"Coluna do Hyder" - Fabio
"Hyder" Azevedo
As primeiras
impressões

O suíço
Neel Jani é uma das principais novidades para 2007.
Olá pessoal,
fiquei realmente
satisfeito ao ver o circo da Champ Car retornar ao trabalho. Gostei de ver
as equipes, as pinturas novas. Mas agora acho que a "molezinha" que o
Sebastien Bourdais tinha nos últimos anos não será a mesma. Vejo que os
outros participantes voltarão com tudo e não teremos, pelo menos num
início, um grande desequilíbrio. Mas, como escrevi em algumas colunas
anteriores, muitos acordos ainda serão costurados até o alinhamento do
grid de largada em Las Vegas. De repente faltou um pouco mais de Marketing
neste evento de apresentação, mas acho que novas oportunidades aparecerão.
Uma notícia triste com tudo isso foi à finalização da parceria com a Ford
Motors. Não era, há tempos, uma parceria de motores ou engenharia, pois a
Champ Car já possui seu próprio motor, o Cosworth. Mas esta parceria
rendia portas abertas e uma segurança financeira. Mas a grande vantagem
nisso tudo é que hoje o cenário da categoria é mais saudável e seguro que
há anos atrás. Em 2003 o cenário sinistro e sinuoso não dava para ter um
cenário sem esta “segurança” como hoje. Outras empresas estarão de olho
neste famoso e histórico mercado, pois estamos falando de pelo menos, 28
anos de vitórias, tradição e muita velocidade e tecnologia.
Tenho visto que algumas possíveis montadoras poderiam estar associando
suas marcas a Owrs, que é proprietária da Champ Car, e encontramos uma
empresa mais valorizada, com equipes que estão retornando, um campeonato
mais barato que os rivais e uma nova fase de internacionalização. A
categoria estará este ano nos Estados Unidos, Canadá, México, China e
retornando a Europa por Holanda e Bélgica. Acho que ainda teremos alguma
inserção, pois pelo que vi no calendário, existem algumas datas abertas. E
nas pistas norte-americanas, grandes centros estão sendo incluídos, pois
se trata de belos pontos turísticos, como Las Vegas, Long Beach, Denver e
as tradicionais Portland, Cleveland e Road América.
Enquanto aos pilotos, não há como negar que o atual herói da categoria, o
francês Sebastien Bourdais é o grande embaixador para a categoria na
Europa. Os agentes e membros da categoria têm de ser rápidos e aproveitar
o mais rápido possível este grande talento, pois não acho que o mesmo
emplaque o ano de 2008 na categoria. Se Gerard Berger já percebeu que
existe um grande talento nos Estados Unidos, quem sabe o bom senso bate
também na equipe Renault, que, tratando-se de um piloto francês com
talento evidente, poderia estar representando um verdadeiro time francês.
Mas para isso, basta que ele não precise assinar um daqueles acordos
leoninos com o italiano Flavio Briatore.
Já entre os outros pilotos, creio que Paul Tracy e Justin Wilson ainda
serão os adversários diretos do francês, mas temos de ver o que
apresentará principalmente Graham Rahal, Neel Jani, e o Dan Clarke. O
Brasil, pela primeira vez na história, passa por um momento de indefinição
em relação a pilotos que disputarão a categoria, depois das péssimas
atuações de Bruno Junqueira e de Ricardo Sperafico entre outros “talentos”
do nosso país. Espero ainda que Roberto Moreno seja anunciado como piloto
de algum time, pois sua experiência, não somente no desenvolvimento do
chassi da Panoz como na própria Champ Car, poderia ser muito útil para
qualquer equipe.
Bruno Junqueira sofreu um grave acidente em 2005, nas 500 milhas de
Indianápolis e nunca mais foi o mesmo. Porém antes mesmo do acidente,
jamais conseguiu oferecer pressão sobre Paul Tracy ou mesmo sobre o
companheiro Sebastien Bourdais. Como já disse anteriormente, o único
desempenho descente de Bruno Junqueira atrás do volante de um dos carros
de Linconlshire em uma prova realizada no oval de Las Vegas em 2004. Não
venceu a corrida, mas mostrou combatividade e lutou até a linha de chegada
com o Bourdais. Aconteceram algumas mancadas na equipe de pit stop naquele
dia, mas ele mostrou que estava com vontade de vencer. Leio muitos
lugares, na Internet e na mídia televisiva, onde se culpa o acidente da
Indy 500 pelo péssimo desempenho do piloto mineiro nas pistas, mas quem
acompanhou as temporadas de 2001 e 2002 na Ganassi ou ainda no campeonato
internacional de Fórmula 3000 em 2000, sabe que não foi bem assim. Ele
triunfou naquele ano, mas garantiu o título com 3 vitórias no início e
depois teve um desempenho irreconhecível.
Mas quem sabe ainda teremos muitas definições neste intervalo, que começo
no último 23 de janeiro e vai até o alinhamento do grid para abertura da
temporada.
Um grande abraço fiquem com Deus e até a próxima.
Fabio
"Hyder" Azevedo
http://blogdohyder.blogspot.com

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Torcedor do Vasco da Gama
e da Associação Atlética Anapolina, fã da Penske,
atualmente sou Analista de Tecnologia da
Informação mas continuo apaixonado pelas corridas como
nunca. Todas as semanas, falarei sobre as minhas experiências na
categoria, além de contar histórias dos bastidores que poucos
conhecem.
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