"Coluna do Hyder" - Fabio
"Hyder" Azevedo
Pagando com
Traição?

Está
sendo duro assistir eventos esportivos no Brasil, com alguns locutores, em
Rádio, TV e Internet.
Retornamos, novamente,
para o nosso encontro semanal. Gostaria me desculpar pelos atrasos da
coluna - não culpem o editor deste site - e sim esse colunista que anda
muito atarefado por conta de compromissos profissionais. Consegui um
intervalo para escrever o texto, e para terem uma idéia fiquei de cama com
stress estomacal. Pois é, coisa de maluco.
Muito bom relembrar de dois grandes heróis do meu final de infância e
início de adolescência, Al Unser Jr. e Michael Andretti. Sempre achei que
o Al Jr. era mais piloto que o Michael, mas tenho de tirar o chapéu para o
filho do Mario, que soube muito bem administrar sua vida enquanto o outro
- Unser - acabou se perdendo no vício. O assunto em questão é sobre um
outro vício, talvez não tão nocivo como o álcool ou as drogas sintéticas,
mas o da prepotência e arrogância. Nada contra os veteranos, mas caso
perceba que não posso desempenhar bem o meu papel, não tiver a motivação e
a vibração de antes e surgir gente gabaritada e com vontade, podem ter
certeza que sairei feliz já que não vão deixar a peteca cair, já que
alguém de gabarito estará me substituindo e mantendo o nível do trabalho.
Está sendo duro assistir eventos esportivos no Brasil, com alguns
locutores, em Rádio, TV e Internet. Vejam o exemplo do Galvão Bueno. Para
quem é das antigas, vai lembrar que era legal demais assistir vitórias do
Piquet e Senna ouvindo o Galvão Bueno. Era triste quando a corrida, ou o
futebol, ou o vôlei ou qualquer outra coisa que seja, era transmitido pelo
Oliveira Andrade ou Luiz Alfredo. Mas aturar o "Papagaio", como Ayrton
Senna referia-se ao Galvão, está bem difícil. Existem alguns bons
locutores na TV a cabo e mesmo o Luiz Roberto ou Cléber Machado podem dar
conta do recado muito bem. Que o Galvão fique somente com o "Bem Amigos",
apresentado todas as segundas-feiras no Sportv. Outro que cito é o nosso
querido "Seu Bolacha", conhecido como Luciano do Valle. Ocorreram inúmeras
“pérolas” durante as transmissões da IRL, mas aquela última forçada de
barra sobre ocorrer um evento na praia de Boa Viagem, no Recife, foi
demais.
Nada contra o lugar, que realmente é lindo, só que a categoria, isso é de
domínio público, está falida e cheia de dívidas que não consegue pagar.
Outras experiências fracassadas como Fernando "alô você" Vannucci e Celso
Miranda - que era um bom repórter de pista - como narradores - comprovam
que estamos carentes de bons profissionais atuando no automobilismo em
detrimento a nomes como Nivaldo Pietro, Luís Carlos Largo, Robby Porto. O
Robby Porto está na Sportv (depois de uma elogiada passagem pela ESPN
Internacional) e está sendo muito mal aproveitado, assim como o Largo e o
Cléber Machado. Mas também a competitividade da Fórmula 1 não ajuda muito
menos da Champ Car, que está mal das pernas há anos e nesse ano entrou em
sua situação pior ainda.
Confesso estar triste de escrever isso, mas é triste de aturar assistir o
Téo José, aquele mesmo que transmitia a Champ Car e sempre pregou a moral
e a ética no esporte, com sua postura ingrata de nem, ao menos citar, a
categoria que o projetou nacional e internacionalmente e o fez ser
conhecido lá fora. É muito estranho isso, até entendo que ele não poder
falar da Champ Car nas corridas da IRL ou mesmo naquela coisa chata
chamada Fórmula Truck, mas ignorar a categoria no seu site e no blog isso
é de deixar os fãs decepcionados. Ou ele mudou de opinião ou então aquele
sentimento de carinho pela categoria era algo simulado. Sou profissional
de tecnologia e constantemente lidamos com pressões das mais variadas,
fora que os bons profissionais - e graças a Deus estou neste meio -
recebemos muitas propostas de trabalho da concorrência e mudados de
empresa constantemente, mas não somos, pelo menos a grande maioria dos
colegas que trabalhei, antiéticos e nem deixamos de elogiar um padrão ou
produto ou modelo de software rival por causa disso Cito isso, pois cansei
de ver o Téo dando pedradas da IRL, que ele chamava de categoria de
segunda divisão. Isso é frustrante.
Muitos vão me questionar "Hyder, você já escreveu isso no site e até no
seu Blog, por que retornar ao assunto?" Porque acho que ser uma injustiça
quando algumas pessoas que nada eram antes da Champ Car e cresceram com
ela e hoje em dia lhe viram as costas. Escrevo para deixa claro que nem
todo brasileiro tem memória curta e que comportamentos como o dele que,
cansa de pregar a ética na sua profissão, infelizmente, parece agir de
forma tendenciosa. Uma coisa que tenho de deixar bem entendia sobre esse
desabafo é ser tratar de uma crítica contra a atitude profissional do
jornalista já que o Téo sempre foi um tremendo boa praça e grande camarada
em todas as vezes que o encontrei nos paddocks. Outro é o Alex Ruffo,
gente da melhor qualidade só que parece ter perdido o referencial já que a
bela revista dele - a Speedway - também cresceu com a Champ Car e quando a
categoria mais precisou, ele preferiu mostrar o torneio de destruição da
IRL ou as procissões da Fórmula 1. Uma coisa é preciso ser dita: a
qualidade editorial de sua revista é fantástica.
Um grande abraço fiquem com Deus e até a próxima.
Fabio "Hyder" Azevedo
http://blogdohyder.blogspot.com

 |
Torcedor do Vasco da Gama
e da Associação Atlética Anapolina, fã da Penske,
atualmente sou Analista de Tecnologia da
Informação mas continuo apaixonado pelas corridas como
nunca. Todas as semanas, falarei sobre as minhas experiências na
categoria, além de contar histórias dos bastidores que poucos
conhecem.
|