Madeira
VANTAGENS/DESVANTAGENS
Vantagens
Economia
Em
relação ao custo, a construção de
uma casa pré-fabricada é, em média, cerca de
30% abaixo do custo da alvenaria.
Isto em casas de médio padrão,
as casas de padrão mais elevado tem valores muito parecidos às
casas convencionais.
Prazo de execução
Os
prazos de execução são bem interessantes.
Geralmente um imóvel de dois dormitórios, 60 m²,
leva 30 dias para ser
executado; uma casa de 100 m² a 110 m²,
60 dias; e de 180 m², 90 dias. Uma casa de alvenaria do mesmo
porte exige
cerca de quatro a seis meses.
Conforto térmico
O
conforto térmico é outro diferencial que deve ser
analisado. A madeira já é, naturalmente, um bom isolante
térmico, o
que significa que no calor a casa fica mais fresca;
e no frio, mais quente.
Durabilidade
O
mito de que casa de madeira pega fogo, ou cupim, também
não faz mais sentido em pleno século 21. O mercado
não
aceitaria um produto com tal vulnerabilidade. Uma das
espécies de madeira utilizadas na construção é a
maçaranduba,
bastante densa e resistente, justamente para
poder oferecer qualidade e garantia aos clientes quanto a defeitos
de
fabricação e extrema durabilidade.
Praticidade
Há de se levar em conta também a praticidade e economia
na obra. Durante a construção, não é possível
sequer comparar
o desperdício de material, sujeira e complicações
entre uma obra pré-fabricada e outra de alvenaria. Aliás,
a praticidade da
construção vai muito além da
obra. Uma possível ampliação ou alteração
de projeto é muito mais simples, viável e causa,
sem
dúvida, menos transtornos no caso de reformas.
Desvantagens
Teor
de umidade
Muitas
propriedades da madeira são afetadas pelo teor de
umidade presente nas peças. O comércio de madeira serrada
para fins estruturais não leva em consideração
essa característica da madeira e a as peças acabam
secando sem muitos
cuidados e avisos, freqüentemente já em
uso, facilitando o aparecimento de rachaduras e a possibilidade da
peça empenar.
Já isso não acontece com a madeira destinada aos usos
em que a estabilidade dimensional é um requisito muito importante.
Já não é difícil adquirir madeira para
pisos, esquadrias e revestimentos, com teor de umidade adequado.
Esse tipo de
madeira é chamado de madeira seca em estufa ou "madeira
estufada".
Em
muitos casos, não se especifica o teor de umidade médio
e os respectivos valores máximo e mínimo recomendados
para
o local de aplicação das peças o que pode
resultar em mau desempenho das mesmas.
Defeitos naturais e de processamento
A
existência de defeitos naturais como por exemplo os nós,
ou defeitos de processamento, como empenamentos e
rachaduras, afetam
a qualidade e desempenho das peças de madeira serrada.
Para
adequar a qualidade das peças às necessidades
dos consumidores, existem normas de classificação que
distribuem
as peças produzidas em classes de qualidade. Essa
distribuição pode ser realizada de acordo com três
sistemas básicos de
classificação, conforme
segue:
Classificação
por defeitos
Este
sistema, que também é conhecido como classificação
por aparência, é utilizado freqüentemente em madeiras
de
coníferas e em madeiras de folhosas classificadas para
mercados especiais.
A
classificação por defeitos pressupõe que
a peça de madeira será utilizada nas dimensões
originais, portanto não poderá
ser cortada em outras
dimensões que não sejam as originais.
Classificação
por rendimentos de cortes limpos
O
uso desse sistema para classificar tábuas e pranchas, pressupõe
que as mesmas serão recortadas em peças menores.
Basicamente
consiste em obter porções retangulares livres de defeitos
em um lado da peça e relacionar a área total dessas
porções limpas com a área total da peça,
obtendo, dessa forma, o rendimento.
As
classes são estabelecidas de acordo com: dimensões
da peça; dimensões dos cortes; número de cortes;
e rendimento
de cortes limpos.
Classificação
por uso final proposto
Este
sistema inclui dois sub-grupos de classificação
de acordo com o uso final da madeira: Classificação
para uso em
estruturas, onde as propriedades mecânicas são
decisivas e Classificações específicas, onde
as peças são fornecidas em
dimensões exatas
para usos bem definidos.
A
classificação para uso em estrutura pode ser feita
pelo método visual ou pelo método mecânico. No
primeiro caso, a
classificação está baseada
no fato que os defeitos afetam a resistência e a rigidez das
peças de madeira. As regras de
classificação
especificam tolerâncias para os tipos de defeitos, seu tamanho,
quantidade e posição, que devem ser
comparados visualmente
pelo classificador, peça por peça. Já na classificação
mecânica, realizada automaticamente em
máquinas informatizadas,
o princípio de classificação baseia-se na relação
entre o módulo de ruptura na flexão e o módulo
de elasticidade.
Situação
no Brasil
Apesar
da série de vantagens de caráter industrial
e comercial da padronização de medidas e de qualidade
da madeira
serrada, que beneficiam tanto os produtores quanto os
consumidores, no Brasil as peças de madeira empregadas na
construção civil são especificadas em dois extremos:
- madeira
não selecionada que compreende todo o produto
da tora exceto as peças inaproveitáveis. Esse sistema
prejudica
o produtor, pois peças sem defeito e que às
vezes são utilizadas num uso que poderia aceitar alguns defeitos,
são
comercializadas sob um mesmo preço de uma peça
com defeitos;
- madeira
de primeira qualidade em que as peças praticamente
são isentas de defeitos. Neste caso, pedaços significativos
de madeira são desprezados na serraria constituindo um sério
problema de descarte e um evidente desperdício do recurso
florestal. Por outro lado, o consumidor fica desprotegido pois não
há uma definição do que seja madeira de primeira
o que
gera dúvidas no momento da inspeção de
recebimento.
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