COMO DIRIGIR UM GRUPO DE PESSOAS?
Muitos ainda pensam que basta ter o título de Diretor, de Chefe, ou de Mestre para que isto dê um prestígio talm que todo o grupo vai obedecer, automaticamente, à pessoa que dirige, simplismente por ter sido investida de "autoridade".
Para se ter realmente autoridade, é necessário, para a pessoa que dirige, não ter somente uma série de qualidades, mas ainda ter aprendido o ofício da direção. Muitas pessoas levam dezenas de anos para tomar consciência de que certas atitudes não as levam ao êxito na direção.
São estes conhecimentos que iremos abordar agora.
1º - A necessidade da direção:
É o fato observável por todos que qualquer grupo social precisa ser dirigido por pessoa que o guie para atingir os objetivos comuns ou satisfazer os interesses dos seus membros.
A procura de maior liberdade, é a motivação proofunda do homem e da sociedade. A sua dependência às autoridades chamadas também de Alienação ou Heteronomia é o que constitui a maior doença soocial dos nossos tempos.
Dentro de qualquer grupo social, o líder é a peça mestra, catalisadora das energias individuais. Deve-se, por conseguinte, dar atenção toda especial aos dirigentes, quando se quer criar, modificar ou aperfeiçoar uma coletividade, seja nação, empresa, associação ou turma de alunos. Deve-se tomar cuidado, não somente na sua escolha, mas também na sua formação e no seu aperfeiçoamento.
Para poder formar os futuros dirigentes, é preciso descobri-los o mais cedo possível, para o que é necessário organizar um sistema de seleção que permita, dentro de um grupo qualquer, reconheceer os futuros líderes. A psicotécnica presta grande auxílio neste sentido.
2º - Que é um líder?
"Lider é todo o indivíduo que, graças à sua personalidade, dirige um grupo soocial, com a participação espontânea dos seus membros".
Qualquer indivíduo só poderá ser considerado com líder se, pela sua personalidade:
1o) dirige um grupo social; e
2º) tem a participação espontânea do grupo.
Os chefes, diretores, presidentes, supervisores, professores, gerentes, dirigem mas não são líderes enquanto não obtêm a participação espontânea do grupo.
Vice-versa, indivíduos que pela sua personalidade podem obter a participação espontânea do grupo, são apenas líderes virtuais e só se tornam lídres reais quando dirigem.
Muitas vezes, um indivíduo torna-se líder porque tem a personalidade necessária par uma situação particular de liderança.
Os estudos de psicologia da aprendizagem mostram que os indivíduos rendem muito mais quando interessados. E o líder sabe interessar os membros do seu grupo.
A produtividade de um grupo nessas condições é sempre maior que a de um grupo dirigido por um chefe ou diretor, mas não líder.
Eis a diferença: O chefe se contenta com tarefas; o líder consegue entusiasmo, interesse pelo trabalho e cooperação.
3º - Direção:
Todo o mundo sabe que há várias maneiras de dirigir, sendo que se podem distinguir três tipos de direção, que são os seguintes:
Podemos representar estes três tipos de direção num triângulo, em cujos ângulos se situam estas três maneiras de agir na direção.
O dirigente autocático provoca, em geral, revolta nas pessoas que ele dirige, ou, então, uma passividade completa que se pode resumir da seguinte maneira: "É melhor fazer o que ele quer, mesmo se eu achar que ele vai levar o empreendimento ao fracasso; não adianta discutir; a culpa será dele e não minha; também não vou fazer um pingo a mais do que ele me ordenar".
Em geral o dirigente deste tipo é uma pessoa muito insegura, que tem receio de assumir responsabilidades. Este não dá instrução nenhuma, cada um de seus auxiliares faz oque quer e como bem entende. Na divisão do trabalho, na repartição das responsabilidades, a confusão é completa. A sua direção gera atritos e desorganização entre seus funcionários.
O lider é a pessoa que procura dirigir com a cooperação, a participação espontânea e a boa vontade das pessoas que ele dirige
O lider consegue comunicar aos seus colaboradores equilíbrio, alegria em trabalhar e em cooperar, enfim, produtividade máxima. Grande parte disto provém de suas qualidades pessoais, as quais descrevemos da seguinte forma:
1) Autocontrole. - O lider é uma pessoa que controla as suas reações. Ele não se deixa levar pelos seus impulsos; quando alguém fica malcriado com ele, procura, antes de tudo, compreender por que a pessoa, mesmo se for seu subordinado, se mostra irritada.
Quando surge um conflito entre pessoas, o líder costuma reunir estas pessoas para analisar as causas do conflito, e resolvê-lo, com a participação de todos os interessados.
4º - Como obter a cooperação dos dirigidos?
O líder proocura, antes de tudo, compreender as pessoas. Para isto ele tem de sentir dois pontos essenciais que os empregados costumam esperar de seus chefes:
RELAÇÕES HUMANAS ENTRE OS GRUPOS
Não bastam boas relações entre as pessoas e entre os lídres e seus grupos paa o empreendiemento ser levado ao êxito: é imprescindível, ainda, os grupos se entenderem entre si.
I - RELAÇÕES HUMANAS ENTRE EQUIPES:
Sem relações humanas, não há organização racional possível, a má vontade, a desconfianá, tanto entre as pessoas como entre os grupos; entre as primeiras providências a tomar na organização de uma empresa figura a divi clara a nítida das atribuições entre cada grupo de trabalho.
1º - É necessário deteerminar o trabalho de cada equipe e não deixar que outra equipe invada o trabalho de outra que iria gerar conflitos entre os mesmos.
LIDERANÇA DE REUNIÕES
É nas reuniões que se estudam melhor os assuntos de interesse comum e que se estudam melhor os assuntos de interesse comum e que cada um traz o seu ponto de vista e a sua maneira de encarar a solução.
É nas reuniões, também, que os chefes êm oportunidade de ouvir as queixas, reclamações e também receber sugestões quanto à melhoria do trabalho, ao aperfeiçoamento dos processos técnicos ou quanto às necessidades de cada um.
É também o maior instrumento educacional para se conseguir maior cooperação e produtividade na empresa.
Primeira atitude: De realizar uma certa tarefa ou tomar uma decisão. Esta reunião poder-se-á char tipo informativo.
Segunda atitude: Antes de tomar a decisão, o gerente quer teer a opinião dos mestres que ele dirige. Convoca-os para uma reunião e informa-os do problema.
Depois da reunião o gerente toma a decisão que bem entender. Esta reunião é do tipo coletora de opiniões.
Terceira atitude: O gerente depois de longa meditação chega à conclusão e justifica o motivo colocando os funcionários o porque que tomou essa decisão.
Quarta atitude: - O gerente estuda o asunto a fundo e pensa conhecer as soluções possíveis, porém, como líder que ele é, sabe que seu grupo talvez tenha solução melhor, pois nem todos são oniscientes, ainda mais quando cada um executa tarefas diferentes visando a um objetivo comum.
O gerente-líder sabe que os seus auxiliares e colaboradores estão a par, pelas suas atribuições, de uma série de detalhes que ele mesmo desconhece por completo..
Por fim, o gerente, todo satisfeito, agradece a colaboração de todos, que foi de grande utilidade.
Para bem compreender o que se passa na cabeça de uma pessoa que participa de uma reunião, é necessário entender perfeitamente a maneira com a qual as pessoas costumam pensar e resolver um problema. É o que descrevemos a seguir:
Em primeiro lugar as pessoas costumam reconhecer o problema e definí-lo.
Uma vez bem esclarecida a natureza do assunto, surge o interesse para encontar uma solução. Então se faz uma análise do caso, procuram-s as causas que o provocaram, fazendo um resumo de todos os fatos em torno do problema, avaliando-se um a um. Durante esta análise surge esboço de soluções que constituem conclusões provisórias; digo provisórias proque há ainda necessidade de verificar se elas estão certas. Uma vez feitas estas verific’~oes chega-se à conclusão definitiva.
São , por conseguinte, quatro fases pelas quais passa o pensamento quanto estudamos um problema.
Para dirigir uma reunião é necessário fazer com que todos os membros do grupo passem e seu pensamento individualmente por estas quatro fases. Não adianta, por exemplo, entrar no debate se o problema ainda não foi bem definida para cada um.
As ases de uma reunião liderada devem, por conseguinte, seguir as fases normais do pensamento humano. São elas as seguintes:
PRIMEIRA FASE: definição do assunto ou do problema - O ideal é escrever o problema no quatro-negro, que é o instrumento indispensável de uma reunião.
SEGUNDA FASE: debate do problema ou do assunto - É a fase duradoura a qual cada um dos membros do grupo traz experiências pessoais a respeito do problema, dando exemplos concretos, analisando as causas.
TERCEIRA FASE: aceitação - Essa fase é capital, pois é nela que todos procuram as soluções, debatendo qual a melhor, e chegando às conclusões que são consideradas provisórias, por constituírem ainda objeto de um debate.
QUARTA FASE: resumo da conclusão - As conclusões são escritas no quadro-negro a fim de que todos possam lê-las e verificar se ainda há allguma discordância: neste caso a reunião fará uma regressão à fase anterior.
Existe uma série de fenômenos psicológicos que se passam dentro das pessoas durante as reuniões e que não escapam às observações de um dirigente treinado.
Um deles é o que os psicanalistas chamam de catarse, que não é nada mais que o que o senso comum chama de desabafo. Acontece que em certas empresas o ambiente fica carregado, criando assim uma atmosfera de tensão, de revolta, de medo, formando uma carga de desconfiança em torno dos líderes; esta tensão pode ser aliviada, justamente através da catarse.
A linguagem é uma arma muito potente nas comunicações, pois é ela que leva os indivíduos a se entenderem entre si; no entranto, pode também gerar conflitos e imcompreensões. Devemos ter grande cuidado com muitas palavras têm dois, três ou mais sentidos diferentes.
A linguagem ideal para o líder, por incrível que pareça, é o silêncio. Quanto mais ele se calar, maior é a participação do grupo que dirige; e, como já vimos, participação gera cooperação. O dirigente que fala muito durante as reuniões, é uma pessoa que inibe o grupo ou provoca a sua passividade. Por isso o líder deve utilizaar-se d perguntas, podendo distinguir-se vários tipos (hannaford).
PRIMEIRO TIPO: a pergunta geral - exemplo: "O que os senhores acham a respeito de tal e tal problema?" é a pergunta dirigada ao grupo todo.
SEGUNDO TIPO: a pergunta direta - exemplo: "O que o senhor acha?" é a pergunta dirigida diretamente ao indivíduo; deve ser feita com muito cuidado, pois provoca, em geral, angústia, e inibição na pessoa que a recebe.
TERCEIRO TIPO: a pergunta rvertida - exemplo: um dos membros do grupo faz uma pergunta ao dirigente; este, porém, não quer responder para não infllluenciar o grupo com as suas próprias opiniões. Neste caso, responde simplesmente à pergunta com outra pergunta.
Os motivos de fracassos são inúmeros. Descreveremos a seguir alguns:
. Tipo inadequado de reunião
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