Férias Malucas - Onde Tudo Pode Acontecer

Capítulo 60

         Aos poucos as palavras estavam fazendo sentido. E essa demora toda estava deixando Carol e Rebeca irritadas. Já havia se formado uma frase, que dizia: “Se vocês acreditaram no que nós dissemos, vocês duas...”

         - Poxa, pára de enrolação e manda logo essa frase completa! – disse Rebeca irritada.

         - Seu desejo é uma ordem... – disse Carla se segurando para não rir.

         E finalmente mandaram a frase completa. Nela dizia: “Se vocês acreditaram no que nós dissemos, vocês duas são umas grandes tolas, pois nós não só passamos na facul, como também ganhamos propostas ótimas de emprego...”

         As duas deram um berro. Não estavam acreditando no que liam. Disseram que só acreditariam vendo, então Dany mandou por fax as propostas, fazendo as duas acreditarem.

         - Viram? – perguntou Dany rindo.

         - É, vimos sim... – disse Rebeca sem palavras.

         - Bom, seguinte: Nós vamos desligar pois ainda não escolhemos nossos empregos, esperamos que vocês escolham os seus e depois liguem pra gente, dizendo, ok? – disse Carla.

         - Aham... – disseram juntas. Logo depois Carla desligou o telefone.

         As duas continuavam paradas sem reação nenhuma. Até que Brian e Howie chegaram ao encontro das duas, e elas não disseram nada, só mostraram o fax para os dois, que ficaram muito felizes pelas suas namoradas.

         - Parabéns love! – disse Howie a enchendo de beijos.

         - O mesmo pra você, Angel! – disse Brian fazendo o mesmo que Howie.

         - Eu nem acredito! – disse Carol.

         - Parece que é mais uma brincadeira delas! – completou Rebeca.

         - Não fiquem assim, pensem que só receberam isso porque são boas mesmo. – consolou Brian.

         - Vocês são uns amores! – agora foi a vez delas os encherem de beijos.

         Depois de se recuperarem, todos foram para o restaurante terminarem o café da manhã. Encontraram Kevin, AJ e Nick tomando seus cafés. Os cumprimentaram e contaram da novidade. Todos ficaram muito felizes, e até fizeram umas brincadeirinhas:

         - Agora vai ser mais divertido ser entrevistado pelas novas redatoras que estão contratando, não é AJ? – brincou Nick.

         - É mesmo. As antigas eram muito chatas e bravas, e agora pelo menos sabemos que vai ser divertido! – continuou AJ.

         - Deixem de serem bobos! – disse Carol envergonhada.

         - Mas é verdade Angel! – disse Brian beijando seu pescoço.

         - E o mais difícil vai ser escolher em qual vamos entrar! – disse Rebeca.

         - Vocês têm que escolher a que realmente vocês querem, e não a que paga mais. – disse Howie segurando a mão de Rebeca.

         - Eu sei honey! – disse Rebeca o beijando.

         - É tão ruim ver os outros se beijando e pensar que seu amor está do outro lado do mundo... – comentou Kevin.

         - É... – disseram Nick e AJ juntos.

         - Não fiquem assim boys! Ela logo voltam, não se preocupem! – consolou Rebeca.

         - Esperamos que elas voltem logo mesmo... – disse AJ em nome dos três.

         E pouco tempo depois acabaram seus cafés e foram se arrumar para a entrevista na rádio, para depois fazerem um último show e irem para a Austrália, onde fariam mais dois shows, e encerrariam a turnê com shows em Orlando e New York. Tudo estava correndo como sempre, com muitas palhaçadas, mas com tudo na calma.

 

---No Brasil---

         Carla e Dany ainda continuaram conversando um bom tempo, rindo da reação de Rebeca e Carol quando souberam da verdade. Mas depois Dany foi embora, pois já estava ficando tarde e elas estavam cansadas.

 

---De volta ao Japão---

         O dia havia passado rápido, como se fosse um flash, e logo os boys já estavam subindo ao palco para fazerem seu último show no Japão. Rebeca e Carol ficaram no backstage discutindo sobre em que revista iriam entrar.

         - Mas você não acha melhor na People? – perguntou Rebeca.

         - A People pode até ser melhor, mas a Rolling Stones é a que mais entrevista os boys. – disse Carol.

         - Nossa, acabo de conhecer o lado interesseiro da minha amiga! – zoou Rebeca.

         - Hahaha! – e as duas caíram na risada. – Mas sério, acho que vou ficar com a Rolling Stones. – disse depois de rirem bastante.

         - Eu não sei... Só sei que quero ficar com uma internacional, vai ser bem mais fácil de ver os boys do que com a brasileiras, se bem que todo mundo sempre quis fazer parte da Capricho.

         - Ah, pode até ser, mas com propostas internacionais, eu descarto as brasileiras logo de cara. – disse Carol decidida.

         E ficaram discutindo sobre isso até o fim do show. Assim que o show acabou, os boys foram tomar um bom banho para arrumarem as coisas e irem para a Austrália. Quando chegassem, teriam o da livre para descansarem, para só depois começarem com a rotina de sempre.

 

---Brasil – 3:00pm---

         Carla e Dany estavam passeando no shopping (ô povo viciado em compras! Hehehe). Rachel não queria ir junto, pois disse que queria ficar escolhendo seu novo emprego, para se escolhesse a tempo ir já fazer o contrato e tudo mais.

         - Dany, já escolheu seu novo trabalho? – perguntou Carla enquanto olhava a nova Capricho.

         - Ainda não sei... Mas estou quase certa que vou ficar com a People... – disse em dúvida. – E você?

         - Estou pensando seriamente em escolher a Rolling Stones... Você sabe... – disse Carla. – Mas eu queria que quando já fôssemos experientes, nós mesmas criássemos uma nova revista.

         - Nossa, que idéia boa! – disse Dany. – Não esqueça que eu vou querer participar, hein?

         - Claro! Afinal somos amigas! – disse a abraçando.

         - Você é muito legal, Cá! – disse Dany.

         - Que isso! Você também é! – disse Carla.

         E as duas continuaram no shopping até mais ou menos uma 7:00pm. Depois cada uma foi para sua casa (no caso Carla foi para o hotel). Carla foi para o hotel, e quando passou pela recepção, a secretária tinha a chamado.

         - Tem recado para a senhorita. – disse a recepcionista.

         - Pode falar. – disse Carla.

         - Kevin, seu namorado ligou e disse que estava indo para a Austrália, e pediu para a senhorita ligar assim que chegasse. – disse o recado.

         - Ah, obrigada! – disse subindo até o seu quarto.

         Mal chegou e foi tacando as coisas no chão, tentando achar o telefone, que estava na cabeceira perto da cama. Quando entrou no quarto, viu uma sombra perto do armário e se assustou. Tentou sair, mas a porta foi trancada e alguém tapou sua boca. Alguém a segurou.

         Ela tentou se debater, mas estava sendo segurada com muita força. Ela sabia de quem era aquele jeito, aqueles braços. Sentiu que algumas lágrimas caíram pelo seu rosto. Quando finalmente foi solta, olhou para trás e viu o que não queria ver. Ele realmente estava ali.

         - Como... como descobriu onde eu estava? – disse assustada.

         - Eu sei de tudo honey. – disse segurando seu rosto. Carla não resistiu, sabia que era inútil. Ele a beijou, e ela não se soltou, mas também não retribuiu.

         - O que quer aqui? – disse com voz desafiadora.

         - Eu quero você, somente você. – disse (adivinha!) Rafael.

         - Mas você nunca vai me ter, pois eu já tenho alguém que me ama de verdade. – disse com um olhar superior.

         - Você acha? Que pena que nem tudo o que se pensa é a verdade... – disse a beijando de novo. – Hum... Vejo que seu braço já está se recuperando, não é? – disse olhando para o gesso.

         - Não é da sua conta! – disse rapidamente.

         - É da minha conta sim, pois fui eu que fiz isso. Se o loiro bobo não tivesse te salvado, você nunca mais teria aparecido para eles de novo, pois estaria comigo, somente comigo.

         - Não... acredito... – disse incrédula. – Mas se o Nick não tivesse me salvado eu com certeza morreria, e eu não creio que você ia querer me ver morta, não é? – provocou.

         - Eu sei que você é forte e ia conseguir sobreviver. Mas tem uma coisa: Se você não ficar comigo, garanto que não ficará com mais ninguém. – disse se aproximando cada vez mais.

         - Eu nunca vou ser sua! – disse com pé firme.

         - Vamos ver no final... – disse a deitando na cama. – Agora que estou me lembrando... Você nunca fez sexo comigo porque era virgem, e eu vou ser o primeiro a fazer você se sentir nas nuvens...

         - Eu... não... vou... fazer... sexo... com... você! – disse com medo.

         - Vai sim, pois eu estou falando que vai, garanto que não vou machucar... – disse tirando a blusa dela.

         Carla tentou resistir, mas Rafael começou a segurar o braço dela com força, fazendo-a gritar de dor. Aos poucos foi tirando a roupa dela e a dele também. Até que Carla estava somente de calcinha e sutiã, e chorava desesperadamente.

         - Eu não quero! – gritou enquanto ele tentava desabotoar o sutiã dela.

         - Você vai ver que está perdendo a virgindade com alguém realmente bom. – disse acariciando os seios dela por cima do sutiã mesmo.

         Carla continuava chorando, perguntando a si mesma o que iria acontecer. Depois começou a dar uns gemidinhos de leve, que não estava agüentando isso. Até que tomou uma decisão impulsiva, e gritou:

         - Eu não sou mais virgem!

         - Como não? – perguntou parando de fazer qualquer coisa.

         - Não sendo! Eu já fiz sexo mais de uma vez! – gritou com a voz meio baixa, pois o choro não conseguia ela ficar com postura firme.

         - Você preferiu o Backstreet babaca do que eu? – perguntou se enfurecendo. – Então agora que eu te obrigo. Você vai ver que eu sou muito melhor do que ele...

         - Nãoooooooooooo!!!! – gritou Carla. Ela se levantou correndo, tentando fugir, mas Rafael a segurou com força, muito mais do que antes.

         - Então já que não me quer, vou fazer você sofrer até aceitar! – disse Rafael pegando uma cinta.

         - O... que... vai... fazer? – perguntou entre soluços.

         - Conhece a palavra tortura? Pois bem. – disse começando a bater nela.

         Carla gritava de dor. A cada grito, Rafael a chicoteava com mais força, com a intenção de marcar o corpo dela. Foi batendo em todo o corpo dela, até que chegou nas pernas, onde começou a bater com toda a força, fazendo Carla se desequilibrar e cair no chão.

         - E então? Vai ceder? – perguntou enquanto batia cada vez mais.

         - Nunca! – disse Carla tentando agüentar a dor.

         - Então que se faça sua vontade! – disse Rafael.

 

O que será que vai acontecer com Carla? Ela vai ceder? Ou vai sofrer até a morte? E como que Kevin vai reagir quando souber da situação?

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