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Situação em 1.904 / Dados Históricos / Um pouco de história |
Situação em 1.904 |
Reproduzimos abaixo, o texto sobre a E.F.do Dourado contido no livro Política e Legislação de Estradas de Ferro, editado em 1904 e escrito por Clodomiro Pereira da silva, pois também contém informações interessantes sobre essa estrada |
..."Por decreto estadual de 02 de dezembro de 1.898, foi concedida uma nova linha no Estado --a de Ribeirão Bonito (ponto extremo do ramal do mesmo nome da C.Paulista) a Dourado. Foi concedida no regime da lei de concessões em vigor, de 13 de junho de 1.892, e para explorar a concessão organizou-se logo a Companhia E. Ferro do Dourado. Em 7 de agosto de 1.899 foram aprovados os estudos definitivos dos 5 primeiros kilometros, e em março de 1.900 os restantes 15 klms. A construção começou em seguida à aprovação dos estudos do primeiro trecho. Em outubro de 1.900 foram abertos ao tráfego os primeiros 10 klms., e em Dezembro seguinte os outros 10, até Dourado. Solicitando a companhia, foi-lhe concedida por lei de novembro de 1.900, uma subvenção de 10:000$000 (10 contso) por kilometro, para prolongamento de sua linha de Dourado até Boa Esperança. O contrato para a execução dessa lei só foi celebrado em fevereiro de 1.902, por ter o governo rejeitado os primeiros estudos apresentados pela ferrovia. As cláusulas essenciais do contrato consistiam no seguinte:
A restituição comecará dois anos depois da abertura e deverá estar terminada no fim de 10 anos. A concessão, portanto, foi feita no referido contrato, no regime da lei n. 30, citada, sendo transitórias as condições especiais acima. Os estudos para o prolongamento a Boa Esperança tinham sido aprovados 4 dias antes do contrato (11 de fevereiro 1.902), e dão-lhe a extensão de 22 kilometros, cuja construção foi em seguida atacada (foi aberto ao trafego esse prolongamento, em maio de 1.903, até Boa Esperança). A bitola da linha é de 0,60 m, o menor raio 60 metros e a maior declividade 3%. O custo da linha é de 943 contos para o trecho de Ribeirão Bonito a Dourado (20 kilometros).Tem dado pequenos saldos....." Dados Históricos:
A CD tencionava unir suas linhas com a Noroeste, na região de Penápolis, e a EF Sorocabana para poder ter um acesso ao porto de Santos (via Mayrinque). Um pouco de história: Um fato interessante que devemos registrar, segundo relato de um ex-maquinista da CD, é sobre uma pequena ferrovia entre Nova Europa e Curupá (Município de Tabatinga). Pertencia à Fazenda Itaquere e transportava cana para a Usina Santa Fé e sacos de açúcar para Curupá (estaçao da EFA no ramal de Silvania a Tabatinga). O cruzamento desta ferrovia com a CD era espetacular: um cruzamento de 3 níveis! No nível mais baixo passava a ferrovia Itaquere; no nível do meio a CD e no mais alto uma estrada de rodagem entre Araraquara e Ibitinga. Ainda há uma estação da E.F.Itaquere, dentro da usina. Em 04/02/1949 a CD foi incorporada pela Cia.Paulista, sobrevivendo ate 1968, quando foi erradicada durante o Gov.Laudo Natel. Ainda hoje pode se encontrar algumas estações ao longo do antigo leito que foi asfaltado pelo governador Franco Montoro. Quando a CPEF a incorporou, suas linhas foram lastreadas e na década de 60, no trecho São Carlos - Ribeirão Bonito - Ibitinga, os trens eram tracionados por locomotivas diesel elétricas RSD-8 da Alco. Nos outros trechos permaneceu a tração a vapor. |
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