok! – disse confuso.
- Você não sabe do que eu tô falando? – perguntou séria.
- Não faço idéia. Dá pra explicar? – perguntou Brian.
- Nossa! Desculpa, eu não sabia que você era tão ingênuo! – disse
olhando para ele. – Bom, B-rok é o nome de um amiguinho seu que está sempre
com você, desde o dia que você nasceu. – disse um pouco envergonhada.
- ??? – era a cara de Brian.
- Brian, você está deixando muito na cara que não gostou do que eu
falei assim que entramos no quarto. Assim eu me sinto culpada! – disse
corando. – Olha, vou ser mais direta: B-rok é como eu e muitas outras pessoas
chamam o seu amigo que está na sua boxer!
- Ah Carol! Você tá falando dele? – e apontou para a boxer. – Não
fica assim! Por mais que eu esteja com vontade, não vou fazer nada que você não
queira! – e começou a dar beijinhos nela.
- Ah, mas sei lá. Me sinto culpada de alguma forma! – disse
retribuindo os beijos.
- Não se preocupa com isso! Quando for a hora certa vamos fazer. Agora
vai colocar uma camisola para dormirmos, ok? – disse Brian, deixando Carol
pegar uma camisola e se trocar.
AJ e Rachel estavam no maior love
no quarto deles. Estavam delirando de prazer. Tudo estaria bem se não começassem
a bater na porta. AJ, muito irritado pela interrupção, gritou:
- Quem é o chato que tá me atrapalhando?
- No stress, bro! – disse Kevin. – É que sua mãe tá no telefone,
disse que não conseguiu ligar pra você no celular!
- Eu vou atender aqui! Passa a ligação pro meu quarto! – gritou AJ.
– Desculpa baby. Tenho que atender minha mãe. – disse, acariciando seus
cabelos.
- Tudo bem AJ. Eu sei como é ficar longe da mãe.
- Ainda bem que você me compreende! – deu um beijo na testa dela e
atendeu o telefone.
O
que será que a Denise quer falar com AJ? Como será que Brian vai agüentar a
vontade por tanto tempo? Que história é essa de chamar o amigo do Brian de
B-rok? Quando Carla vai sair do hospital? Descubra as respostas no próximo capítulo!