Missa
Pegando o cálice, deu graças e disse:
'Tomai este cálice e distribuí-o entre vós (...) Tomou em
seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho,
dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto
em memória de mim'. Do mesmo modo tomou também o cálice,
depois de cear, dizendo:
'Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós....
(Lc 22, 17-20)
Nessa ocasião Jesus celebrou a primeira missa. É importante notar que o Senhor pede que o cálice seja distribuído entre todos; é a partilha, a comunhão entre os presentes. Depois, Jesus diz isto é. Ele não disse isto representa ou significa, mas disse bem claramente é. Neste momento, no mundo inteiro é celebrada uma missa onde o pão é transformado no Corpo de Cristo e o vinho transformado em Seu Sangue, pelo poder do Espírito Santo.
O grande milagre
A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico. Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.
Lembremo-nos, antes de qualquer coisa, de que somos convidados especiais. Jesus convida a cada um de nós em particular para esta festa. Preparemo-nos, portanto, de um modo muito mais cuidadoso do que para qualquer outra festa, porque nesse caso o anfitrião é Deus em pessoa.
Ao entrar na Igreja, saibamos dar valor à graça de Deus que nos trouxe ao momento presente, abrindo nosso coração na certeza de que Deus nos ama. Ao entrar, é também importante persignar-se com água benta, pois essa é uma maneira de recordarmos o nosso Batismo e invocar a proteção e a bênção do Senhor.
RITOS
INICIAIS
Saudação
Quando, ao se iniciar a missa, fazemos o sinal da cruz, significa
que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua
autoridade e de Seu poder.
Ato
penitencial
E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente
receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos
abrimos em perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos
e aos outros.
Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: Senhor, tende piedade de nós!
Hino
de louvor
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e
Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor
da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a
oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o
Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas
vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!
Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.
Oração
Depois de uns segundos de silêncio, colocamos mentalmente no
altar nossas intenções. O celebrante as acolhe abrindo os
braços (Coleta, ou atitude de quem recolhe) e as entrega a Deus.
LITURGIA
DA PALAVRA
A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas
e ofertas.
Primeira
e segunda leitura
E quando se inicia a Liturgia da Palavra com a 1a. e a 2a.
leitura, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio
dos versículos bíblicos: que as leituras sejam para nós
palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.
Salmo
responsorial
Salmo
Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a
Deus pelo que foi dito na primeira leitura.
Evangelho
Após a leitura do Evangelho, temos a Homilia, quando o sacerdote
explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos
convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre
Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa
vida.
Profissão
de fé
Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa
oração professamos a fé do nosso Batismo.
Oração
da comunidade
Ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da
comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos
também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Vem
a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do
Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor
e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um
milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo
e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação,
pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho
(matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente
(do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é
inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso
Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do
vinho.
RITO DA COMUNHÃO
Pai-nosso, seja feita a Tua vontade e dai-nos a paz
Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.
À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual
Comunhão
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos
tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com
Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de
nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a
nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso
Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados.
Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E
estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e
quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e
presente em nós!
RITOS
FINAIS
Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e
é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles
que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos,
palavras a ações.
Liturgia - Dia 07-07-2002 | Liturgia - Dia 14-07-2002 | Liturgia - Dia 21-07-2002 |
Liturgia - Dia 28-07-2002 |
Visite Liturgia Online http://www.catolicanet.com.br/interatividade/liturgias/liturgia.asp