Anoitece  

 

 

 

“Anoitece...

Na celeste abóbada, Vésper cintila”.

Pequeno vaga-lume luze aqui, brilha acolá,

ao sopro da brisa, antes que ao impulso das asas,

eleva-se de um coqueiro à palma.

Perplexo, admirando, fica a peregrina estrela.

Trava-se então, um florido diálogo,

entre Vésper e o pirilampo,

que confessa admirar a estrela,

a qual retruca, modestamente, num espanto,

que reflete apenas o esplendor do sol

e soluça no seu pranto:

“...nem sempre os mais belos,

são venturosos e fortes.

O mais forte componente da felicidade,

é ter a sonhada liberdade...,

a aptidão de ir e vir...,

a faculdade de ser e não ser,

que mostras possuir...”.

Termina o diálogo porque,

de repente repentina aragem,

impele o vaga-lume que se vai,

acende aqui, apaga além,

e Vésper segue esta imagem,

fixa no céu, seu brilho esvai,

cintilante como ninguém...

 

 

 

 

Roberto Braga da Silva

(2001)

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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