Armas: De prata, cinco faixas ondadas de azul. Timbre: um golfinho de prata, sainte de uma capela de ramos folhados de verde e floridos de ouro.

20 – TÁVORA

Remotíssima e de nobre origens esta família cujo nome toponímico deriva do rio com esta designação ou do de uma vila junto a ele e que também se chamava de Tavora. Diz-se que os mais primitivos Távoras foram os fundadores do Mosteiro de São Pedro das Águias. Documentadamente, contudo, não se pode recuar a épocas anteriores à primeira metade do século XIV e a Lourenço Pires de Távora, cavaleiro e senhor do Minhocal, por mercê de D. Pedro I, bem como do couto de São Pedro das Águias. A família dos Távoras é uma daquelas, raras, que teve uma ascensão nobiliárquica constante, tendo exercido os mais elevados cargos e funções desde o século XIV até à brutal extinção do seu ramo primogênito, o dos Condes de São João da Pesqueira e Marqueses de Távora, em 1759, e pela iníqua sentença executada em 13 de Janeiro daquele ano. Por ela se determinou também a proibição do uso deste nome e do das respectivas armas. Depois da morte de D. José I e do conseqüente afastamento do seu onipotente ministro do poder, os familiares dos Távoras sobreviventes conseguiram que o processo de que resultara a sua condenação fosse revisto. Por ordem expressa da Rainha D. Maria I se reuniu então um tribunal constituído por dezoito magistrados, que na madrugada de 23 de Maio de 1781 decretaram por esmagadora maioria a total inocência da família Távora, redigindo-se uma sentença nesse sentido. Mas porque esta implicava a mais brutal e feroz injustiça por parte de seu pai, afinal o primeiro responsável da primitiva sentença condenatória, aquela soberana jamais teve a coragem de promulgar expressamente a nova. Encontra-se a representação da chefia desta família na Casa dos Condes da Ribeira..

 Fonte: Genea Portugal