
Quando à noite olho o
céu desta larga janela
Vejo através da
talagarça neblina
Uma estrela infantil;me
parece mais bela
Que,por ser infantil,me
parece mais bela.

Ora se esconde,ora
ressurge,ora se inclina,
Aumentando o esplendor da
sua cidadela
Devo a Deus que me pôs em
contato com ela
O espírito do céu nesta
graça divina.

E pergunto a mim mesmo
extasiado de vê-la:
Quem viverá no corpo
ideal daquela estrela?
Quem nela se encarnou?Que
destino era o seu?

Será o amor que aquele
ponto de ouro encerra?
Ou a saudade que põe os
olhos sobre a terra?
Por não poder voltar a
terra onde nasceu.
Olegário Mariano
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