• CAIXA DE GUERRA – reforça e mantém o andamento ditado pelos surdos. Entre os instrumentos pesados", é responsável pelo molho, pelo floreio.
  • REPIQUE – é o pedal da caixa de guerra, como se um fosse a resposta do outro. O somatório do som dos dois dá o suingue para o peso, como dizem os ritmistas (no andamento do ritmo, vêm sempre: surdo, caixa, repique; surdo, caixa, repique)...
  • TAROL – parecido com a caixa, mudança de afinação, apenas algumas baterias usam algumas caixas com afinação de tarol.
  • BERIMBAU - Originário da África. Foi trazido para o Brasil pelos escravos africanos (bantos), em dois formatos: berimbau-de-boca e berimbau-de-barriga. Este último, serviu para auxiliar aos vendedores ambulantes na época colonial, e depois para acompanhar o jogo da Capoeira. O berimbau-de-barriga, compõe-se de um arco de madeira, geralmente de biriba, de mais ou menos metro e meio de comprimento, no seu formato original. Uma corda de metal (arame). E uma caixa de ressonância, que é uma pequena cabaça cortada, amarrada com barbante na parte anterior do arco. O tocador usa uma varetinha de madeira (para percutir a corda). Uma moeda (dobrão) ou uma pedra. E ainda uma espécie de cestinha cheia de sementes (caxixi) para marcar o ritmo.
  • XEQUERÊ -De origem africana, também chamada de AGBÊ ou simplesmente CABAÇA (fruto selvagem) que serve de utilitário doméstico. Usado como instrumento em cultos afro - religiosos e em brincadeiras que tem a mesma origem. São agitadas as miçangas ou sementes que a revestem em forma de rede para produzir um chocalho que sustenta os intervalos rítmicos.
  • CONTRATEMPO - Tambores cilíndricos de madeira (compensado), com mais ou menos 80cm de altura, no seu formato original, usados nos Blocos Tradicionais Maranhenses, também de origem africana. Possui sonoridade "super grave". Composto de apenas uma pele, semi-aros e esticadores de ferro. Serve para produzir a variação e marcação do ritmo no momento oposto do tempo, executado com as mãos diretamente no instrumento.
  • RITINTA - Antigamente usadas nas batucadas de carnaval do Maranhão, substituindo a caixa de guerra ou tarol. Atualmente usados nas baterias dos Blocos de Índio e dos Blocos Tradicionais, fazendo a base rítmica para o contra-tempo. Possui forma cilíndrica, de chapa de ferro, com mais ou menos 18cm de comprimento e arco de 06 polegadas. Sua sonoridade é "super aguda". E é percutido com duas varetinhas.
  • CAIXA DE DIVINO - Instrumento de formato cilíndrico, de madeira ou flandres, composto de duas peles de animal em cada extremidades, sustentadas por aros e semi-aro de madeira de jenipapo. E a finado com punho de rede. Tem origem européia e foi absorvido pelos negros maranhenses para acompanhar procissões em louvor ao Divino Espírito Santo. Em outro momento serve para animar a dança do cacuriá (folclore maranhense). A Caixa de Divino é percutida com duas baquetas, usadas por mulheres chamadas de caixeiras. Mede aproximadamente, 35cm de comprimento, com arco de 14 polegadas, em seu tamanho original.
  • SURDO DE MARCAÇÃO OU TREME-TERRA - Tambor cilíndrico de chapa de ferro ou madeira, de sonoridade "grave". Serve para marca e/ou alimentar o ritmo, composto de duas peles de nylon couro de animal, opostas, presas sob tensão, através de vergalhões e barra chata de ferro, que servem de aros. Os aros variam entre 20 e 24 polegadas e medem geralmente 60cm de altura, no seu tamanho original. Foi largamente usado nas batucadas maranhenses e, hoje, usa-se também nas Escolas de Samba e nas baterias dos Blocos Afros.
  • SURDO DE CORTE OU SURDINHO - Tocado com uma baqueta. É similar ao surdo de marcação, porém, são confeccionadas com aros de 16 ou 18 polegadas. Serve para sustentar o ritmo em forma de contra tempo.
  • SURDO DE 1ª (o maior) - é a base da marcação do samba, dá o andamento da bateria.
  • SURDO DE 2ª – responde à batida do surdo de primeira, formando a cadência do samba.
  • SURDO DE 3[ – marca entre os dois, suingando, quebrando a dureza das duas batidas
  • RECO-RECO - Construído de madeira ou bambu, numa base onde será aplicado corte feitos a serrote. O som é produzido por meio de fricção de uma pequena vareta. É também usado na África.
  • ADUFE - Também chamado de Tamboretes, conforme o tamanho. Instrumento de origem africana, de formato quadrado. Geralmente usa-se pau-d’arco ou outro tipo de madeira resistente na sua construção. Pode-se pôr pele de animal só de um lado, ou de ambos os lados, presas com taxa de sapateiro. Por muito tempo, no interior do Estado do Maranhão, o adufe foi usado para acompanhar o Bumba-meu-boi, e em seguida foi substituído pelo uso do Pandeirão.
  • TAN-TAN - Variam de nome, comprimento e aro, conforme a região. Lembra os tambores afinados a fogo das batucada maranhense. De formato cilíndrico, com uma das extremidades fechada por um couro de animal. Pode ser construído com madeira (compensado 4mm) ou folha-de-flandres. É também conhecido por marcação de mão, rebolo, etc.
  • REPIQUE - Funcionam com duas baquetas finas, ou duas varetas, ou com apenas uma baqueta que serve para misturar e ou repinicar o ritmo. Pode ser confeccionado com chapa de flandres ou madeira. O seu formato cilíndrico é fechado com duas peles de animal ou nylon, nas extremidades. Registra-se também, a fabricação de repiques de madeira com apenas uma pele, geralmente, com aros que variam de 10 a 14 polegadas.
  • CLAVES - É um tipo de objeto que serve como instrumento para marcar e ou acompanhar o ritmo. Dois pedaços de cana; de paus de vassouras, jacarandá, biriba ou pau d’arco, que se batem um no outro. Servem também: barras ou tubos de metal, prego grandes, colheres ou garfos, peças de motor etc.
  • MARACÁS - Instrumento que no Brasil aprendemos a usar com os indígenas, é confeccionado de diversas formas, tipo uma espécie de caixa que se agita, tendo dentro: sementes, pedras, arroz, grãos ou chumbo de caça. Podem ser confeccionados de cabaça, chapa de flandres, garrafas vazias, de vidro ou de plástico; de caixa de charutos ou de medicamentos; com latas de leite, de tinta, ou de pomada, a que se pode até aplicar um pequeno cabo.
  • REPINIQUE - Funcionam com duas baquetas finas, ou duas varetas, ou com apenas uma baqueta que serve para misturar e ou repinicar e fazer variações rítmica. Pode ser confeccionado com chapa de flandres ou madeira. O seu formato cilíndrico é fechado com duas peles de animal ou nylon, nas extremidades. A altura musical é super agudo, devido os aros que variam de 06 a 10 polegadas. Até hoje, esse tipo de instrumento é usado nas batucadas do Maranhão, Escolas de Samba e Blocos Afros.
  • AGOGÔ - Instrumento em forma de duas campânulas de ferro, "grave e agudo". De origem africana e usado também nos rituais afro-brasileiros, que se iniciam com as batidas do agogô para que os tambores sagrados dêem o ritmo que será mantido na cerimônia. No Brasil, também é usado nos grupos populares de samba, nas baterias de carnaval, nas orquestras dos blocos tradicionais do Maranhão e nos blocos afro. Recebe o nome NGONGE entre os povos bantos. É chamado de RUBEMBE, entre os povos de Luanda. E de GAN, entre os sudaneses.
  • PLATINELA - Confeccionada com duas tabuinhas pequenas, que se pregam paralelas a duas pequenas ripas. As tabuinhas são separadas por obstáculos de 1cm. É tocado batendo as tabuinhas na outra mão, que serve de efeito sonoro durante uma execução rítmica.
  • RECO-RECO DE LIXA - Construído com dois pedaços retangulares de madeira com lixa de ferro grossa, pregada nas faces.
  • ATABAQUE - Instrumentos sagrados responsáveis pelos toques (ritmos) aos orixás (deuses africanos). Instrumentos estes, que atingem por suas vibrações o contato entre os orixás e os médiuns, cujos responsáveis pela sua execução, são conhecidos como alabês ou ogans, de grande responsabilidade nos cultos afros. É usado também em outros momentos de execução percussiva.
    Os Atabaques são também chamados de Rum, Rumpí e Lé, e a suas alturas musicais são: Grave, Médio e Agudo, que compreende as notas DÓ, FÁ e SOL. · O Lé, chama o toque determinado pelo Agogô; · O Rumpí, faz a base do ritmo, que é chamado de marcação. Diz-se marcar o toque da nação. Rum, é o mestre, pois se destaca muito mais, fazendo a variação do ritmo, chamando os orixás (deuses africanos) para a dança de rica coreografia, especialmente quando o repique ou dobra do mesmo.