Jesus Cristo, o Mestre que viveu em Nazaré e revolucionou a maneira de ensinar, pregava através de parábolas. Para maior entendimento, utilizava-se dos recursos da natureza e dos costumes da época. Praticou curas e milagres, demonstrando ser O Messias. Jesus orava, pregava e curava. Foi o seu testemunho que dava credibilidade aos seus ensinamentos.
No Evangelho de Mateus, capítulo 16, versículo 15, Jesus pergunta ao Apóstolo Pedro: -"E vós, quem dizeis que eu sou?"
Ao que Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo".
Quem é Jesus
O Evangelho de São Lucas nos diz claramente quem é Jesus, no primeiro capítulo a partir do versículo 28. Conta-nos que o Anjo Gabriel, mensageiro de Deus, apareceu a Virgem Maria e revelou que ela seria a Mãe do Messias tão esperado pelo povo Judeu e que seria concebido pelo poder do Espírito Santo de Deus. Nos versículos 31 a 35 está contido o núcleo da revelação: "Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu Pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó; e o seu reino não terá fim. (...)O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus"
Também no Evangelho de São João, no primeiro capítulo, encontramos a explicação de quem é Jesus Cristo : "No princípio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito. Nele havia vida e a vida era a luz dos homens. (...) O Verbo era a verdadeira Luz que vindo ao mundo ilumina todo homem. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós(...).
Observamos que o Filho de Deus participa da obra da criação junto com o Pai e o Espírito Santo, e que o mesmo Espírito criador gera em Maria o Cristo, ou seja, Deus encarnado
A missão
de Jesus
Podemos também notar a importância do nome das pessoas na Bíblia, que sempre trás consigo uma missão determinada por Deus. No episódio de Abrão Deus muda seu nome para Abraão, que significa pai de muitos povos- e o de Sarai, sua mulher, é mudado para Sara mãe de reis. Assim acontece com Jesus Deus Salva e Cristo Messias.
Portanto, Jesus Cristo é verdadeiramente Deus que se fez homem. É Deus Criador e Salvador. É o Messias prometido nas Escrituras.
Com a vinda de Jesus, o plano do Pai se concretiza e sua missão é a de revelar o Reino de Deus, salvar a humanidade e permanecer entre nós através da Igreja.
O Senhor Jesus nos diz: "Não vim para abolir as Leis, mas para aperfeiçoá-las".(Mt 5, 17)
Ao revelar o Reino de Deus, revela também a Trindade, resume os dez mandamentos em dois: Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Veja a sabedoria do Senhor, se amamos a Deus acima de tudo e não prejudicamos aos outros, naturalmente todos os mandamentos estarão sendo cumpridos. O centro da Boa Nova de Jesus consiste em mostrar que Deus é Amor
O que é
o pecado.
Sendo Deus o Amor e se fomos criados por amor, significa que nossa herança maior é o amor. Nisso somos semelhantes ao Pai, e todas as vezes que nos afastamos do amor, nos afastamos de Deus.
Pecado consiste em todo ato de desamor, pois nos afasta do Pai
É importante conhecer os mandamentos de Deus e da Igreja para não agirmos por ignorância e sempre que houver dúvidas, procurar esclarecê-las com pessoas capacitadas ou com o sacerdote.
O pecado nos afasta da Graça Divina e bloqueia nosso crescimento espiritual. Deus é Santo e nos quer santos. Os santos não são somente aqueles que vemos nos altares. Eles são reconhecidos pela Igreja e modelos de vida perseverante para nós. Toda alma justa é santa. Santo é todo aquele que busca a santidade. Deus, na Sua misericórdia, não vê quantas vezes falhamos, mas sim o quanto procuramos retornar ao caminho de santidade.
Infelizmente tem-se uma idéia bastante errônea do que significa pecado e ser santo, por isso é necessário confessar-se com freqüência buscando sempre a orientação espiritual.
Jesus criou o Sacramento da Confissão, porque sabe o quanto somos fracos. Recebe também o nome de Sacramento da Reconciliação, pois como o próprio nome diz, nos reconcilia com Deus.
Sem o perdão sacerdotal, não há absolvição, e se fosse possível nos confessarmos diretamente com Deus, não seria necessário o Sacramento.
Todo Sacramento é fonte de bênçãos e os Sacramentos mais freqüentes na vida do cristão são a Reconciliação e a Eucaristia. Esses devem caminhar juntos.
Além do Sacramento da Reconciliação ou Confissão, a Igreja nos confere outra fonte de graças, que são as indulgências. As indulgências complementam em nós a graça divina recebida por intermédio do Sacramento da Reconciliação
A Cruz de Cristo
A cruz de Jesus é para nós sinal de vitória.
Jesus, através da cruz, redimiu o mundo, trouxe-nos a salvação.
Foi na cruz que o Senhor selou a nova e eterna aliança entre Deus e a humanidade.
Em tempos antigos, o rito para se obter o perdão dos pecados consistia em lançá-los sobre um cordeiro que seria imolado no altar. Ao morrer o cordeiro, obtinha-se o perdão de Deus. Jesus mudou esse rito. Ele mesmo se oferece como cordeiro; Ele é o Cordeiro de Deus. Assim sendo, derramou Seu Sangue para o perdão dos pecados. Dessa maneira sela a nova e eterna aliança. Nova pelo derramamento de seu próprio sangue e eterna pois é Deus Filho selando aliança com Deus Pai.
Jesus, conservou suas chagas para que os homens não se esquecessem da aliança selada na cruz, e ao aparecer a Tomé após sua ressurreição, pediu ao apóstolo que as tocasse como prova de que era Ele mesmo. Tomé exclama: "Meu Senhor e meu Deus"
Todo cristão deve ter a mesma reação de Tomé diante da cruz de Cristo, porque de fato Ele é Deus e Senhor.
Jesus é o Senhor de tudo em nossa vida, é o dono, tem a posse. Não somos nada e não temos nada, tudo pertence ao Senhor. Para melhor entender, faça a comparação com o senhor e o escravo. O escravo não era dono de nada. Sua vida não lhe pertencia, pertencia ao senhor que o havia comercializado, seu trabalho, seu tempo, até mesmo seus filhos não lhe pertenciam, tudo pertencia ao senhor.
É como escravo, que Tomé coloca-se de joelhos aos pés de Jesus e dessa maneira devemos nos colocar diante da cruz de Cristo: em total abandono, reverência, respeito, humildade, permitindo que Ele, o Senhor, nos direcione com sua luz e seja de fato o Senhor de tudo o que somos e de tudo que nos pertence.
Deus nos deu tudo. Somos administradores dos bens que nos foram dados, e das pessoas, somos irmãos em Cristo antes de qualquer parentesco. Deus é Pai e não tem netos.
Jesus
nosso Mestre
Jesus foi um mestre diferente. Sua pregação era baseada no amor e na justiça. Usava de uma didática diferente, unia-se aos marginalizados pela sociedade, àqueles considerados os mais pecadores, para falar das Escrituras. A coerência marcava seus ensinamentos. A natureza e os fatos que O cercavam eram seus livros.
Pregava por meio de parábolas, compadecia-se dos mais fracos.
Por estar sempre em contato com os
repudiados pela sociedade, foi tremendamente criticado,
principalmente pelos fariseus. Estes conheciam profundamente as
Leis, embora as praticassem com orgulho e exibições. Eram
presos a ritos, tais como lavar as mãos antes das refeições em
sinal de purificação, ao que Jesus responde:- a maldade está
no coração das pessoas, vem de dentro do homem e não de fora
dele. Omitiam-se de socorrer os necessitados aos sábados, dia do
Senhor, ao que Jesus repreende dizendo que as Leis foram feitas
para os homens e não os homens para as Leis. Significa: como
dizer que ama a Deus quando se omitem cuidados aos irmãos só
por causa da Lei ?
É de fato bastante incoerente.
Mostra-nos que o pecado mereceu-nos a misericórdia divina com a Parábola do Filho Pródigo.
Deixa-nos os Sacramentos, fonte da Graça de Deus.
Sua atitude misericordiosa, especialmente marcada por seu próprio testemunho, ensinou o verdadeiro amor. Podemos constatar os exemplos disso nos Evangelhos, que relatam os episódios da mulher adúltera, da Samaritana, de Zaqueu entre outros.
Através dos sinais prodigiosos e das curas operadas, pelo poder de expulsar demônios e perdoar os pecados, revela ser Deus.
Diz ser o Caminho, a Verdade e a Vida.
Compara-se ao pastor de ovelhas, justamente porque elas são os animaizinhos mais frágeis que existem. Em tudo dependem do pastor. Precisam ser orientadas para alimentarem-se pois comem tudo o que vêem, bebem qualquer água; quando ficam presas, não conseguem libertar-se.
Com o Evangelho do Bom Pastor Jesus nos mostra o quanto somos frágeis e precisamos ser direcionados.
Demonstra sua forte ligação com o Pai através da oração e do jejum.
No decorrer de sua vida pública, vai revelando o Espírito Santo, anteriormente não conhecido como a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e procedente do Pai e do Filho.
Deus Pai constitui o nome de Jesus, acima de todos e de tudo. Diante do nome de Jesus todo joelho se dobre, nos céus, na terra e abaixo dela e proclame: - Jesus Cristo é o Senhor!
O cristão
Ser cristão significa "revestir-se de Cristo," conhecê-lo através dos evangelhos e relatos dos apóstolos, imitar sua conduta, seguir seus exemplos, seguir seus ensinamentos.
Ser Cristão é deixar de lado o "eu". É anular-se deixando-se cativar por seu amor. É experimentar sua doçura, ouvir sua voz, sentir sua presença. Mas, isso só é possível, quando nos rendemos diante de nós mesmos, buscamos conhecê-lo e nos dedicamos a oração, que nada mais é do que falar com Deus.
A oração diária, a freqüência aos Sacramentos, a participação da Santa Missa nos levam ao encontro cada vez mais profundo com nosso Senhor.
A intimidade com nosso Senhor faz toda a diferença em nossa vida, sentimos a transformação a cada dia. Dessa maneira, a história da salvação do nosso futuro será marcada pelo cumprimento da missão a qual fomos chamados por Deus.
Jesus, fez a vontade do Pai e a cumpriu até o fim. Pelo Pai foi glorificado. Em Cristo Jesus, também nós seremos glorificados pelo Pai, pois o Espírito Santo nos dará força, perseverança e acima de tudo muito amor ao nosso Deus e irmãos. Como diz o Profeta Isaías: "Caminharemos e não nos cansaremos, correremos e não nos fadigaremos".
Fonte: http://www.religiaocatolica.com.br/