PODEMOS CRIAR
UM SAMBA ENREDO COM AS GOZADAS DESGRAÇADAS DE MARTA
(O CINISMO
HUMANO. É A HISTORICIDADE DO REGIME MILITAR)
E
Mentira tudo mentira! As relações humanas são traços das mentiras
desenvolvidas pela convicção da desrespeitabilidade coletiva ou individual.
O homem ingressou ou sempre esteve na moda dos falsos valores do cinismo?
Podemos observar que somos frutos de uma oposição radical , que são ativas as
regras e convenções socioculturais. No Espírito Santo percebemos os falsos
circularem na política e dentro das instituições litúrgicas e em qualquer
outra etapa social. O instinto da verdade esta abolida nas relações. As
máscaras estão espalhadas por todos os espaços. Sobre Nietzsche, em seu livro
"Fidelidade à terra, arte, natureza e política", Rosana Suarez assim falou:
A idéia de um mundo
submetido a sucessivos mascaramentos ou, mais radicalmente, construídos por
máscaras e disfarces ocorre bem cedo a Nietzsche. Ela se fortalece em torno de
uma concepção da linguagem cuja Tonica e a inadequação a discordância, o
desacordo entre linguagem e mundo, entre palavras e coisas. Por esse viés, o
tema do mascaramento do mundo vigora como correlato ao tema da “ tradução
traidora “ do mundo pela linguagem . Tema que , em principio, Nietzsche não
desenvolver com recursos inéditos . eles se encontram também em autores
contemporâneos que tematizam o caráter trópico ou metafórico da linguagem ,
pára mencionar essas noções – chaves dos escritos nietzschianos de 1872 a 1875
Focalizar o caráter metafórico das palavras equivale a sublinhar a distancia
inevitável contida na noção retórica de transposição , e ate a
incomensurabilidade , o salto entre as palavras e as coisas (Suares , 2003:
97 )
Essa citação vem mostra os mascaramentos
sociais que estão espalhados em todos os cantos ou grupos sociais . Não sou
santo. Entretanto, penso como um homem de verdade que pauta sua vida pela
transparência . As mascaras obviamente estão fincadas nos traços das
politicagens sujas. Não quero ofender os maravilhosos compositores de samba
enredo. No entanto, para tentar amenizar os sofrimentos de todos os
brasileiros. Acho viável criar um samba para criticar toda essa sujeira
estampa na nossa política. Estou extremamente estarrecido, com toda a
situação narrada nos últimos dias, pelos jornais. Os atores centrais dessa
novela mexicana carregada de mentira são os nossos desgraçados políticos .
Diante do fato , vamos analisar o texto e depois vamos tentar transformá-lo em
samba, pois só esse ritmo maravilhoso pode abafar nossas angustias . Sendo
assim , nesse artigo lembraremos da ditadura militar, e as verbalizações
inadequadas dos políticos que chocam a opinião publica.
Ouvimos nossa Ministra Marta Suplicy,
afirmar, que os problemas devem ser esquecidos. Devemos, relaxar e gozar
(Orgasmos múltiplos de preferência para não questionar sobre o tema) com
intensidade. Imagino as pessoas no aeroporto de São Paulo gozando
coletivamente. Nossa, fiquei até excitado quando a ministra falou em dar
uma gozadinha. Gostaria de gozar também! Adoro uma sacanagem! Uso
preservativo! Pois não quero contrair essa desgraça de HIV.
Não foi a primeira vez que ouvimos uma
besteira. Lembrar do presidente Fernando Henrique quando chamou os
aposentados de vagabundo? Relembraremos, das palavras do Deputado Clodovil
quando ofendeu as mulheres. Lembraremos, da deputada gorda que dançou quando
o colega não foi caçado. Outra lembrança, e a cueca suja do deputado carregada
de dinheiro. Não esqueceremos do senador Renam. Ele é suspeitamente o
empresário, que alcançar um índice de negociações que fogem da realidade
brasileira.
Vivemos em dias de tensão, pois podemos
perder nossa liberdade de expressão. Atualmente vivemos, uma tentativa de
bloquear algumas programações na televisão. É uma questão absurda, pois
temos o direito de escolher nossos produtos televisivos. Entretanto, os
políticos não podam suas falas. O povo deve ir para ruas para alcançar sua
soberania. Lutaremos pela moralização das ações políticas. O estado deve
atuar com serenidade e determinação sob o pálio da legalidade e espírito de
justiça respeitando o povo. Chamaremos os políticos de destruidores da nossa
nação e do povo brasileiro que tem fome de honestidade.
Sairemos da contemporaneidade e vamos
recortar a historicidade nacional. Lembramos Quando os militares assumiram o
poder e deram o golpe de 1964. Derrubando o governo do presidente João
Goulart. A ditadura instalada no país trouxe torturas, prisões. Muitos
artistas exilados e a vida cultural sofria nas mãos dos censores que investiam
em técnicas para podar todos aqueles que pretendiam, externar contra o regime.
Nos anos sessenta houve um movimento contestador que teve influência nas
manifestações artísticas e sociais causando um clima de pânico para os
promotores de teatro, pois os ideais da política corrosiva estava distante das
diretrizes propostas pelos grupos instalados no país.No final de 60, o teatro
era um segmento cultural de maior organização na luta contra a ditadura,
Conforme afirma Michalski (1989:33):
[O ano de 1968] talvez tenha sido o mais
trágico de toda a história do teatro brasileiro. A censura seja oficial ou
oficiosa, assume o papel de protagonista na cena nacional, desencadeia uma
guerra aberta contra a criação teatral, torna-se incomodamente presente no
cotidiano dos artistas. Já em janeiro o general Juvêncio Façanha (que no ano
anterior já havia mandado aos homens de teatro e cinema o ameaçador recado:
”Ou vocês mudam, ou acabam”) dá em público uma estarrecedora declaração, que
define com clareza a atitude do regime em relação à atividade cênica: “A
classe teatral só tem intelectuais, pés sujos, desvairados e vagabundos, que
entendem de tudo, menos de teatro”.
Várias montagens foram bloqueadas. Sobre o
ano de 1968, em relação à ditadura militar Schwarz, comenta:
Se durante algum tempo
após a instalação do regime militar ainda foi possível produzir cultura ligada
à ideologia socialista, a partir de 1968, o panorama sofria uma mudança
drástica. O regime se endurecia lançando o Ato Institucional nº 5, numa
resposta aos grupos que se haviam organizado em guerrilha, promovendo a luta
armada. A censura passava a atingir os melhores filmes, o melhor teatro, os
melhores musicais. "Será necessário trocar ou censurar os professores, os
encenadores, os escritores, os músicos, os livros, os editores – noutras
palavras liquidar a própria cultura viva do momento" (SCHWARZ, apud ANDRADE,
1997:20).
Os críticos da época eram discretos para não
ferir as regras impostas pelo governo. Mesmo assim, tentavam desenvolver, nas
entrelinhas, críticas contra o sistema. Décio de Almeida Prado no seu livro
Exercício findo (1987:15) faz a seguinte afirmação:
O exercício da crítica, em tais
circunstâncias, tornava-se também em parte um jogo de esconde-esconde, em que
as entrelinhas falavam às vezes com mais eloqüência do que as palavras. Não
nos podíamos furtar a obrigação de interpretar os enigmas propostos em cena –
isso não era difícil –, sem que as nossas considerações pudessem se
transformar eventualmente em acusações por parte do governo. Dedo apontando em
direção a alguém corria sempre risco de ser usado num indiciamento policial,
convertendo-se no famoso "dedo duro" da expressão popular e comprometendo
exatamente a pessoa ou companhia que se queria distinguir. [...] O teatro
caminhava entre o proibido e o permitido como sobre um fio suspenso no ar.
Qualquer passo em falso significava, se não a prisão, a possibilidade de
cancelamento do espetáculo, com prejuízos insuperáveis.
No final de 70, o governo patrocinava as iniciativas culturais . Construindo
e reformando espaços culturais e, principalmente, teatros e monumentos do
patrimônio histórico . Era um momento híbrido, pois de um lado tínhamos um
governo que apoiava as manifestações; e do outro lado, um governo arbitrário
que tinha como meta abolir os textos teatrais e os espetáculos indesejáveis.
Tudo isso traduz o paradoxo De um lado, o regime que investe na produção
teatral; de outro lado, esmaga os resultados por meio da censura e de outros
mecanismos de repressão.
Segundo Ana Maria Baiana (2006:114), "Depois
do AI-5 e ao longo dos anos 70, mais de 450 peças teatrais foram proibidas, e
um número infinitamente maior foi modificado pela ação de cortes dos
censores".
No Espírito Santo, por exemplo, a peça
infantil Chapeuzinho vermelho foi proibida de ser montada, sem maiores
explicações. Esses detalhes históricos apontaram toda desonestidade
instalada no nosso pais. Precisamos impedir essa política suja. Nas próximas
eleições não vamos eleger esses desavergonhados
Vamos ser felizes! Vamos
nos encontrar no próximo ano na avenida!
Abraços!