GEOVANE BRAGA

26/03/2007


 

Teoria Durkheiminiana
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 Consciência Popular no Carnaval

O francês Émile Durkheim (1858-1917) indica por consciência coletiva a soma de crenças e sentimentos comuns a medida dos membros das comunidades formando um sistema autônomo isto é, uma realidade distinta que persiste no tempo e une as gerações. Traçando um paralelo com a teoria Durkheiminiana iremos refletir sobre o carnaval que possui uma consciência popular muito forte na hora de produzir suas peças carnavalescas. Sendo assim, situemo-nos nos desfiles das escolas de samba do nosso país que, é sem duvida, uma das mais tradicionais maneiras de tentar construir uma socialização de valores culturais das nossas comunidades.

Entretanto, devemos perceber que o papel do carnaval perde espaço para a vulgaridade e para a violência das ações humanas. Levando em consideração, situações específicas visualizadas através do nosso site no livro de visitas constatamos de forma intensa a produção narrativa carregada de intenções agressivas que são externadas aos integrantes de diversas escolas. Essa tendência textual deve ser eliminada.

Podemos construir críticas saudáveis e inflamadas sem atingir os outros produtores da cena carnavalesca do Espírito Santo. Não é preciso verbalizar suas idéias dentro de um contexto violento e vulgar, as brigas não levam a nada, somente a uma desestruturação do movimento. Dentro desta visão, devemos ser maleáveis e levar os nossos desfiles ao ápice da soberania e do respeito. Sendo assim, devemos ser éticos com os amigos produtores do carnaval capixaba. Pois, o futuro do mesmo é com certeza uma árvore com frutos saudáveis e de grande extensão nacional. Tudo é uma questão de tempo, vamos aguardar. Porém, de forma ativa não vamos esperar apenas as migalhas estatais, vamos mover nossos braços e construí um sistema organizacional para o carnaval canela verde conseguir desenvolver uma performance de qualidade.

As comunidades precisam interiorizar as qualidades e não as divergências. Devemos ter plena consciência de poder de liberdade para construirmos nossas manifestações. As colhidas dos frutos do carnaval regional serão constatadas em futuro próximo. Vamos tentar um clima de união e de racionalização das manifestações cênicas do samba do nosso estado.

Afirmo e indico essa ação comportamental, porque tenho medo das atitudes do homem. O alemão Ferdinand Tonniess (1855-1936) afirma em sua analise dos fundamentos psíquicos das relações sociais, que constituem a trama de toda a coletividade humana em sua idéia, as relações são criações da vontade do homem ele defende o nível da memória consistindo que a capacidade de reproduzir atos próprios para atingir fins específicos, ao nível das atividades mentais.

Diante do fato, será que somos responsáveis por todo processo violento que assola nossa sociedade? Somos autores, somos criadores de todo o processo sociocultural. Vivemos na pós-modernidade onde as ações humanas, estão dentro de um liquidificador batendo vários sentimentos e estruturas emocionais abstratas como, por exemplo: de um lado temos o homem egoísta, individual, mecanicista, virtualista, capitalista  e frio do outro lado visualizamos um grupo aparentemente e excessivamente entretido nas ações litúrgicas  querem saber e  buscar o ponto da salvação espiritual querem a paz  , querem a humanidade realmente humana.

Contudo, devemos ter cuidados para não entrarmos em uma cilada, pois, existem grupos que utilizam as ações religiosas como ponto comerciais manipulando assim , o individuo que esta frágil e que não tem preparo intelectual e racional para identificar os picaretas que estão espalhados em todas as proposta religiosas .Diante das varias observações citadas acima ,   observemos  que cabe a todos lutarmos pela tolerância e pela solidariedade . Pois, chegará um dia que não vamos poder sai nas ruas . Devido a violência intensa . Por esse motivo, acredito que uma relação amigável , entre todos os grupos será muito importante. Os produtores da performance carnavalesca regional devem ter o papel de impulsionar a paz e retirar o estereótipo que as pessoas ligadas ao mundo do samba são agressivas e que o carnaval e uma data onde os indivíduos ficam entregues as atitudes violentas. De fato, e uma época onde muitas pessoas perdem suas vidas  devido a um universo infinitos de fatores que levam a perceber que e um momento que merece ter cuidados  . Vivenciamos uma alteração  no comportamento humano.  A postura maligna circula no meio. Portanto, precisamos  ser positivos e espantar o  diabo que vem estraga os nossos prazeres e que acaba com o nossa diversão . Algumas cidades já perceberem que o carnaval virou uma época de problema social. Sendo assim, as autoridades resolveram acabar com a nossa curtição a meia noite . Caros amigos da  cena carnavalesca precisamos perceber que algo errado acontece na nossa sociedade . Se continuarmos a permitir que os atos violentos sejam constatados dentro dos índices  da policia capixaba todos os anos  , não vamos ter paz e a cada ano não vamos conseguir mais apoio para desenvolvermos nosso carnaval no Sambão  do Povo . Se checarmos os números da segurança publica na época do desfiles das escolas perceberemos que não há  tantos sinais de violência mas as pessoas misturam as coisas podem acreditar que o nosso desfile também pode ter um armazenamento violento . Dificultando assim, a proposta das escolas de criarem um pólo industrial de desenvolvimento carnavalesco no estado do Espírito Santo onde irão gerar empregabilidade  para os moradores das suas comunidades Os desfiles minha gente e um produto cultural que vai trazer retorno econômico para o E.S . Portanto, senhores  e preciso assumir uma postura ética e colocar a respeitabilidade em pratica por que podemos colocar Tudor a perde .Os frutos podem ficar pobres a arvore pode secar e não vamos ter nem um incentivo para plantar outra arvore Diante de tudo , que foi contextualizado acima  traçarei um paralelo refletindo de forma  megalomaníaca  sobre o carnaval  capixaba e de forma rasteira e talvez errônea uma citação desenvolvida em 1887 onde Nietzsche afirma :

Situemo-nos, em troca , no final do ingente processo , ali onde a arvore amadurece por fim seus frutos , ali onde a sociedade e a eticidade  do costume trazem a luz , por fim , aquilo para o quem  eram tão –somente meio: encontraremos com  fruto mais maduro de sua arvore  o individuo soberano , o individuo igual tão – somente a si mesmo , o individuo autônomo supra - ético ( pois “ autônomo ‘’e ético” se excluem ) , em uma palavra , o  homem da duradoura  vontade própria , independente , que pode fazer  promessas – e nele  uma consciência orgulhosa , palpitante em todos os  seus músculos , daquilo que aqui se obteve  e por fim se  tornou  corpo nele , uma autentica consciência de poder e liberdade , um sentimento de plenitude do homem enquanto tal .

Vamos ser felizes! Vamos nos encontrar no próximo ano na avenida!

Abraços!

Geovane Leonardo Braga dos Santos
Bacharel em Comunicação Social, teatrólogo e professor universitário
geovaneteatro@hotmail.com